Vereadores e a difícil tarefa da reeleição

Posted On Segunda, 02 Março 2020 09:01
Avalie este item
(0 votos)

Poucos pré-candidatos a vereadores querem se associar a candidatos que vão à reeleição

Por: Edson Rodrigues

Os atuais vereadores do Tocantins que vão a reeleição tem um grande problema pela frente. Encontrar pré-candidatos a vereadores para formar suas chapas. Quase ninguém quer compor, nos principais colégios eleitorais, as chapas em que eles vão à reeleição. Estes candidatos quase que naturais, uma vez que espera-se que irão em busca de um segundo mandato terão dificuldades para obter uma chapa forte e que atinja o coeficiente necessário para formar uma base na câmara de vereadores.

 

Este cenário é um novo fenômeno entre os pré-candidatos a um mandato de vereador, tanto em Palmas quanto nos principais colégios eleitorais do Tocantins. 90% dos pré-candidatos também não querem filiar-se em Siglas que já conta com estes vereadores que irão a reeleição. Isso tem trazido grandes preocupações aos vereadores da Capital e dos principais colégios eleitorais no Tocantins.

 

Com a nova legislação eleitoral o coeficiente para cada vaga é alto e com o fim das coligações cada partido precisa mostrar seu patrimônio e os votos que realmente possuem. Para atingir o coeficiente em Palmas é necessário em torno de 8 mil votos para cada candidato a vereador. O que mostra que dificilmente uma legenda partidária tenha condições de eleger mais do que dois vereadores. Este é um fato e não _Fake News_. Em Porto Nacional o cenário é outro, e o coeficiente soma-se em torno de dois mil votos e o pré-candidato que tiver cerca de 500 votos pode ser eleito. Portanto, não há como participar da disputa em Siglas que têm candidatos à reeleição.

 

Trocando em miúdos: os atuais detentores de mandatos nos grandes e médios colégios eleitorais terão que se virar nos trinta para conseguir um coeficiente numa eleição municipal sem coligações proporcionais, pois este será o primeiro pleito sem as coligações proporcionais o que gera um agravante ainda maior, já que o candidato não poderá também ter suas despesas pagas pela majoritária.

 

Toda a campanha deverá ser custeada apenas com recursos do fundo eleitoral do seu partido e o Ministério Público Eleitoral está monitorando para evitar qualquer possibilidade de caixa dois e, caso a prática seja constatada o candidato se eleitor for corre o risco de nem ser diplomado. É preciso estar atento a tudo e agir conforme manda a lei. Neste período todo cuidado é pouco.