SUCESSÃO ESTADUAL 2021: EDUARDO GOMES FARÁ GIRO NO ESTADO
O senador tocantinense, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, Eduardo Gomes, fará um “giro” no Tocantins, no que já foi apelidado de “caravana de boas notícias”, ocasião em que, além de benfeitorias vai discutir políticas públicas com prefeitos, vereadores e com a população.
No retorno dessa caravana, que pode ser feita por etapas nas diversas regiões do Estado, Eduardo Gomes pode, até, reservar um tempinho para discutir a sucessão estadual 2022.
Por enquanto, a ordem é espalhar boas notícias pelo Tocantins afora.
EM BUSCA DE SOBREVIVÊNCIA POLITICA PARTIDARIA
Os partidos com representação na Câmara dos Deputados, principalmente os de oposição ao governo de Jair Bolsonaro já começaram as movimentações em relação à sobrevivência política.
Muitos fecham questão em proibir as direções estaduais de coligar com candidatos de partidos da base política do presidente da República.
Essas decisões serão registradas no TSE, para evitar qualquer desobediência nos estados, deixando as cúpulas das legendas responsáveis pelas coligações proporcionais.
SUCESSÃO ESTADUAL
Por enquanto, em relação à sucessão estadual de 2022, quem vem buscando visibilidade como pré-candidato a governador é o vice-governador Wanderlei Barbosa, com as bênçãos do Palácio Araguaia.
Por outro lado, o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, que tem um bom patrimônio político na região Norte do Tocantins, esteve reunido com o ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira e, hoje, se encontra em Brasília, retornando ao Tocantins no fim de semana, para dar prosseguimento às suas andanças pelo Estado.
KATIA ABREU PODE PRESIDIR COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NO SENADO
Os políticos tocantinenses estão com altos cacifes nas Casas de Lei das quais fazem parte em Brasília.
A senadora Kátia Abreu pode ser confirmada como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e seu filho, Irajá Abreu foi eleito primeiro secretário da Mesa-Diretora do Senado. Por sua vez, o senador Eduardo Gomes, além de líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, deve ser confirmado como presidente da Comissão de Educação, depois abrir mão da primeira vice-presidência da Mesa Diretora do Senado para manter a harmonia e a união da cúpula do MDB nacional.
“CHAPÃO” É DESCARTADO POR LÍDERES DAS OPOSIÇÕES
O Paralelo 13, em consulta a vários líderes políticos de partidos de oposição ao Palácio Araguaia, ouviu que todos descartam veementemente quaisquer chances da formação de um “chapão” que traria o governador Mauro Carlesse como candidato ao Senado.
Uma das lideranças fez questão de enfatizar que “não nos esquecemos da coligação de Marcelo Lelis, pela UT, com o MDB, que indicava a vice, Cirlene Pugliese, quando ele tinha o dobro das intenções de voto do seu adversário e, depois de anunciada a coligação, despencou, perdendo até para os votos em branco e para a abstenção. Esqueceram de combinar com o povo”.
Segundo esse líder, os eleitores não “engolem” “chapões”.
MUDANÇA DE LEGENDA TERÁ LAGARDA EM BREVE
Nos bastidores políticos, as articulações estão a “mil por hora”, com muitos prefeitos indo à Brasília e acertando mudanças de partido, principalmente os que não tiveram apoio das legendas atuais, nem material nem financeiro, nas eleições municipais do ano passado.
O sentimento de desconforto é grande.
Já os pré-candidatos a deputado estadual e federal estão em busca de um partido que lhes dê segurança para concorrer em pé de igualdade. Muitos devem optar por partidos pequenos que não têm candidatos à reeleição.
PRIMEIRA ELEIÇÃO ESTADUAL SEM COLIGAÇÕES PROPOCIONAIS: TODO CUIDADO É POUCO
Quem deseja ser candidato a deputado estadual ou federal precisa, antes, fazer uma avaliação do seu potencial político-eleitoral, conversar com a cúpula estadual da legenda, principalmente se for de oposição, e fechar um pacto para sua participação na distribuição dos recursos de campanha, para só então, se filiarem, independentemente de ter candidatura à reeleição.
Estão proibidas as coligações proporcionais com os candidatos \apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro.
O mais importante será o pacto, lembrando que, dificilmente um partido conseguirá fazer mais que três deputados estaduais e dois federais, com mais de dez partidos na corrida eleitoral.
CINTHIA ENVIARÁ REFORMA ADMINISTRATIVA NA PRÓXIMA SEMANA
Para bater seu próprio recorde em obras e ações na área social, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro deve encaminhar à Câmara Municipal um Projeto de Lei que mudará a estrutura administrativa da prefeitura de Palmas, com profundas mudanças, com a extinção de órgãos, cargos de diretoria e funções, com demissões e trocas de dirigentes em vários escalões.
Enquanto que se espera que o PL seja aprovado pelo Legislativo Municipal, Cinthia estará fazendo uma “ponte aérea” a Brasília em busca de liberação de recursos federais para Palmas, após o Orçamento da União ser votado e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Cinthia está “plantando para colher”.
ATRITOS E DESENTENDIMENTOS POLITICO NO CONGRESSO SÃO PASSAGEIROS
Os desentendimentos entre as cúpulas das bancadas na Câmara dos Deputados causados pela derrota do candidato Baleia Rossi, ungido pelo ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia, serão passageiros e tudo deve voltar ao normal após o recesso branco de Carnaval.
O clima, após o recesso, estará mais ameno, mas Maia terá que provar sua liderança, uma vez que pretende mudar de partido. Sua força será medida pelo número de deputados que vão segui-lo para a outra legenda.
A grande questão será o TSE assegurar a mudança de legenda sem risco de perder o mandato.
Se depender da cúpula do DEM, o mandato fica com o partido.
ESTADOS E MUNICÍPIOS COM DINHEIRO EM CAIXA
Apesar da pandemia do novo coronavírus, estados e municípios fecharam 2020 com quase o dobro de dinheiro em caixa em relação ao ano anterior, segundo dados do Tesouro Nacional e do Banco Central.
De acordo com as duas instituições, o saldo de estados e municípios passou de R$ 42,7 bilhões em 2019 para R$ 82,8 bilhões, no fim do ano passado, uma alta de 94%. Trata-se da maior disponibilidade de caixa para prefeitos e governadores em ao menos 19 anos (desde 2001; veja no gráfico, mais abaixo).
Mesmo assim é insuficiente, segundo avaliação do presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, secretário da Fazenda do Piauí.
Segundo Fonteles, a melhora do caixa dos estados é “absolutamente transitória".
GILMAR “DETONA” LAVA JATO
O ministro Gilmar Mendes, presidente da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, proferiu nesta terça-feira 9 o voto mais enfático a favor do acesso do ex-presidente Lula aos diálogos entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato.
Segundo o ministro, as mensagens têm o potencial de comprometer até a integridade da Procuradoria-Geral da República. “Se esses diálogos não existiram, os hackers de Araraquara são uns notáveis ficcionistas”, ironizou. “Ou nós estamos diante de uma obra ficcional fantástica que merece o Prêmio Nobel de literatura, ou estamos diante do maior escândalo judicial da história da humanidade”.
Para Gilmar, “a extrema gravidade dos acontecimentos exige que se confira à defesa o direito de questionar e de impugnar eventuais ilegalidades processuais que se projetam como reflexo da atuação coordenada entre acusação e magistrado.”
Por quatro votos a um, a 2ª Turma do STF reforçou a autorização do compartilhamento, com a defesa de Lula, das mensagens apreendidas pela Operação Spoofing.
AYRES PREOCUPADO COM VACINAÇÃO
O deputado estadual Ricardo Ayres (PSB) voltou a manifestar na Assembleia Legislativa sua preocupação com a vacinação contra a Covid-19 no Tocantins. O parlamentar apresentou dois requerimentos que solicitam a criação de uma comissão especial para acompanhar a vacinação nos municípios e outro para a criação de um fundo para destinação de recursos para aquisição de doses dos imunizantes aprovados pela Anvisa.
Ayres requer que a comissão especial seja composta por cinco deputados estaduais, indicados pelos blocos, com duração de 120 dias. Ainda segundo o parlamentar, representantes de outros órgãos como o Ministério Público Estadual – MPE, Tribunal de Contas do Estado – TCE, Defensoria Pública, Associação Tocantinense dos Municípios – ATM, do próprio Governo do Estado, dentre outros, serão convidados a contribuir com os trabalhos. “Essa Casa de Leis tem um papel fiscalizador e com essa comissão vamos, principalmente, assegurar a eficiência e a transparência por parte dos municípios, além da celeridade na vacinação”, destacou.
MAIA PODE PERDER MANDATO
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia pode perder o mandato, caso cumpra a ameaça de filiar-se a outra sigla. É o que prevê a lei, a menos que o partido abra mão do seu mandato. Mas abrir mão desse direito é opção cada vez mais distante na executiva nacional do DEM, em razão do ambiente muito ruim criado pelo próprio Maia, que acusa o partido de “traição” para justificar a derrota do seu candidato à própria sucessão. No DEM, cresce o movimento para não deixar barata a “deserção” de Maia.
Segundo a Resolução-TSE 22.610/2007, a desfiliação sem justa causa libera o partido para pedir a decretação da perda do mandato eletivo.
Maia insiste na lorota de traição para tentar classificar sua saída como fruto de “discriminação pessoal”, uma das justas causas para desfiliação.
Além do DEM, podem pedir a perda do mandato de Maia o Ministério Público Eleitoral e quem tem interesse jurídico, como um suplente na fila.
LULA SEGUIRÁ “AMARRADO” PELA JUSTIÇA
A perspectiva de que o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no STF (Supremo Tribunal Federal) não deve devolver ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o direito político de disputar as eleições pode embolar o jogo da esquerda na disputa de 2022.
Hoje, o entendimento é de que a Segunda Turma do Supremo acate o pedido da defesa do ex-presidente e considere Moro parcial, mas a decisão deve se limitar ao caso do tríplex do Guarujá. Em entrevista à CNN, o ministro Gilmar Mendes, indicou essa posição.
Mas, como Lula também tem uma condenação no processo do sítio de Atibaia, ele deve seguir inelegível até que a corte se debruce sobre a imparcialidade do ex-juiz neste caso.
A avaliação entre lideranças da esquerda é a de que, sem Lula no jogo político, esses partidos que estão na oposição ao presidente Jair Bolsonaro tendem a não caminhar unidos na corrida de 2022.
PSDB REAGE À AÇÃO DE DÓRIA
A pretensão do governador de São Paulo, João Doria, em liderar o PSDB, inclusive assumindo a presidência do partido, em maio, em substituição a Bruno Araújo, causou as primeiras reações que podem aprofundar ainda mais o racha interno. Um grupo de deputados federais deve chegar a Porto Alegre, hoje, para lançar informalmente a pré-candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao Palácio do Planalto, em 2022. O grupo é liderado pelo deputado Lucas Redecker (RS) e a expectativa é de que pelo menos 12 deputados, dos 29 da bancada, cerrem fileiras contra o avanço de Doria.
O governador paulista começa a colher os resultados daquilo que, para muito dentro da legenda, são movimentos precipitados e que podem impedir que ele conte com o apoio integral dos tucanos. Isso porque não apenas não concordam com a ideia de levar o PSDB para uma oposição intransigente ao presidente Jair Bolsonaro, como também não aceitam que Doria substitua Bruno Araújo no comando da legenda, além de não verem com bons olhos a conversa que o governador paulista teve com o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) –– inclusive, convidando-o para se integrar ao ninho tucano. Nas palavras de um veterano do partido, Doria “queimou a largada”.
Para piorar, foi mal recebida a iniciativa do governador de tentar expulsar o deputado Aécio Neves (MG), no ostracismo desde que vazaram áudios que o relacionam ao recebimento de propina do empresário Joesley Batista, principal executivo do conglomerado alimentício JBS. Assim como o parlamentar classificou a iniciativa de Doria de “destempero” e “arroubo autoritário”, outros na agremiação enxergaram o episódio da mesma forma.