Como parte das celebrações de aniversário da Universidade Federal do Tocantins, que no último dia 15 de maio completou 16 anos, será inaugurada nesta sexta-feira (24) a partir das 14h, no Câmpus de Palmas, uma Usina Solar Fotovoltaica.
Da Assessoria
A unidade geradora tem capacidade para produzir 600 kWp (quilo-watts pico) por mês - o que equivale a 76.959 kWh (quilo-watts hora) ao mês. A solenidade contará com a presença do reitor Luís Eduardo Bovolato; do diretor do Câmpus de Palmas, Marcelo Leineker Costa; de pró-reitores; da deputada federal Dorinha Sehabra; e representantes docentes, discentes e também dos técnicos administrativos do Câmpus e Reitoria.
O reitor Luís Eduardo Bovolato destaca que a implantação da Usina faz parte de um planejamento contido no Plano de Gestão. "Começamos pelo Câmpus de Palmas porque é a unidade que mais demanda energia elétrica. Conseguimos os recursos no MEC, no ano passado, e partimos para a elaboração e dimensionamento do projeto. Paralelamente investimos em grupos geradores para serem acionados nos horários de pico (18h às 21h) quando o kwh (kilowatt hora) é mais elevado e, junto com as placas fotovoltaicas, a estimativa é que possamos fazer uma economia substancial em relação ao que gastamos com energia elétrica", disse o reitor.
Para Bovolato, embora o mote principal seja a economia de energia, o projeto atende também a uma perspectiva acadêmica, visto que a Usina passa a ser um laboratório também para estudantes dos cursos de Engenharia Elétrica e de Ciências da Computação, que têm docentes especializados e com trabalhos nessa área; o Câmpus também tem uma liga de alunos voltada para estudos desse gênero (Liga de Energia Solar). "A iniciativa também é ligada à sustentabilidade, à busca de energia limpa e renovável; hoje a energia solar é a que tem o maior potencial de crescimento e ainda mais em nossa região, devido às condições climáticas que temos", pontua o reitor, enfatizando que a Usina pode servir de exemplo para outras instituições de ensino superior que também vivem, neste momento, cenários de limitações orçamentárias.
Articulação, exemplo, pesquisa e formação A vice-reitora da UFT, professora Ana Lúcia de Medeiros, elencou quatro pontos importantes a serem destacados em relação à inauguração da Usina Fotovoltaica. O primeiro, segundo ela, é que a Usina é fruto da articulação política, "que possibilitou a descentralização do recurso (R$ 2,517 milhões), via deputada Dorinha Rezende, num momento em que as instituições estão sem capacidade para investimento; penso que os parlamentares poderão contribuir não só porque podem incluir emendas, mas porque compreendem a importância da UFT para o Tocantins". A vice-reitora pontuou que, com a usina, a UFT dá o exemplo em relação à preservação do meio ambiente para sua comunidade universitária. "Produzir energia limpa também faz parte do processo de formação", diz ela.
Ainda elencando pontos, a vice-reitora diz também que a usina vai gerar a criação de projetos de pesquisa e também de pós-graduação. "Será um importante campo para estudo nas áreas das engenharias Elétrica e Ambiental e também da Ciência da Computação. Não tenho dúvida de que são os estudantes quem mais ganham com essa área de estudos". E, por fim, ela enfocou que a usina é uma importante ação de gestão porque ao proporcionar economia de recursos no custeio, poderá direcionar mais recursos para as áreas finalísticas. "A energia elétrica representa um importante montante em nosso orçamento destinado ao custeio; com esta economia, poderemos destinar fundos para formação de nosso estudantes, técnicos e também professores", diz.
Amadurecimento e destaque
O diretor do Câmpus de Palmas, professor Marcelo Leineker Costa, diz que a implantação da Usina é um "claro sinal do amadurecimento da UFT no uso racional de seus recursos financeiros a fim de ampliar a aplicação destes na finalidade da instituição". Para o diretor, os avanços tecnológicos dentro dos contratos continuados têm disponibilizado mais recursos para ensino, pesquisa e extensão (desconsiderando os fatores externos). "Isto só foi possível devido à atuação conjunta de vários agentes institucionais em prol de um bem comum, passando pela elaboração do projeto, levantamento de requisitos, liberação orçamentária e finalmente a implantação. Trabalho que envolveu atuação política e técnica da gestão superior, atuação de docentes, técnicos e estudantes e a compreensão de todos os diretores de que este benefício se impacta positivamente toda a UFT e a região em que está inserida", complementou o diretor.
A deputada federal, Professora Dorinha, que viabilizou o recurso que possibilitou a implantação da Usina Fotovoltaica no Câmpus de Palmas, disse que a inauguração da unidade geradora de energia revela o comprometimento que a instituição tem com as boas práticas de gestão. "A UFT mais uma vez se destaca em seu papel de instituição de educação de pesquisa e inovação investindo em iniciativas sustentáveis que demonstram o comprometimento da Universidade com as melhores práticas de gestão. A parceria que tenho feito com a UFT, por meio da destinação de emendas e gestão junto ao MEC para a liberação de recursos, é fruto de um compromisso que sempre tive com o ensino técnico, tecnológico e superior do Estado e quero ampliar cada vez mais", disse a parlamentar.
Economia e créditos
De acordo com o professor Alcy Monteiro Júnior, do curso de Engenharia Elétrica e que atuou como suporte técnico para instalação da Usina, a economia que será gerada com a Usina pode chegar a cerca de R$ 35 mil por mês, possibilitando que o Câmpus gere sua própria energia elétrica e, também, passe a angariar créditos junto à concessionária de energia com o excedente de energia que for gerado. "São 1.820 placas instaladas com potênica de 600 Kwp - o que corresponde a cerca de 77 mil Kwh por mês", diz o professor.
O sistema, além de gerar energia limpa e renovável, possibilitará uma redução no custeio com energia elétrica entre 10% a 15%, o que anualmente pode chegar a R$ 1,2 milhão. Atualmente o sistema funciona das segundas às sextas-feiras e futuramente funcionará também aos fins de semana, gerando energia extra que será negociada com a concessionária de energia, para que essa sobra de energia retorne em créditos positivos, ou seja, a quantia de energia gerada será abatida do valor na conta de energia do Câmpus.
De acordo com o Prefeito Universitário, João Batista Teixeira Martins, a intenção é expandir o uso da energia fotovoltaica para os demais câmpus, proporcionando economia de energia elétrica e redução do custeio nesta parte relacionada à eletricidade.
Saiba mais
O sistema de compensação de energia elétrica permite que a energia excedente gerada pela unidade consumidora com minigeração seja injetada na rede da distribuidora, que funcionará como uma bateria, armazenando o excedente. Quando a energia injetada na rede for maior que a consumida, o consumidor receberá um crédito em energia (kWh) a ser utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário (para consumidores com tarifa horária) ou na fatura dos meses subsequentes. Os créditos de energia gerados continuam válidos por 60 meses.