Wanderlei antenado com Deocleciano
Mesmo em missão oficial em Portugal, o governador Wanderlei Barbosa segue conectado com seu homem de confiança no Tocantins: o secretário da Casa Civil, Deocleciano Gomes. Discreto, articulado e de fala mansa, Deocleciano se tornou peça-chave na engrenagem política do Palácio Araguaia. Com ótimo trânsito entre deputados, prefeitos e lideranças partidárias da base governista, ele cumpre, ao mesmo tempo, o papel de ouvidor, conselheiro e elo direto entre o governador e o Legislativo.
Sem estrelismos, é do tipo que ouve muito e fala apenas o necessário. Com seu estilo conciliador e a confiança irrestrita do governador, Deocleciano vai se firmando como o braço direito silencioso, mas decisivo, na condução política do governo.
Judiciário de férias
Começou nesta terça-feira, 2 de julho, o recesso do Poder Judiciário, que só volta a funcionar plenamente no dia 31 deste mês. Para a classe política envolvida em processos por improbidade administrativa, corrupção e outras “traquinagens” com o dinheiro público, o recesso soa como um refresco temporário, tempo extra para articulações e estratégias de defesa. Enquanto os tribunais descansam, os gabinetes seguem a todo vapor, com muito mais movimentação que as varas e plenários da Justiça.
Polícia Federal segue no rastro dos corruptos
Apesar do recesso do Judiciário iniciado neste 2 de julho, as investigações seguem firmes. Homens e mulheres da competente e respeitada Polícia Federal continuam em campo, colhendo provas e avançando nos inquéritos que miram integrantes da classe política tocantinense. A expectativa é de que, até o final de 2025, os processos ganhem celeridade, oferecendo ao Poder Judiciário elementos suficientes para realizar uma verdadeira faxina nos bastidores da política local.
Com isso, espera-se que o eleitorado tenha mais clareza em 2026 e não caia novamente na conversa de "onça vestida de carneiro". Agosto promete ser o mês das revelações. E O Paralelo 13 vai acompanhar tudo, de lupa na mão.
Deputado “mui amigo” de Wanderlei dá tiro no pé
Um certo deputado federal, eleito na cota de aliado do governador Wanderlei Barbosa, tem se mostrado, nos bastidores de Brasília, mais falastrão do que confiável. Em rodas políticas, vem disparando críticas veladas, e outras nem tanto, contra o próprio chefe do Executivo tocantinense.
Como diria o saudoso Dr. Brito Miranda, “esse moço é um saco sem fundo”. O Observatório Político de O Paralelo 13 apurou que as falas do deputado já são de conhecimento do Palácio Araguaia desde fevereiro. Mas por enquanto, o Diário Oficial segue em silêncio, o que não quer dizer inação. Porque, como bem se sabe, para tudo há seu tempo. E 2026 está logo ali.
Irajá e o alinhamento com o presidente Lula
Após a ex-senadora Kátia Abreu afirmar publicamente que seu filho, o senador Irajá Abreu, será o único candidato ao Senado pelo Tocantins a apoiar a reeleição do presidente Lula, o próprio presidente jogou água fria na tese. Segundo Lula, esse apoio dependerá do entendimento entre Irajá e o companheiro petista Paulo Mourão, que também sonha com espaço na chapa majoritária.
Irajá, por sua vez, não está sozinho no tabuleiro. Conta com o PSD, com parte robusta do fundo partidário, e com o apoio de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em várias regiões do estado. Com esse capital político, o senador tem margem para decidir seu rumo, inclusive a possibilidade de embarcar na pré-candidatura do vice-governador Laurez Moreira ao Palácio Araguaia. Há tempo e margem de manobra. E como se sabe, no Tocantins, alianças se fazem e desfazem na última curva da estrada.
Wanderlei é parabenizado por barrar “tigrinho” na Lototins
A decisão do governador Wanderlei Barbosa de retirar o polêmico “Jogo do Tigrinho” da plataforma da Lototins rendeu elogios de nomes da política estadual, incluindo aliados e críticos da atual gestão. Autor da ação judicial que suspendeu temporariamente as apostas de quota fixa da Lototins, o vereador Carlos Amastha (PSB) elogiou o gesto do governador: "Sabia da sua sensibilidade como pai e avô. Obrigado, governador, pela nobreza e humildade de suspender este maldito jogo, mesmo com a decisão judicial em curso", afirmou.
Na Câmara dos Deputados, o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos) também comemorou a medida:"Apesar da retomada da Lototins, o governador determinou que o Tigrinho está fora. Foi um gesto coerente com sua história e com a defesa da integridade das famílias tocantinenses."
Já o vereador Walter Viana (PRD), outro crítico do jogo, classificou a decisão como “acertada e sensata”. A retirada do jogo, que vinha sendo alvo de intensa pressão da sociedade civil e da classe política, mostra que, quando o assunto é saúde pública e responsabilidade social, governo e oposição podem falar a mesma língua.
Wanderlei abre caminho para intercâmbio com a Universidade de Lisboa
Durante agenda oficial em Portugal, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, mostrou que está pensando longe e alto. Nesta terça-feira, 1º de julho, acompanhado da primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, o governador visitou o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), uma das unidades da renomada Universidade de Lisboa, com o objetivo de construir uma ponte entre a instituição portuguesa e a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins).
O foco é o intercâmbio acadêmico, a iniciação científica e a produção de conhecimento. Para Wanderlei, o diálogo com instituições de excelência mundial é um passo estratégico para ampliar horizontes e consolidar o Tocantins no cenário internacional da educação. E mais: também está no radar uma parceria com a Escola de Governo (Egov) e a Egefaz, para capacitar os servidores públicos estaduais. A ideia é preparar melhor os quadros do Estado e alavancar a qualidade da gestão pública.
O reitor da Unitins, Augusto Rezende, que participou do encontro por videochamada, destacou que a aproximação vai abrir novas oportunidades para estudantes e professores. Já o coordenador do ISCSP, João Catarino, foi direto: "Para nós, é importante estreitar laços com as instituições de ensino do Tocantins".
Goianyr Barbosa retorna aos palcos
Trinta anos após interromper sua carreira artística no auge do sucesso, o cantor e compositor almense Goianyr Barbosa, retoma sua carreira com o lançamento de novas músicas. Goianyr despontou para o sucesso em 1991 com um LP produzido por Clayton Aguiar, com arranjos do maestro Pinócchio e produção de voz de Mozart Silva. Duas músicas se destacaram: “Saudade do meu sertão”(Goianyr Barbosa) e “Ai, que saudade”(J.Neves/Acosta), aparecendo como as tocadas na Rádio Nacional da Amazônia. O lançamento em primeira mão acontecerá nesta quarta-feira, 2, no programa “Eu de Cá, Você de Lá”, apresentado por MAURÍCIO RABELO, na Rádio Nacional Brasília AM, 980.
Certificação da Conorte
A CONORTE — Comissão de Criação do Estado do Tocantins — iniciou a entrega de certificados de reconhecimento a pessoas que tiveram papel importante na luta pela criação do nosso Estado. E logo surgiu a pergunta feita por muitos, inclusive por este veículo de comunicação: por que o ex-presidente José Sarney foi o primeiro homenageado?
A resposta está na história. Em 1987, o então senador Benedito Ferreira conseguiu aprovar no Congresso Nacional um projeto que criava o Estado do Tocantins, desmembrando a região norte de Goiás. Quando a proposta chegou ao Palácio do Planalto, José Sarney, então presidente da República, reuniu os principais líderes do movimento, entre eles o próprio Benedito, Siqueira Campos, José Freire e membros da CONORTE e comunicou que vetaria o projeto.
Mas o veto não era um fim. Pelo contrário, foi a abertura de um novo caminho. Sarney explicou que estava prestes a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte e que a criação de novos estados seria tratada diretamente na nova Constituição. Assim foi feito. O Tocantins nasceu em 1988, com respaldo definitivo e constitucional — e não apenas por uma lei ordinária.
Sem a convocação da Constituinte por Sarney, talvez o Tocantins não tivesse sido criado com a força e a legitimidade que carrega até hoje. Por isso, reconhecer a participação do ex-presidente não é ato isolado nem escolha política: é fazer justiça histórica.
A CONORTE acerta ao valorizar todos que contribuíram para que o Tocantins deixasse de ser promessa e se tornasse realidade. E, como sempre, o Paralelo 13 segue atento para lembrar que fazer memória é também uma forma de honrar o presente e proteger o futuro.