O evento acontece em meio a um novo aumento no preço dos combustíveis e às investigações sobre a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, assassinados na Amazônia
Com Estadão
Com bandeiras do Brasil e montados em seus veículos de duas rodas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão posicionados na avenida Coronel Teixeira, na Ponta Negra, na Zona Oeste, na concentração à espera do presidente para iniciar uma motociata em Manaus na tarde deste sábado (18/6).Esta é a segunda visita de Bolsonaro ao Amazonas este ano, desta vez em um momento de comoção internacional, apenas três dias após a confirmação da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, assassinados na Amazônia, e também em meio a um novo aumento no preço dos combustíveis.
O presidente chegou pela manhã de sábado por volta de 12h30 no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e foi recebido pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Fabiano Bó, e o secretário de Estado da Segurança Pública, general Alberto Mansur.
A peregrinação seguirá até o Sambódromo de Manaus, onde o chefe do executivo participará de um evento religioso. A programação conta com a presença de congressistas de diversos estados brasileiros e também de preletores conhecidos nacionalmente, como o do pastor Silas Malafaia.
Informações preliminares apontam que há 3 mil motociclistas no local, ante a expectativa dos organizadores do evento, que era que mais de 10 mil pessoas comparecessem.
Pelas imagens divulgadas pelas redes sociais do presidente e também de apoiadores é possível notar que, diferentemente da imensa maioria dos motociclistas que o acompanharam no percurso, apenas ele e seu garupa não usam o equipamento. Bolsonaro deu carona ao coronel do Exército Alfredo Menezes (PL), pré-candidato ao Senado pelo Amazonas. Menezes afirma ser amigo pessoal de Bolsonaro e sua família.
Após a motociata, o presidente esteve no evento evangélico Fruto Fiel, realizado no Centro de Convenções de Manaus. Lá, em breve discurso, Bolsonaro disse que o governo federal tem atuado para estimular a produção e o comércio de motos no País. “Determinei ao então ministro Tarcísio que em toda rodovia federal licitada ou relicitada o pedágio para motociclista deveria ser zerado. Hoje, na (Via) Dutra, não se paga mais pedágio. Desta forma, estimulamos o uso deste veículo.”
Ao mencionar a Zona Franca de Manaus, Bolsonaro citou eventual cobiça de estrangeiros na Amazônia. “A zona franca é de 1967, (do governo de) Castelo Branco. O primeiro presidente militar, não seria eu - o sexto – capitão de Exército, que trataria de forma diferente a Zona Franca de Manaus, em grande parte, responsável por manter a Amazônia brasileira longe da cobiça internacional”, disse.
O presidente finalizou o discurso ao público evangélico citando pautas de costume. “Obrigado por serem contra o aborto, por serem contra a ideologia de gênero, por serem contra a liberação das drogas e, cada vez mais, por defender os valores familiares.”