Conforme Lei nº 3.594/2019, liberação da colheita teve início na última sexta-feira, 20, e se estende até o dia 30 de novembro
Por Andréa Marques
Responsável pela gestão do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, o Naturatins desempenha um papel fundamental na preservação e no manejo sustentável do capim-dourado nas Unidades de Conservação (UC). A liberação da colheita teve início na última sexta-feira, 20, e se estende até o dia 30 de novembro, período estabelecido para garantir a preservação da espécie.
Colhido de forma sustentável por comunidades locais, que seguem as normas previstas na Lei nº 3.594/2019, que estabelece a Política Estadual de Uso Sustentável do capim-dourado e do Buriti, o brilho do capim-dourado começa a reluzir nas mãos dos artesãos e extrativistas, marcando o início de mais uma colheita que une tradição e preservação. Neste fim de semana, nos dias 21 e 22, o campo Brejo do Capão, situado na região do Rio Novo, a cerca de 60 km da comunidade Quilombola Mumbuca, tornou-se um dos locais onde o tom dourado do capim se uniu à dedicação e ao trabalho de famílias que mantêm essa tradição há gerações.
Artesão e extrativista, Nataniel Alves, destacou a forma correta da coleta e manejo sustentável da matéria-prima
A supervisora da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, Rejane Nunes, acompanhou as coletas reforçando a importância de respeitar a legislação. "Estamos visitando os campos e aproveitado para distribuir alguns pentes, que facilitam a retirada das florzinhas/cabecinhas do capim-dourado, garantindo que a semente fique no local, cumprindo o que está na legislação”, explicou.
Tradição
A colheita do capim-dourado não é apenas uma prática extrativista, mas um elo cultural e econômico que sustenta a vida das famílias do Mumbuca e da região do Jalapão. A matéria-prima transformada em peças de artesanato conhecidas mundialmente, simboliza o cuidado com a natureza e a sabedoria de um povo que sabe extrair dela o sustento sem esgotá-la.
Conhecida como uma tradição que atravessa gerações, a colheita do capim-dourado é motivo de celebração para as famílias que dependem do Ouro do Cerrado para seu sustento. A artesã e extrativista Nina Tavares da Silva descreve a rotina no acampamento, onde a comunidade se instala durante o período de colheita, destacando o ritmo intenso de trabalho que marca essa época do ano. Para ela, é um momento de esforço coletivo e união, em que a tradição e o sustento caminham lado a lado. “Ao chegarmos ao acampamento, organizamos tudo com muito cuidado. No dia seguinte, por volta das cinco da manhã, iniciamos o percurso de um quilômetro até o campo de coleta. Permanecemos lá até cerca de dez horas, evitando o calor intenso do sol de setembro. Em seguida almoçamos e retornamos no início da tarde, continuando a colheita até o entardecer”, detalhou.
Para Taiane Gomes, esse momento é especialmente significativo
Nina explicou que o tempo de permanência no campo, durante todo o período da colheita, varia entre as famílias. Algumas permanecem por uma semana inteira, enquanto outras vão e voltam de acordo com a maturidade do capim-dourado. "Nós colhemos a matéria-prima somente quando está madura. Às vezes, é necessário esperar de 10 a 15 dias para retornar, pois algumas hastes ainda estão verdes.”, explicou.
Este ano, os artesãos comemoram a fartura do capim-dourado, especialmente após as perdas causadas por incêndio em um dos campos de coleta no ano anterior. "Graças a Deus, este ano a colheita de capim-dourado está farta, e a alegria é contagiante entre todos. Já estamos há dois dias no campo, colhendo com toda a comunidade, e a fartura é realmente impressionante”, relatou Nataniel Alves, morador do povoado Quilombola Mumbuca.
Natanael destacou a forma correta da coleta e manejo sustentável da matéria-prima. “É fundamental deixar a florzinha\cabecinha no solo, pois ela representa o futuro da planta. Se não a dispersarmos, o capim-dourado não se renova, comprometendo a colheita nos anos seguintes. A preservação é essencial para garantir que as futuras gerações continuem a usufruir desse recurso tão precioso”, explicou.
A colheita do capim-dourado é um processo manual e cuidadoso, que envolve técnicas tradicionais transmitidas de geração em geração. Caminhar entre os campos úmidos representa um verdadeiro desafio. Para Taiane Gomes, esse momento especialmente significativo, conta com o apoio do Naturatins e de várias instituições parceiras para proteger essa riqueza natural. Ela expressa com alegria o sentimento que acompanha a realização deste trabalho. "Este ano, tivemos nossos campos protegidos, graças ao empenho do órgão ambiental e diversas instituições, além dos próprios moradores da comunidade. É uma alegria muito grande dar continuidade a essa tradição. No futuro, será meu filho colhendo, assim como meus avós e minha mãe fizeram antes de mim”, destacou.
Liberação da colheita teve início na última sexta-feira, 20, e se estende até o dia 30 de novembro
Além de ser um símbolo do artesanato sustentável da região, a matéria-prima exerce um significativo impacto socioeconômico nas comunidades locais, especialmente entre as mulheres artesãs. A expectativa é que, nos próximos meses, o capim-dourado colhido se transforme em obras de arte, como bolsas, chapéus, acessórios e outros artigos que circularão tanto no território nacional quanto internacionalmente.
O treinamento visa aperfeiçoar as atividades e otimizar os serviços
Por Dinalva Martins
Nesta segunda-feira, 23, a terceira turma de servidores da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) e de instituições parceiras participa do Curso de Operação de Drones- Mapeamento Aéreo na Agropecuária. O treinamento, que conta com aulas teóricas e práticas, segue até sexta-feira, 27, em Palmas, com 12 participantes.
A qualificação visa habilitar os profissionais a utilizarem o equipamento de forma estratégica nas atividades desenvolvidas em campo. “Estamos trabalhando para evoluirmos cada vez mais, o auxílio do drone promove mais eficiência, rapidez e dinamismo tanto nas ações da área animal, quanto da área vegetal em lugares de difícil acesso, monitorando lavouras e rebanhos”, avalia o presidente da Adapec, Paulo Lima.
O curso aborda temas como sensoriamento remoto, georreferenciamento, tipos de drones e de câmeras, processamento de imagens, dentre outros tópicos que fazem parte da programação.
Parceiros
O treinamento é uma parceria entre Adapec, Federação da Agricultura e Pecuária (FAET/SENAR), Fundo Privado de Defesa Agropecuária (Fundeagro) e do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra).
Da Redação
O advogado e empresário palmense Epitácio Brandão (PL), conhecido como Picó, tem despontado como um dos principais nomes na eleição para vereador na Capital. Ligado ao esporte e às causas sociais, ele vem fazendo uma campanha que tem crescido e ganhado grande adesão popular.
Epitácio é o idealizador da Copa Tocantins Futebol 7 Society, a maior competição de futebol society do estado, e do TAFC - Copa do Mundo de Futevôlei. Como esportista, ele conhece de perto as necessidades do setor e se compromete a lutar pela reativação do Programa Bolsa Atleta e pela melhoria das instalações esportivas em Palmas, fomentando a inclusão de jovens em situação de risco, idosos, pessoas com deficiência e outros grupos vulneráveis por meio do esporte.
“Acredito que o esporte é um poderoso instrumento de transformação social. Mesmo antes de ocupar qualquer cargo público, já estava envolvido em ações que buscavam levar oportunidades e esperança para nossa comunidade, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade”, afirma Epitácio.
Ações na Câmara Municipal
Como vereador, Epitácio esteve por dois períodos na Câmara Municipal de Palmas, debatendo e solucionando questões políticas importantes para Palmas, entre as ações estão o projeto Vereador no seu Bairro, levando serviços essenciais diretamente às comunidades, como consultoria jurídica, atendimento médico e oficinas. Essa iniciativa aproximou o Poder Público dos cidadãos, mostrando que é possível criar soluções reais e imediatas para os problemas locais.
"Estar presente nas comunidades e ouvir de perto as demandas da população foi uma das experiências mais enriquecedoras da minha vida pública. Pude perceber que, muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém que esteja disposto a ouvir e a agir. Foi assim que consegui, junto com a comunidade, implementar soluções reais e eficazes”, relembra Epitácio.
Forte atuação no social
Epitácio também é conhecido por sua forte atuação social. O projeto Unidos pelo Amor, idealizado pela família Brandão, já arrecadou mais de R$ 90 mil em eventos beneficentes, como a feijoada solidária, para apoiar o Hospital do Amor.
A solidariedade e o compromisso com o próximo estão no DNA do candidato, que há mais de 17 anos transformam datas comemorativas em momentos de ajuda e transformação, distribuindo cestas básicas e outros recursos para quem mais precisa. “Ajudar o próximo sempre foi uma prioridade para mim. Quando vejo a alegria das famílias ao receberem uma cesta básica ou o apoio que conseguimos oferecer ao Hospital do Amor, percebo que essas ações realmente transformam vidas”, destaca o candidato.
Experiência como Empresário
Como empresário, Epitácio conhece bem os desafios de empreender em Palmas e se compromete a incentivar pequenos negócios e lutar por políticas fiscais que favoreçam pequenas e médias empresas. Ele acredita que o crescimento econômico de Palmas passa pelo apoio ao empreendedorismo local e pela promoção do turismo, aproveitando as belezas naturais da região para gerar emprego e renda de forma sustentável.
Da Redação
Durante as eleições municipais de 2024 em Ipueiras, um episódio chamou atenção ao envolver a candidata a prefeita Irisnete Pinto, da coligação “Sempre Perto do Povo”.Ela foi impedida de realizar sua campanha no Acampamento Clodomir, localizado na zona rural da cidade. Diante disso, a Justiça Eleitoral foi acionada e, em caráter de urgência, autorizou que a candidata tivesse acesso ao local.
Segundo a denúncia feita pela coligação de Irisnete, no dia 8 de setembro de 2024, a candidata foi barrada na entrada do acampamento por dois líderes locais, Roneide Soares Barbosa, presidente do grupo, e Eber José dos Santos, morador do acampamento. De acordo com o relato, o acesso ao local é controlado por uma cancela com cadeado, sob a vigilância dos líderes. A coligação alega que a proibição foi motivada por apoio ao outro candidato a prefeito.
Irisnete e seu candidato a vive Nilson Pien
Além disso, a coligação afirma que o ato de impedir a entrada de Irisnete viola o direito de campanha eleitoral garantido pela Constituição, além de caracterizar violência política contra a mulher. A denúncia sugere ainda que a discriminação pode ter sido motivada por questões de gênero e raça, já que o outro candidato pôde fazer campanha livremente no acampamento.
Diante dessa situação, a coligação pediu uma medida judicial para garantir que Irisnete pudesse fazer sua campanha no Acampamento Clodomir com segurança, solicitando ainda o apoio da Polícia Militar para evitar qualquer violência. A promotoria eleitoral se posicionou a favor do pedido, destacando que todos os candidatos têm o direito de apresentar suas propostas sem impedimentos.
A juíza Umbelina Lopes Pereira Rodrigues decidiu que os representados não podem impedir a entrada de Irisnete Pinto e sua equipe no acampamento. Caso a ordem seja descumprida, a multa será de R$ 50 mil. A juíza também determinou que a Polícia Militar acompanhe o evento de campanha marcado para este domingo, 22.
O caso levanta importantes questões sobre a liberdade de campanha eleitoral e a violência política contra as mulheres, além de destacar o controle de territórios rurais por lideranças locais. A decisão da Justiça é vista como um passo importante para garantir a democracia em comunidades mais isoladas, onde disputas políticas podem ser intensas. Para Irisnete e sua coligação, a intervenção da Justiça Eleitoral representa uma vitória tanto para a sua campanha quanto para o direito de participação política em Ipueiras.
Em Paraíso, equipes trabalham desde sexta-feira, 20, no controle de um incêndio florestal na Serra do Estrondo
Por Luiz Henrique Machado
As ações de combate às queimadas do Governo do Tocantins ganham mais um reforço com a chegada, neste domingo, 22, de um helicóptero, modelo Pantera K2, do 2º Batalhão de Aviação do Exército (2º BAvEx) de Taubaté/SP. A aeronave atuará, especialmente, em ações planejadas na Ilha do Bananal, Pium e Lagoa da Confusão, facilitando o acesso das equipes de trabalho aos focos de incêndios florestais nessas localidades.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, destacou a importância do apoio logístico disponibilizado pelo Exército. “A chegada desta aeronave é crucial para o transporte de pessoal e equipamentos até os focos de incêndio, garantindo ainda mais agilidade nas operações de combate”, afirma.
A operação de combate aos incêndios florestais no estado é realizada em parceria com o Exército Brasileiro e outros órgãos, além do apoio dos municípios. A chegada do Pantera K2 para a base da operação em Lagoa da Confusão, a cerca de 200 quilômetros de Palmas, facilitará sobrevoos transportando as equipes de brigadistas do IBAMA/ICMBIO, do Exército Brasileiro e também de bombeiros militares a pontos estratégicos para o controle do fogo.
Incêndio em Paraíso
Em Paraíso do Tocantins, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO) e brigadistas têm se empenhado em controlar um grande incêndio florestal na Serra do Estrondo. O fogo começou na manhã da sexta-feira, dia 20, e avança em áreas de vegetação típica do cerrado e pastagens. O incêndio se propaga em áreas de preservação ambiental, porém não apresenta ameaça a edificações locais.
Drones estão sendo usados para mapear os focos de calor, facilitando o planejamento das ações para extinguir o incêndio. Além do combate direto às chamas, aceiros são feitos para isolar as áreas não atingidas, o que tem se mostrado um recurso necessário. Brigadistas contratados pelo Governo do Estado, em colaboração com brigadistas municipais, têm unido esforços nesta situação crítica.
O comandante-geral do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, enfatizou a importância da colaboração de diferentes órgãos e da comunidade local nesse momento crítico, devido à estiagem. “Estamos unidos nessa luta. A atuação dos bombeiros, proprietários e funcionários de fazendas, além dos brigadistas florestais, tem sido fundamental”, argumenta.
Combate às queimadas
Só este ano, o Corpo de Bombeiros do Tocantins já combateu 2.033 incêndios florestais no estado. Ao todo, são 1.089 combatentes se revezando nas frentes de ações, sendo 256 bombeiros militares, 80 brigadistas estaduais, 560 brigadistas municipais, 149 militares do 22º Batalhão de Infantaria e 44 militares do 50º Batalhão de Infantaria de Selva.
Além do incêndio na Serra do Estrondo e Ilha do Bananal, equipes formadas também por bombeiros, militares do Exército e brigadistas atuam em outra frente de combate, na região de Araguatins, no extremo norte do estado.
Os incêndios florestais causam grandes prejuízos econômicos, como a destruição de pastagens, plantações e construções. Além disso, resultam em impactos ambientais negativos com a perda de fauna, com a morte de animais, e de flora, gravemente afetada pela incineração da vegetação. A sociedade também é impactada diretamente com a poluição do ar, levando a problemas de saúde, mal-estar, entre outros.
Como ajudar
Em casos de emergência, a população pode ligar para o 193.
Para fazer denúncias em situações de flagrante de crime ambiental por provocar incêndios florestais, o contato deve ser feito pelo telefone 190. Provocar incêndio em mata ou floresta pode resultar em pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.