O Paralelo 13 revela que cidade de Porto Nacional pode ser prejudicada com mudança no local da construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins
Por Edson Rodrigues
Uma notícia que nos chegou na madrugada de ontem para hoje, de fonte técnica e fidedigna, nos deixou estarrecidos com o grau de descaso, falta de reconhecimento e traição que traz em seu contexto.
Queremos ressaltar que essa fonte é de inteira confiança de todos os que a conhecem e foi a mesma que nos informou sobre a “condenação” da ponte em Porto Nacional. O Paralelo 13 publicou há mais de 4 anos a notícia, e foi desmentido pelo governo da época, que afirmou que a ponte estava em perfeito estado para o tráfego, fato que veio a se concretizar com a interrupção e passagem de veículos pesados. Posteriormente a mesma fonte nos informou em primeira mão dados técnicos sobre impactos ambientais e normativas que permitiriam a construção da nova ponte, sonho tão acalantado pelos portuenses.
Segundo nossa fonte, a nova ponte sobre o Rio Tocantins será construída a mais de 12 quilômetros de distância da atual, em direção ao município de Palmas, mais precisamente em frente à esmagadora de soja Granol e da de Biodiesel, no Parque industrial de Porto Nacional.
O mais estarrecedor disso tudo, é que, ainda segundo a fonte, esse local foi definido com o aval do governo estadual, sob a alegação de que, no local, o Rio apresenta maior aproximação entre as margens, o que tornaria a obra mais barata.
Barata para o governo às custas de um preço exorbitante a ser pago pela economia de Porto Nacional.
Confirmada essa informação, trata-se do maior golpe que Porto Nacional receberá em toda a sua história – golpe baixíssimo, diga-se de passagem!
A construção da ponte nesse local, simplesmente tira Porto Nacional da rota de ligação entre a BR-153 e a capital, inviabilizando uma série de comércios e outras atividades voltadas ao trânsito de veículos e passageiros, o que acarretará em consequências econômicas desastrosas para a arrecadação municipal.
Porto Nacional, o “berço da cultura tocantinense”, atualmente com mais de 60 mil habitantes, mãe de filhos tão ilustres, detentora de tantas horarias, base de faculdades federais, estaduais e particulares, de escolas técnicas e terra generosa, que viram nascer de suas entranhas municípios como Gurupi, Aliança do Tocantins, Brejinho de Nazaré, Santa Rita, Oliveira de Fátima, Silvanópolis, Ipueiras e até mesmo de Taquaruçu, que geriu a capital, Palmas – e que, muito provavelmente, em poucos anos perderá também os impostos de Luzimangues –, não merece destino tão mesquinho e tão desprezível.
Omissão, covardia e silêncio
Como falamos no bojo deste artigo, Porto Nacional tem muitos “filhos Ilustres”. Alguns deles, ocupam, hoje, cargos importantes no cenário político estadual e até nacional, com deputados estaduais, deputados federais e até senador.
Antes de alegar que qualquer um desses “filhos ilustres” esteja se escondendo sob as palavras que iniciam esta parte do texto, clamamos a todos para que, a partir desta revelação de O Paralelo 13, cavem essas informações aqui explicitadas, cobrem explicações do governo do estado e exijam que a nova ponte seja construída em um local que mantenha a cidade de Porto Nacional como parte integrante do trajeto entre a BR-153 e a nossa Capital e mantenha nossa cidade inserida no contexto econômico que essa localização proporciona.
Como veículo de comunicação, O Paralelo 13 tem como missão, formar opinião, municiar seus leitores de informações que os permitam tirar suas conclusões e inquirir seus representantes nos três poderes.
Estamos usando esta plataforma utilíssima que é a internet, por seu imediatismo, pragmatismo na divulgação de informações, de forma responsável e ética, de forma a alertar a todos do que pode acontecer com a nossa cidade.
Ressaltamos que vamos explorar a fundo essa informação em nossa próxima edição impressa, para que não sobrem margens para desculpas como “falta de tempo” ou de “conhecimento” dos fatos pelas autoridades que nos representam e criando um caminho para que nossos “filhos ilustrem” não deixem passar a oportunidade de defender com unhas e dentes a nossa Porto Nacional que já tanto se doou pelo bem do Tocantins.
Não podemos nos acovardar – mais uma vez – e temos que garantir o futuro de nossa cidade pelo bem de nossos filhos, netos, bisnetos e demais gerações, em detrimento de interesses financeiros escusos.
A nova ponte tem que sair. Mas que seja geograficamente localizada e planejada para manter Porto Nacional não apenas em uma reles rota econômica, mas em sua posição de importância para a história do Tocantins!