Com um número elevado de custos da folha governo ainda mantém pagamento dos servidores públicos em dias

Posted On Terça, 31 Julho 2018 15:49
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O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), busca de todas as formas uma maior integração com o funcionalismo público. Antenado 24 horas, e com uma boa relação com o presidente do Sindicado dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro que tem sido peça atuante em defesa dos direitos dos servidores

 

Por Edson Rodrigues

Carlesse é consciente que ganhou a confiança do funcionalismo com o apoio de Cleiton, da contribuição direta dos servidores no resultado das eleições suplementares, da força que eles demonstram e apesar dos desafios diários o governador vem mantendo um equilíbrio administrativo. Na Capital eles somam mais de 24 mil, em Araguaína seis mil, em Porto Nacional, três mil.

Longe do modelo ideal, a equipe gestora assim como a população tem consciência de que é impossível resolver todas as demandas em um governo tampão, com restrições constitucionais em um período de processo eleitoral, no entanto, o governador iniciou os pagamentos da data base de 2017 e 2018.

Dados
A data-base 2017, referente ao período de maio de 2016 a abril de 2017, teve índice de 3,9870%, e o custo de sua implementação será de R$ 10,5 milhões. Já o índice de 2018 foi calculado em 1,69% e o impacto na folha será de R$ 4,6 milhões.

Heranças
Mauro Carlesse herdou dos seus antecessores inúmeras dívidas, e o próprio cuidou de aumenta-la com milhares de nomeações e contratos temporários. Prática, diga-se de passagem, usada por todos que já estiveram no comando do Estado. Um veículo trouxe no início de julho uma planilha com todos os gastos do Executivo neste primeiro semestre, no qual foi possível perceber que atualmente o pagamento da folha chega a 58% do que é arrecadado pelo Estado, porém está cumprindo com a folha do pagamento dos servidores públicos.

Turbulência Jurídica
Este período no qual o Tocantins atravessa atualmente já era aguardado por todos. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) aguarda o julgamento do governador Mauro Carlesse sobre abuso de poder, para posteriormente realizar o registro de sua candidatura e seu vice, Wanderley Barbosa (PHS).

De qualquer forma seria leviano fazer qualquer pré-julgamento, porém não podemos tampar o sol com a peneira.  

Segundo chegou a nosso conhecimento, muitas trovoadas e ventos fortes vêm por aí. Delação, confissão, e muito mais nos próximos dias.  A partir daí, com conhecimento  da gravidade da situação, levando em consideração elementos comprobatórios será possível realizarmos uma análise da atual conjuntura política tocantinense, com base nas provas colhidas pela Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Federal.

Sangramento
Com uma campanha de 45 dias, nos próximos três meses o processo do governador tende a ir para a Suprema Corte que provavelmente manterá a decisão pelo Tribunal Eleitoral do Tocantins.

Caso os resultados sejam negativos, Mauro Carlesse e seu vice-governador, Wanderley Barbosa, e o conglomerado governista passa a sangrar publicamente, mas se forem absolvidos automaticamente ficarão com maior poder de embate na disputa de outubro.

O Plano B
Autoridades ligadas ao MPF afirmam que após tomarem conhecimento superficial de parte das denúncias inseridas no processo há provas suficientes para uma cassação do diploma de Mauro Carlesse. Uma questão é fato: nada será resolvido no Estado, pois no caso de uma decisão em colegiado pela Corte Eleitoral do Tocantins, o processo ainda cabe recurso para o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. E  a partir daí entra em trânsito e julgado as famosas liminares que apesar do ganho de tempo há um desgaste da imagem. E caso isso ocorra, há um plano B? Tornando os dois inelegíveis quem seria o candidato substituto de Carlesse? Carlos Gaguim? Luana Ribeiro? Eduardo Gomes? César Halum?

Entenda
Em 2009 o então governador Marcelo Miranda passou por um processo de cassação. Afastado do cargo o Tocantins ganhou destaque no cenário nacional. Em 2010, Marcelo Miranda disputou nas urnas a função de senador, foi eleito, mas proibido de ser diplomado pelo Tribunal Eleitoral.  Agora, em 2018, pela segunda vez Marcelo é cassado da função de governador.  O Estado não possui estrutura para mais um processo de cassação de diploma de um governador. Além de tudo isto, seria uma vergonha no qual desgastaria a imagem do Tocantins junto a opinião pública brasileira, as financeiras, e principalmente ficaria desacreditado.

Última modificação em Quarta, 01 Agosto 2018 07:28