Vantagem de Lula cai: o que diz a última pesquisa Quaest sobre 2026

Posted On Quinta, 13 Novembro 2025 14:19
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Por Giulia Granchi - BBC Brasil 

 

A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (13/11), indica que a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre seus potenciais adversários em 2026 diminuiu em relação ao levantamento anterior, realizado em outubro.

 

Segundo a pesquisa, porém, Lula continua à frente em todos os cenários testados. A pesquisa foi feita de 6 a 9 de novembro. Foram realizadas 2.004 entrevistas, e a margem de erro estimada é de dois pontos percentuais.

 

Segurança pública e megaoperação no Rio

O resultado ocorre após semanas de debates sobre segurança pública, intensificados pela megaoperação policial no Rio de Janeiro no fim de outubro.

 

Segundo a pesquisa, 67% dos brasileiros aprovam a operação no Rio — considerada a mais letal já registrada no Estado — enquanto 25% desaprovam. No recorte específico do Rio, 64% aprovam e 27% desaprovam.

 

Apesar disso, 55% dos entrevistados dizem não desejar operações semelhantes em seus próprios Estados. A maioria também discorda da declaração de Lula classificando a ação como "desastrosa": 57% não concordam com o presidente, e 38% concordam.

 

O levantamento também indica apoio a medidas mais duras no combate ao crime. Para 46% dos entrevistados, o caminho principal passa por leis mais rígidas e maior rigor judicial; 88% consideram as penas atuais brandas, e 73% defendem enquadrar organizações criminosas como terroristas.

 

Entre cariocas, 62% rejeitam a ideia de pedir ajuda aos EUA no enfrentamento ao tráfico; no cenário nacional, 50% discordam e 45% concordam.

 

Os dados foram divulgados em meio à discussão sobre o PL Antifacção, que tramita na Câmara sob relatoria deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

 

Avaliação do governo e cenários eleitorais

 

A avaliação do governo Lula se mantém estável dentro da margem de erro da pesquisa. A desaprovação ficou em 50% (eram 49% em outubro), e a aprovação oscilou de 48% para 47%.

 

O presidente tem índices de aprovação mais altos no Nordeste e mais baixos no Sul, e registra maior apoio entre mulheres do que entre homens. Na faixa dos 35 aos 59 anos, predominou a desaprovação.

 

No campo eleitoral, Lula segue numericamente à frente em todos os cenários testados para o segundo turno, mas com vantagem menor. Em uma disputa com Jair Bolsonaro (que está impedido de concorrer), o resultado chega ao empate técnico: 42% a 39%.

 

Em outubro, essa diferença era de dez pontos. A distância também caiu nos confrontos com outros potenciais candidatos.

Contra Ciro Gomes, Lula aparece com 38% e Ciro com 33%;

Em um cenário contra Tarcísio de Freitas, a diferença é de cinco pontos (41% a 36%);

Contra Michelle Bolsonaro, Lula tem 44% e ela, 35%;

Frente a Ratinho Júnior, o placar é de 40% a 35%

E Renan Santos, da Missão, aparece pela primeira vez no levantamento, com 25% em um cenário contra Lula, que tem 42%.

A pesquisa também perguntou o que os entrevistados consideram "melhor para o Brasil" em 2026.

 

Para 24%, o ideal seria a eleição de um nome que não pertença nem ao campo lulista nem ao bolsonarista; 23% preferem a reeleição de Lula. Em relação a uma possível candidatura, 59% dizem que Lula não deveria concorrer, e 67% afirmam o mesmo sobre Bolsonaro.

 

Cenários de segundo turno

Lula e Bolsonaro voltaram a empatar num eventual 2º turno, segundo o levantamento, e o petista segue à frente de outros potenciais adversários.

 

O presidente viu, no entanto, a vantagem em relação a seis deles diminuir mais que margem de erro (dois pontos para mais ou para menos).

 

Em relação a Michelle, a vantagem de Lula oscilou para baixo, mas dentro da margem de erro. A ex-primeira-dama, agora, está nove pontos atrás do presidente, ante 12 na pesquisa anterior.

 

Em relação à última pesquisa, a variação da vantagem entre Lula e os seguintes candidato foi:

 

• Ciro Gomes (PSDB): oscilou para baixo de 9 para 5 pontos, variação que fica no limite da margem de erro;

• Tarcísio de Freitas (Republicanos): caiu de 12 para 5 pontos;

• Ratinho Júnior (PSD): caiu de 13 para 5 pontos;

• Romeu Zema (Novo): caiu de 15 para 7 pontos;

• Ronaldo Caiado (União Brasil): caiu de 15 para 7 pontos;

• Michelle Bolsonaro (PL): oscilou para baixo de 12 para 9 pontos, movimento dentro da margem de erro;

• Eduardo Bolsonaro (PL): caiu de 15 para 10 pontos;

• Eduardo Leite (PSD): caiu de 23 para 13 pontos;

• Renan Santos (Missão): registrou 17 pontos em sua primeira inclusão no levantamento.

 

 

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