Presidente eleito informou a decisão por meio de suas redes sociais; colombiano é autor do livro "A grande mentira: Lula e patriotismo petista"
Por iG São Paulo
O presidente eleito Jair bolsonaro (PSL) anunciou na noite desta quinta-feira (22) o nome do filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para o cargo de ministro da Educação do novo governo. Rodriguez é autor de mais de 30 obras e atualmente tabalha como professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, para o cargo de Ministro da Educação.
A oficialização de Rodríguez acontece após uma serie de especulações nesta semana de quem assumiria a pasta da Educação. Nomes como o do diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves , e do procurador Guilherme Schelb foram cotados para o cargo de ministro da Educação .
O novo ministro publicou em blog no dia 7 de novembro que havia sido sondado pelo governo de Bolsonaro para ocupar a vaga. No texto, Rodriguez diz que há uma "tarefa essencial" para o Ministério da Educação. "Recolocar o sistema de ensino básico e fundamental a serviço das pessoas e não como opção burocrática sobranceira aos interesses dos cidadãos, para perpetuar uma casta que se enquistou no poder e que pretendia fazer, das Instituições Republicanas, instrumentos para a sua hegemonia política", escreveu.
Para o novo ministro, é necessário "enquadrar o MEC no contexto da valorização da educação para a vida e a cidadania a partir dos municípios, que é onde os cidadãos realmente vivem".
No blog, Rodríguez também criticou as provas do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) que, para ele, são "entendidas mais como instrumentos de ideologização do que como meios sensatos para auferir a capacitação dos jovens no sistema de ensino".
O filósofo colombiano é autor do livro "A grande mentira: Lula e patriotismo petista", no qual faz criticas aos governos petistas. De acordo com a descrição oficial, o livro "explica como o PT conseguiu potencializar as raízes da violência, que já estavam presentes na formação do nosso Estado patrimonialista, e que se reforçaram com o narcotráfico e a ideologia de revolução cultural gramsciana".
Dois dias antes das eleições, o agora prócimo ministro da Educação escreveu em seu blog um texto no que descreveu Bolsonaro como "um líder que teve a coragem de ouvir a voz do povo nas ruas e no seio das famílias" e afirmou que ele era o candidato que tornaria "possível reconstruir o tecido social, esgarçado pelos ódios que mais de uma década de dominação petista plantou criminosamente no seio da nossa sociedade".