Atos foram registrados em diversas cidades
Por Mariana Tokarnia, Camila Boehm e Heloisa Cristaldo
Manifestações marcaram o Dia do Trabalhador, celebrado hoje (1º). Os atos dividem-se entre contrários e favoráveis ao governo.
No Rio de Janeiro, manifestantes pedem melhorias nas condições de emprego e de salários no Brasil. No Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, o ato em defesa dos direitos dos trabalhadores foi convocado por sindicatos e organizações.
Também na Zona Sul do Rio, em Copacabana, ocorreu um ato a favor do presidente Jair Bolsonaro. Em Niterói, também houve outra manifestação pró-governo, com a presença do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
Brasília
Em Brasília, manifestantes ocuparam o gramado de frente ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, e caminharam junto com o presidente Jair Bolsonaro - que participou do evento durante cerca de 10 minutos. Bolsonaro não fez discursos, mas transmitiu imagens em suas redes sociais.
Na manhã deste domingo, a capital federal também foi palco de atos de centrais sindicais, pelo Dia do Trabalho.
São Paulo
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) chegou com mais de três horas de atraso ao ato político das centrais sindicais em comemoração ao dia do trabalhador. O baixo quórum no local para o ato político durante a manhã fez organizadores se preocuparem e jogarem as manifestações políticas para mais perto do horário previsto para o show de Daniela Mercury.
Em São Paulo, os atos do Dia do Trabalhador foram realizados na Praça Charles Miller, no bairro do Pacaembu, onde um palco foi montado para receber os representantes sindicais, convidados e artistas. O encontro teve início por volta das 10h.
Os discursos e apresentações começaram pela manhã. Entre os assuntos abordados na manifestação, os trabalhadores presentes pediram políticas de valorização do salário-mínimo, geração de renda e emprego e ampliação de direitos sociais, incluindo para trabalhadores autônomos e de aplicativo.
Por volta de 16h, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou no ato dizendo que estava presente no ato de 1º de maio para discutir os problemas dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
Já a Avenida Paulista foi fechada para receber manifestantes pró-governo. Os manifestantes pedem a defesa da liberdade de expressão.
Apoiadores do presidente da República pedem respeito às liberdades individuais e clamam pela aprovação do voto auditável
Durante a tarde, uma mensagem gravada pelo presidente Jair Bolsonaro foi exibida para os presentes.
Policiamento e SSP
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que 840 policiais militares atuarão nos atos na Avenida Paulista e na Praça Charles Miller, com um esquema especial de policiamento, além do policiamento regular da capital.
Para isso, o patrulhamento será intensificado desde as primeiras horas no local e também nas imediações das estações do Metrô. No restante da capital e estado, o policiamento preventivo e ostensivo também está preparado para garantir a segurança da população.
Ainda segundo a SSP, as ações serão monitoradas pelo sistema Olho de Águia, por meio de câmeras fixas, móveis, motolink e body cams, e acompanhadas diretamente da Sala de Comando e Controle instalada no Centro de Operações da PM (Copom), e as delegacias territoriais também estarão preparadas para atender a população e registrar celeremente todas as ocorrências, se necessário.
Está prevista ainda revista pessoal e mochilas devem ser vistoriadas em virtude da proibição do porte de objetos que possam atentar contra a vida dos presentes nas manifestações, população em geral e policiais.
Dia do Trabalho
O Dia do Trabalhador é uma data celebrada em vários países do mundo e que, no Brasil, é feriado nacional. O dia faz memória a uma greve de trabalhadores que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, por melhores condições de trabalho. Por conta desta mobilização, o Dia do Trabalhador virou um marco da luta por direitos trabalhistas.