Acidente em Brumadinho é destaque na imprensa internacional
Uma nota divulgada hoje (25) pelo governo de Minas Gerais confirma sete mortes por causa do rompimento de uma barragem da Mina Feijão, na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Conforme o comunicado, nove pessoas foram retiradas da lama com vida e mais 100 que estavam ilhadas também foram resgatadas.
Para acompanhar os desdobramentos da tragédia, ocorrida no início da tarde de hoje (25), o governador Romeu Zema se deslocou para o município. A Mina Feijão pertence à mineradora Vale. Dados fornecidos pela empresa e divulgados pelo governo mineiro apontam que havia 427 trabalhadores no local, dos quais cerca de 150 estão desaparecidos.
O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse que não se sabe o que ocorreu . "Ainda é muito cedo para termos essa informação". Segundo ele, a tragédia é mais humana do que ambiental.
Técnicos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) trabalham para restabelecer a energia elétrica de aproximadamente 2 mil pessoas. A estatal mineira diz que há cinco torres de iluminação para auxiliar os trabalhos de salvamento durante a madrugada. Por sua vez, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) assegura que não há risco de desabastecimento de água na região metropolitana.
Destaque na imprensa internacional
A tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, foi destaque na imprensa internacional. Os principais jornais da Argentina, da Espanha, do Reino Unido, dos Estados Unidos e da França ressaltaram os números do desastre: pelo menos sete mortos e 200 desaparecidos. Também associaram o fato ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015.
O jornal argentino Clarín disponibilizou vídeos e detalhes sobre os desdobramentos da tragédia. O texto menciona que “um rio de lodo” destruiu casas próximas a Brumadinho.
No espanhol El País, o destaque é o trabalho dos bombeiros. O jornal descreve o acidente e detalha que o local parece um “mar de lama” e menciona o fato de a empresa Vale buscar explicações para o ocorrido e prestar assistência às vítimas.
O britânico The Guardian cita a imprensa local de Minas Gerais para informar que 50 pessoas, pelo menos, podem ter morrido no local, onde há cerca de 200 desaparecidas. No texto, há também a descrição de como ficou a região após o acidente.
No jornal norte-americano The New York Times, o texto menciona a tragédia e destaca que, no momento que houve o rompimento, aproximadamente 100 empregados estavam almoçando e que o restaurante foi destruído.
O francês Le Monde diz que “depois da catástrofe de Mariana”, um novo acidente ocorreu no Brasil, em Minas Gerais, e envolvendo a empresa Vale.