Infelizmente não há um nome melhor que “sepultamento político coletivo” para o que as pesquisas de intenção de voto já realizadas e o próprio clima que se sente tanto nos bastidores políticos quanto entre os eleitores indica para o “nunca mais” que as urnas podem bradar para algumas carreiras e agremiações políticas.
Por Edson Rodrigues
Isso vale, principalmente para muitos políticos veteranos, e para alguns candidatos novatos, que concorrem a cargos eletivos neste próximo domingo, dia dois de outubro. Eles sabem que as chances de voltarem à vida pública nas eleições vindouras, tanto municipais, em 2024, quanto gerais em 2026, beiram um grande zero.
UTI
O pleito deste domingo próximo significa a UTI para esses candidatos. UTI de Última Tentativa do Indivíduo. Não que esses políticos sejam todos improdutivos ou ruins em suas participações na Assembleia Legislativa ou no Congresso Nacional. Alguns deles vão pagar por estar em uma Federação Partidária ou em um partido que não tenham a simpatia do eleitorado ou não estejam alinhados com as demandas populares, criadas a ferro e fogo em Brasília e empurradas goela abaixo nos Estados, criando arapucas para seus próprios componentes, que acabaram ficando reféns.
Mas, as análises mostram que os mais ameaçados de serem incluídos no sepultamento político coletivo são, mesmo, os que tiveram desempenho pífio em seus últimos cargos eletivos, desprezaram suas bases, fecharam as portas de seus gabinetes ao cidadão comum e, principalmente, atuaram contra interesses da coletividade em votações e propostas.
Nesta leva há duas famílias que podem ser incluídas na integralidade dos seus membros políticos, neste “sepultamento coletivo”, que são os Abreu e os Dimas que, caso não deem reviravoltas de 180 graus em suas posturas, teimando em impor candidaturas majoritárias e “queimando” outras candidaturas. O povo já não aceita mais o “cabresto” nem a prepotência política e, justamente por isso, quer renovação, e pode “virar a cara” para as famílias citadas.
Esse tipo de atitude leva o eleitor a olhar com melhores olhos os que foram bons prefeitos, bons vereadores, empresários engajados nas causas populares, religiosos com projetos de ação social de relevância ou, até mesmo, novas lideranças políticas que saíram do povo ou representantes de entidades classistas que entenderam as demandas da população, falam a mesma linguagem e apresentaram projetos agregadores, que levam o eleitor a apostar no novo.
Essas pessoas, esses novos, diga-se de passagem, estão apenas preenchendo o vácuo que os maus políticos deixaram, ao optar por cuidar dos seus próprios interesses em detrimento das causas populares. Essa nova opção política aparece aos olhos do cidadão como uma pessoa sem os vícios da velha política, sem nenhum tipo de desgaste e, principalmente, ostentando fichas limpas.
INDECISOS
Estamos há menos de seis dias das eleições e, por incrível que pareça, ainda há uma grande fatia do eleitorado tocantinense que ainda não decidiu seus votos para deputado federal estadual, senador e até mesmo, para governador.
Os candidatos que tiverem fôlego, uma boa equipe de campanha e bons projetos, pode, sim, completar os votos que faltam para suas eleições ou reeleições, nessa camada de eleitores indecisos e, desta forma evitar estar “de corpo presente” no maior sepultamento político coletivo que se terá notícia na história política tocantinense. Um fato que terá como indicador o julgamento dos eleitores a respeito dos políticos que colocaram seus nomes em apreciação.
Cabe ao eleitor tocantinense digitar esses nomes nas urnas ou incluí-los nas “lápides políticas” do “aqui jaz”.
Amém. Que a justiça seja feita!