Ação teve início no norte do Estado devido o atendimento emergencial às famílias impactadas pelos alagamentos na região
Por Alexandre Alves
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), iniciou a entrega de 200 mil kits de alimentos para atender as famílias tocantinenses em situação de vulnerabilidade. Nessa primeira fase da entrega serão distribuídas 50 mil cestas básicas, cada kit acompanhado de um frango congelado. A ação teve início no dia 9 de janeiro e já atendeu 42 municípios da região norte do Estado com cerca de 16 mil kits.
O secretário da Setas, José Messias Araújo, destaca que esta é apenas a primeira etapa com a distribuição de 700 toneladas em cestas básicas e cerca de 130 toneladas em frangos congelados. “Conforme anunciado pelo governador Wanderlei Barbosa, será distribuído um total de 200 mil kits de alimentos e frangos congelados. A ação teve início na região norte devido o atendimento emergencial às famílias impactadas pelos alagamentos na região” enfatizou o secretário.
A distribuição dos kits de alimentos ocorre por meio dos polos de Araguatins, Araguaína, Guaraí, Palmas, Gurupi e Dianópolis. Cada município será responsável pelo condicionamento dos alimentos que atenderão a sua comunidade; essa distribuição nos municípios será realizada pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
Desde que o governador em exercício do Tocantins, Wanderlei Barbosa, assumiu a gestão do Estado já foram distribuídas mais de 100 mil cestas de alimentos, oriundas de emendas parlamentares de deputados estaduais e do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Fecoep), que beneficiaram famílias impactadas em todos os 139 municípios. “A distribuição de alimentos, às famílias tocantinenses impactadas pela pandemia e que se encontram em situação de vulnerabilidade, não pode parar. Uma força-tarefa foi planejada para realizar esse atendimento. Quem tem fome, tem urgência e o Governo do Tocantins estende a mão, justamente para garantir a segurança alimentar dessas famílias impactadas em nosso Estado”, ressaltou o Governador.
42 municípios atendidos
A ação que iniciou nos polos de entrega de Araguatins e Araguaína atende 42 municípios da região norte do Tocantins com aproximadamente 16 mil cestas básicas e 16 mil frangos congelados. São eles: Araguaína, Aragominas, Muricilândia, Nova Olinda, Santa Fé do Araguaia, Colinas, Carmolândia, Araguanã, Xambioá, Palmeiras, Wanderlândia, Piraquê, Darcinópolis, Palmeirante, Barra do Ouro, Goiatins, Campos Lindos, Filadélfia, Babaçulândia, Axixá, Maurilândia, Itaguatins, São Miguel, Sítio Novo, Santa Tereza, Nazaré, Aguiarnópolis, Tocantinópolis, Angico, Ananás, Luzinópolis, Riachinho, Cachoeirinha, Praia Norte, Augustinópolis, Araguatins, São Bento, Esperantina, Buriti, São Sebastião, Carrasco Bonito e Sampaio.
Segundo a coordenadora do Cras de São Miguel do Tocantins, Taislane Gregório, cerca de 320 famílias da sua região estão desalojadas devido às fortes chuvas e sobre as doações de cestas básicas ela comenta: "Para nós essa ajuda será de grande valia. Estamos usando as cestas para produzir marmitas e amenizar o sofrimento dessas famílias", afirmou.
No município de Riachinho, a 485 km de Palmas, as doações de cestas básicas irão beneficiar as famílias vulneráveis inscritas no Cras e os mais de 6 assentamentos do entorno. A coordenadora do Cras local, Magnólia Vieira, agradeceu a iniciativa do Governo do Tocantins. "As cestas já vinham ajudando muito as famílias, mas agora com os dos frangos está completa", frisou.
Coordenadora do Cras de Barra do Ouro, Rosilene Araújo Alves informou que em seu município a entrega de cestas será feita no Centro de Convivência dos Idosos para as pessoas mais vulneráveis previamente cadastradas
A coordenadora do Cras de Barra do Ouro, Rosilene Araújo Alves, informou que em seu município a entrega de cestas será feita no Centro de Convivência dos Idosos para as pessoas mais vulneráveis previamente cadastradas. "Entre os beneficiários estão as famílias que estão sendo retiradas de suas casas devido aos alagamentos. As pessoas do nosso município estão ansiosas pela chegada dessas cestas".
Nesta semana, o Governo do Tocantins atende outras 23 cidades por meio do polo de Guaraí, com 7,9 mil kits de alimentos. Serão contemplados os municípios de Tupirama, Bom Jesus, Dois Irmãos, Itacajá, Recursolândia, Pedro Afonso, Brasilândia, Tupiratins, Itapiratins, Centenário, Colmeia, Paud´Arco, Arapoema, Bandeirantes, Bernardo Sayão, Juarina, Couto Magalhães, Pequizeiro, Goianorte, Itaporã, Presidente Kennedy, Guaraí e Tabocão. Os recursos para essas 200 mil cestas básicas e 200 mil frangos congelados a serem entregues são oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Fecoep).
Ação emergencial
A ação de entrega de cestas básicas executada pelo Governo do Tocantins teve início com o Decreto n° 6.070, de 18 de março de 2020, que determinou situação de emergência no Estado, em virtude dos impactos da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Desde o início da ação, em março de 2020, já foram distribuídas cerca de 1,6 milhão de cestas básicas nos 139 municípios do Estado, por meio da Setas e de outros órgãos estaduais como o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) e a Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc).
Transparência e controle
Os processos referentes às aquisições e aos contratos realizados no contexto da covid-19 estão disponíveis no Portal da Transparência pelo endereço www.transparencia.to.gov.br. Para consultar, acesse na página principal a aba azul - Consulta Contratos Emergenciais -, e a aba verde - Gráficos dos Empenhos e Pagamentos -, e informe-se sobre todos os trâmites.
É importante ressaltar que compras diretas, ou seja, sem licitação, estão autorizadas pela Lei Federal n° 13.979/2020 – de enfrentamento à covid-19, somente para atender a situação emergencial provocada pela pandemia.
Legislações federal e estadual, referentes a este contexto, estão disponíveis para consulta no site da Controladoria-Geral do Estado (CGE-TO) pelo link https://www.cge.to.gov.br/legislacao/legislacao-aplicada-a-covid-19/.
As maiores expectativas em relação ao retorno efetivo do recesso de fim de ano discorrem acerca da publicidade, por parte do governo Wanderlei Barbosa, das suas prioridades para 2022.
Por Edson Rodrigues
Segundo fontes do Palácio Araguaia, o governador, que não parou de trabalhar nem no recesso, está focado, inicialmente, no auxílio às famílias impactadas pelas enchentes na Região Norte do Estado, participando pessoalmente dos trabalhos, que mobilizam o Corpo de Bombeiros Militar do Estado, a Polícia Militar, a secretaria do Trabalho e Ação Social, com auxílio das Forças Armadas.
O longo período de fortes chuvas destruiu estradas vicinais, danificou rodovias pavimentadas, isolou ou submergiu moradias em diversas cidades. Até agora, são mais de 1.900 famílias desalojadas e o número é crescente, com a previsão de mais chuva para os próximos dias. O Rio Tocantins está cerca de 13 metros acima do seu leito normal.
Governador, secretários e defesa civil em vitas permanmentes a locais de enchentes
O governo avalia, também, ações de auxílio aos pequenos produtores e pescadores ribeirinhos, que amargam prejuízos de 100% em suas produções e paralisação total da atividade pesqueira de subsistência.
A situação vem sendo acompanhada de perto e avaliada diariamente para a definição das ações mais emergenciais, com atenção especial para o aumento dos casos de Dengue, Gripe e doenças associadas à sujeira levada pela água, como a leptospirose. Os hospitais da região vem recebendo reforços de medicamentos, servidores e equipamentos.
APLICAÇÃO INTELIGENTE DE RECURSOS
O governo sabe que o ano de 2022 se iniciará com um Orçamento “virgem”, ou seja, sem aplicações de recursos definidas ou orientadas. Por isso, e pela escassez de verbas, terá que fazer uma aplicação inteligente desses recursos para que todas as áreas possam receber investimentos de forma equilibrada e eficiente.
Deputados estaduais em posse na ALETO
Já está acertada uma atuação constante em Brasília, em busca da liberação dos mais de 430 milhões de reais em empréstimos, já aprovados pela Assembleia Legislativa, que oxigenarão os cofres estaduais e se reverterão em obras em todas as regiões, com capacidade de fazer do Tocantins um maior canteiro de obras do Norte Brasileiro.
Governador Afastado Mauro Carlesse
Ao mesmo tempo, o governo sabe que todo cuidado é pouco para evitar que esses empréstimos não se transformem em mais uma “novela”, como ocorreu na gestão de Mauro Carlesse, que anunciou aos quatro cantos que o Tocantins receberia 600 milhões de reais em empréstimos e, até hoje, as ordens de serviço estão engavetadas pois faltou combinar com as instituições financeiras as condições para a liberação do dinheiro.
A intenção do governo de Wanderlei Barbosa é tratar apenas com o que se tem em mãos, ou seja, só falar em aplicar recursos quando estes já estejam liberados, destravando a máquina pública e colocando em pauta sua vontade de fazer o tocantinense voltar a acreditar no Tocantins, com um governo transparente, sempre em busca de sanar as necessidades da população.
PODER LEGISLATIVO TOCANTINENSE FAZ A SUA PARTE
Sede da Assembleia Legislativa
Wanderlei Barbosa tem encontrado na Assembleia Legislativa o apoio determinante para que suas pretensões de fazer o Tocantins voltar a sonhar, se tornem realidade. Os parlamentares da atual legislatura, que já vinham fazendo por merecer os votos que os elegeram para representantes de municípios e regiões do Estado, desde a gestão de Mauro Carlesse, quando cortou na própria carne para ajudar a reenquadrar o Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovando a extinção de secretarias, de órgãos e de cargos públicos, que resultaram na demissão de milhares de servidores contratados, temporários ou em comissão. Uma medida impopular, mas necessária, que vem dando os resultados esperados.
Essa mesma Assembleia Legislativa autorizou a contração de empréstimo, junto ao BRB, pelo então governador Mauro Carlesse, para possibilitar a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, obra esta que teve a sua continuidade determinada por Wanderlei Barbosa.
Pilares da nova Ponte em Porto Nacional
A apenas duas semanas da volta dos trabalhos Legislativos, os parlamentares já esperam receber uma mensagem do Executivo Estadual, na pessoa do governador Wanderlei Barbosa, apresentando as prioridades de sua gestão enquanto durar seu exercício, sendo que uma delas já foi realizada, que foi a justa retomada do pagamento das progressões do funcionalismo público, antes mesmo do Natal do ano passado, uma ação muito bem recebida por todos, e que foi estendida aos prestadores de serviços e fornecedores, que terminaram o ano com suas pendências zeradas com o governo do Estado, fato que não acontecia há mais de 20 anos no Tocantins.
DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA
A grande questão para o governo de Wanderlei Barbosa é que já não há mais a pujança de recursos dos anos anteriores à disposição da sua administração, mas as justas reivindicações de municípios e entidades classistas permanecem e, obviamente, não há caixa para atender a todos.
Alguns são totalmente fora de contexto, pedindo aumentos de salários para a casa dos 30 mil reais, enquanto que outras categorias solicitam apenas o cumprimento de seus PCCs, deixados de lado por governantes anteriores. O governo do Estado já entendeu que a distribuição desses recursos deve ser igualitária, mas seguindo uma ordem justa e na proporção adequada, de forma igualitária, para fazer cumprir direitos represados.
O governador em exercício, a assembléia legislativa e os líderes de todos os segmentos do funcionalismo público devem buscar um entendimento em que nem o Estado desrespeite a Lei de Responsabilidade Fiscal nem os servidores deixem de receber seus direitos, mas de forma paulatina e estudada, para que ninguém tenha que sair prejudicado dessa negociação.
O certo é que “a bomba não pode estourar no colo” de Wanderlei Barbosa e ele acabar responsabilizado por injustiças cometidas por outros gestores ou se vendo obrigado a furar o teto de gastos, o que inviabilizaria sua gestão nos próximos meses e deixaria o próximo gestor, que assumirá em primeiro de janeiro de 2023, com um estado falido, sem condições de ser recuperado ou de fazer o investimentos necessários.
Esperamos que os senhores deputados estaduais lembrem que já cortaram da própria carne quando foi necessário e que não podem aprovar um “pacote bomba” no último ano legislativo. Sabemos que o presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade, portuense como Wanderlei Barbosa, não tomará nenhuma atitude temerária que coloque em risco a estabilidade financeira do estado ou que fira qualquer ponto da nossa Constituição Federal, mantendo o alto nível de sua gestão como presidente da Casa e sua folha de serviços prestados ao Tocantins cada vez mais digna do reconhecimento de todos.
Assim esperamos.
Neste domingo, 16, o jornal O Paralelo13 publicou uma matéria com o seguinte titulo:
"SUCESSÃO ESTADUAL: Prós x cartão vermelho à Ataídes e Jr. Geo”
https://www.oparalelo13.com.br/component/k2/sucessao-estadual-pros-x-cartao-vermelho-a-ataides-e-jr-geo . que deu o que falar. Aliados do ex-senador Ataídes Oliveira e sua assessoria, em conversa com O Paralelo13, fizeram as seguintes ponderações: "o senador Ataídes Oliveira chegou no Prós muito depois das eleições municipais e, além de ser ficha limpa, o ex-senador é um político que durante sua vida pública, no cargo de senador, sempre foi responsável com o bem público e ainda, no exercício de senador, trouxe ao povo tocantinense muitos recursos. Foi um senador que contribuiu com o Brasil, independendo de permanecer filiado ou não no Prós, estará disputando um mandato".
Já para os aliados do deputado Jr. Geo, o nobre deputado, que foi candidato a prefeito de Palmas, os votos e apoio recebidos pela família palmense, ao qual resultado foi o segundo mais bem votado, só foi possível porque o deputado e ex-candidato a prefeito de Palmas, possui conceito, e conceito é intransferível e raro na classe política de um Estado campeão em corrupção. Segundo seus correligionários, no mínimo, ele já tem reeleição garantida e não lhe faltará partido para registrar sua candidatura, mantendo na íntegra sua filosofia de não estar onde há corrupção e desonestidade com o bem público.
E por falar em bens públicos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira, 17, o valor exato do fundo partidário que irá irrigar as siglas partidárias nas eleições do dia 02 de outubro deste ano. R$ 5.700.000.000,00. Isso mesmo que você leu; cinco bilhões e setecentos milhões de reais serão rateados entre os 35 partidos políticos existentes no Brasil.
Veja quanto cada partido deverá receber:
MDB - R$ 234.232.915,58
PT - R$ 212.244.045,51
PSDB - R$ 185.868.511,77
PP - R$ 131.026.927,86
PSB - R$ 118.783.048,51
PR - R$ 113.165.144,99
PSD - R$ 112.013.278,78
DEM - R$ 89.108.890,77
PRB - R$ 66.983.248,93
PTB - R$ 62.260.585,97
PDT - R$ 61.475.696,42
SD - R$ 40.127.359,42
Podemos - R$ 36.112.917,34
PSC - R$ 35.913.889,78
PCdoB - R$ 30.544.605,53
PPS - R$ 29.203.202,71
PV - R$ 24.640.976,04
PSOL - R$ 21.430.444,90
Pros - R$ 21.259.914,64
PHS - R$ 18.064.589,71
Avante - R$ 12.438.144,67
Rede - R$ 10.662.556,58
Patriota - R$ 9.936.929,10
PSL - R$ 9.203.060,51
Repasse desses recursos levou em consideração a delicada situação que alguns municípios se encontram
Por Laiane Vilanova
Mais de R$ 114,2 milhões foram repassados pelo Governo do Tocantins aos 139 municípios tocantinenses nesta segunda-feira, 17. O montante corresponde a cota-parte do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor) e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
A maior parte do total liberado, ou seja, mais de R$ 55,3 milhões, são oriundos do Fundeb; R$ 50,3 milhões da Cota-Parte do ICMS; e R$ 8,5 milhões do IPVA.
O governador em exercício do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou que o governo priorizou o repasse desses recursos, levando em consideração a delicada situação que alguns municípios se encontram. “Houve um esforço conjunto do nosso Governo para que esses repasses fossem executados ainda no início de janeiro, isso porque, devido às condições impostas pela pandemia da covid-19 e os danos causados por conta das cheias dos rios, muitos municípios se encontram em situação delicada, precisando de recursos para socorrer sua população”, afirmou.
O Governador ressaltou ainda que houve um grande esforço, por parte de todos os servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), envolvidos no processo, para que os repasses fossem feitos da maneira mais rápida possível.
“A Secretaria da Fazenda está em fase de implantação da codificação de novas fontes de receitas, com isso, foram necessárias alterações nos sistemas orçamentários do Estado. Lembrando também que no ano passado, foram feitas alterações nos índices de participação dos municípios tendo em vista algumas inconsistências que foram identificadas em publicações anteriores. Foram feitas várias reuniões com os prefeitos e com os técnicos da Fazenda envolvidos no processo, para que chegássemos a um consenso que regularizou a situação e nos permitiu fazer os repasses com eficiência”, finalizou o governador Wanderlei Barbosa.
A republicação dos índices do IPM/ICMS foi publicada na forma do Decreto nº 6.383/2021, no Diário Oficial do Estado (DOE), edição do dia 6 de janeiro deste ano.
Considerados dois dos melhores ex-prefeitos da última gestão, no Tocantins, Ronaldo Dimas, de Araguaína (186.245 habitantes e 105.288 eleitores), e Laurez Moreira, de Gurupi (88.428 habitantes e 54.303 eleitores), segundo e terceiro maiores colégios eleitorais e economias do Estado, respectivamente, que terminaram suas administrações com excelentes índices de aprovação popular e, automaticamente, colocaram seus nomes na disputa pelo governo do Estado, chegando até a ensaiar uma “dobradinha” no fim do ano passado, começaram 2022 meio frios em relação às suas pretensões políticas.
Por Edson Rodrigues
Cada um deles passou oito anos à frente dos Executivos Municipais mais cobiçados depois da Capital, Palmas, e se destacaram por terem feitos verdadeiras transformações nos municípios, com investimentos em todas as áreas, da infraestrutura básica á Ação Social, passando pela Saúde, Educação e Habitação.
Mas, ao fim de seus governos, esqueceram que ninguém consegue vencer uma partida de futebol sem um bom time, sem uma comissão técnica competente e, principalmente, sem uma boa “torcida”.
E foi exatamente isso que os dois tiveram durante seus mandatos. Em Araguaína, Dimas contou, no seu primeiro mandato, com o importantíssimo apoio político de dois deputados federais, seus amigos, parceiros e irmãos, Lázaro Botelho e César Halum, que concentraram seus trabalhos na Câmara Federal em alocar recursos para a cidade que também os elegeu, abraçando a gestão de Dimas como se fosse parte dos seus mandatos como parlamentares.
Laurez Moreira , Ronaldo Domas, Eduardo Gomes e o prefeito Wagner Rodrigues
Foram Botelho e Halum que irrigaram os cofres da cidade com milhões e milhões de reais, via emendas impositivas, recursos federais e empréstimos para a construção de milhares de moradias populares, entre casas e apartamentos, pavimentação asfáltica e outras ações, que somaram mais de 380 milhões de reais.
Já no segundo mandato, Ronaldo Dimas praticamente “recebeu as chaves do governo federal”, com o apoio político do senador Eduardo Gomes. Nenhum outro município do Tocantins, nem mesmo a Capital, recebeu tantos recursos do governo Jair Bolsonaro, por intermédio de Eduardo Gomes, líder do governo na Câmara Federal, e de parte da bancada federal tocantinense.
O montante de recursos foi tamanho, que Dimas não conseguiu utilizá-los em quatro anos e quem está utilizando o que ficou no caixa da prefeitura é seu sucessor, Wagner Rodrigues.
Aí vem a pergunta: com tantas condições assim, por qual motivo a candidatura de Dimas ao governo do Estado não decola?
Mesmo tendo em mãos milhões e milhões de recursos do governo federal, Dimas está com sua prestação de contas em dia, não é investigado por nenhum ato, nunca foi condenado por outros, em suma, é ficha limpa.
Secretário Cesar Hallum
Os erros que levaram a candidatura de Dimas a não decolar foram estritamente políticos. Para investir na candidatura de seu filho, Tiago, à Câmara Federal, Dimas foi obrigado a compor com Irajá Abreu e “esquecer” Halum, também candidato ao Senado, e Lázaro Botelho, que concorria á reeleição na Câmara Federal. No fim, Dimas elegeu seu filho deputado federal e contribuiu para uma maior votação de Irajá Abreu para o senado em Araguaína, em detrimento do candidato da cidade, César Halum.
Essa demonstração de ingratidão política e pessoal, retirou toda a musculatura que sua campanha ao governo do Estado demonstrou, num primeiro momento, pois expôs que, quando o assunto é estar perto do poder, Dimas esquece que lhe ajudou a chegar até lá e, isso, no meio político, é conhecido como “trairagem”, traduzida para “cegueira política de iniciante” pelos principais analistas.
Ainda assim, no seu segundo mandato, Dimas conseguiu que um antigo amigo, eleito senador mais bem votado no Tocantins em 2018, Eduardo Gomes, lhe desse guarida em sua gestão. De todos os milhões de reais que Araguaína recebeu do governo de Jair Bolsonaro, 80% vieram por intermédio de ações diretas do senador Eduardo Gomes, já líder do governo na Câmara Federal.
Mas, Dimas, não se sabe por que cargas d’água, insistiu em permanecer em um partido nanico e inexpressivo, o Podemos, que anunciou como candidato á presidência da República o inimigo número um do governo de Bolsonaro, o mesmo que irrigou os cofres públicos de Araguaína em sua gestão, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, criando, ele mesmo, barreiras em relação ás ações do senador Eduardo Gomes em favor de Araguaína.
Resta saber se Dimas manterá sua teimosia política avassaladora e incompreensível, permanecendo no Podemos, se irá recepcionar Moro em visitas ao Tocantins e onde encontrará “retalhos” para compor a sua colcha, a ser cozida com uma linha política tão fina e tensa e puída, a ponto de arrebentar a qualquer momento?
Ex-deputado Lazaro Botelho
A seu favor, por enquanto, apenas as certidões de “nada consta”....
LAUREZ MOREIRA
Já Laurez Moreira foi o prefeito que mudou a cara de Gurupi, a Capital da Amizade, durante os oito anos dos seus dois mandatos, em que chegou gabaritado com uma ótima bagagem de conhecimento, depois de ser vereador, deputado estadual, deputado federal e prefeito por dois mandatos anteriores.
Essa sua vivência política no Legislativo e no Executivo, lhe permitiu iniciar logo com “a mão na massa”, atacando os pontos nevrálgicos da cidade, saneando as principais demandas, com o apoio de uma ótima equipe de auxiliares e de bons consultores com influência em Brasília.
Laurez soube garimpar muitos milhões de reais em diversos ministérios e transformou Gurupi em uma cidade pequena, com alma de metrópole, com um sistema educacional de ponta e com grande destaque nos investimentos em Educação e Saúde. Sua gestão trouxe a dignidade e o respeito que a Unirg precisava, transformando-a em uma universidade à altura do povo gurupiense.
Mas, assim como Ronaldo Dimas, cometeu erros políticos que acabaram por, praticamente, inviabilizar sua candidatura ao governo. Ao impor a candidatura do seu sucessor, seu próprio sobrinho, uma pessoa boa, íntegra e fiel, mas sem poder para agregar bons nomes ao seu redor, Laurez contrariou a vontade dos seus próprios companheiros de gestão, das pessoas que lhe proporcionaram realizar o grande governo que realizou. E está pagando caro pela escolha.
A derrota de Laurez na tentativa de eleger seu escolhido, segundo a Justiça alega ter provas suficientes para provar, teve abuso de poder econômico dos seus adversários, estando, inclusive, a vitoriosa Josi Nunes, seu vice e o próprio Mauro Carlesse, com seus mandatos cassados, sendo que Josi continua no cargo até que todos os recursos sejam julgados.
Com isso, Laurez mantém a sua pré-candidatura, mesmo sem conseguir fazê-la decolar, voltando a se movimentar, colocando o pé na estrada para tentar mudar o rumo da história que se horizonta, tecendo, ele mesmo, a sua própria colcha de retalhos, sabe-se lá com qual linha e com quais “retalhos” em vista.
DESENCONTROS
Tanto Laurez quanto Dimas protagonizaram desencontros importantes para chegarem esvaziados neste início de ano em suas pretensões pelo governo do Estado.
Dimas participou de um ajuntamento com os senadores Kátia e Irajá Abreu, com o empresário Edson do Tabocão, fazendo um giro pela Região Norte, dando claros sinais de uma união de forças políticas, na formação de uma chapa forte e competitiva.
Dimas só não contava que Mauro Carlesse fosse afastado do governo e, com isso, Kátia, Irajá e Tabocão iriam marchar, juntos, rumo ao Palácio Araguaia, para os braços do governador em exercício, Wanderlei Barbosa. Dimas ainda tentou reagir, promovendo um encontro com os principais líderes políticos da oposição, inclusive com Laurez Moreira, mas sua postura de “candidato consagrado” ou, como falaram alguns dos participantes, “arrogante” ou “professor de Deus”, acabou colocando tudo por água abaixo e o encontro acabou sendo um tiro em seu próprio pé.
Laurez Moreira, por sua vez, se afastou de Dimas – com quem nem queria estar junto, diga-se de passagem – reuniu-se em Gurupi com o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, e declarou a formação do grupo político que Dimas quis montar, sem a participação do próprio Dimas.
Laurez só não contava com a participação do PSB, de Amastha, na Federação Partidária junto com o PT, que, no Tocantins, já tem seu próprio candidato ao governo, na figura de Paulo Mourão, o que retornou Laurez à figura melancólica de “candidato de si próprio”.
SEMELHANÇAS NO DECLÍNIO
Ronaldo Dimas, senador Irajá Abreu e o empresário Edson Taboco
Logo, as pré-candidaturas de Ronaldo Dimas e de Laurez Moreira não terem decolado, queimando a largada, traz muitas semelhanças, como um péssimo trabalho de marketing, um distanciamento da mídia durante os seus mandatos de sucesso e, principalmente, a falta de poder de agregar em torno de si, lideranças políticas de peso, pelo mesmo tipo de atitude de ambos: acreditar muito no próprio taco e desmerecer a importância de companheiros leais. Isso lhes tirou musculatura de suas pretensões.
Essa primeira impressão das suas pré-candidaturas é impossível de ser revertida. O único caminho que resta aos dois é tentar compor, enquanto ainda são lideranças fortes em suas regiões, com as lideranças que ainda estiveram em dúvida e, cada um, tentar formar a sua colcha de retalhos pois permanecem sendo componentes importantíssimos de qualquer chapa majoritária.
Já provaram ser ótimos gestores, são fichas-limpas, íntegros e, só por isso, merecem reconhecimento e respeito do povo tocantinense. Só se equivocaram nas estratégias para chegar ao governo do Estado, mas podem postular cargos eletivos de relevância e recomeçar, do zero, a montar suas estratégias para, em outra eleição estadual, quem sabe, serem os protagonistas.
Disso, O Paralelo 13 tem absoluta certeza.
DIRETO DA FONTE
UNIÃO BRASIL LANÇA NOMES PARA VICE-PRESIDENTE
Mesmo sem saber qual candidato vai apoiar nas eleições presidenciais de outubro, o União Brasil já tem três nomes de vice para oferecer em qualquer chapa. A lista é composta por Luciano Bivar (PE), presidente do PSL; Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), ex-ministro da Saúde, e Mendonça Filho (DEM-PE), ex-titular da Educação. Em comum, porém, os três colecionam dificuldades em disputas eleitorais.
Fruto da fusão entre o DEM e o PSL, o União Brasil nasce com o maior fundo eleitoral para a campanha deste ano, na casa de R$ 1 bilhão. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve avalizar a criação do partido em fevereiro.
DATENA VAI CONCORRER AO SENADO
O apresentador de TV José Luiz Datena voltou a apresentar interesse pela vida política. Em seu programa, o apresentador, que é filiado ao PSD, afirmou que será candidato ao Senado Federal por São Paulo nas eleições de 2022. Esta é a quarta eleição consecutiva em vez que Datena se apresenta como potencial candidato.
A declaração ocorreu ao vivo após provocação do apresentador Fausto Silva, que esteve no Brasil Urgente para divulgar sua estreia na Band. Fausto afirmou que estava no programa para saber se Datena seria candidato. Em resposta, Datena disse: "Vou, vou. Ser candidato ao Senado. Eu não posso falar mais nada porque senão me ferram, mas isso [candidatura ao Senado] com certeza, isso eu cravei."
MORO DESAFIA LULA PARA DEBATE
Estreante numa campanha eleitoral, o pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sérgio Moro, se tornou alvo de desafios para debates cara a cara. E tem feito o mesmo com os rivais. O ex-juiz da Lava Jato foi provocado a debater a reforma do Judiciário pelos integrantes do grupo de advogados Prerrogativas e reagiu chamando para um confronto direto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "a qualquer hora, sobre mensalão e petrolão".
Moro fez o desafio ao petista em publicação nesta sexta-feira em suas mídias sociais.
O desentendimento entre Moro e o Prerrogativas, autodenominado grupo de advogados "progressistas" e "antilavajatistas", esquentou após o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, declarar que o plano do candidato do Podemos de fazer mudanças no Judiciário causa "espanto". Moro chamou o coletivo de "clube dos advogados pela impunidade" e de "advogados corruptos".
Após esse comentário de Moro, integrantes do grupo mantiveram o desafio por meio de novas publicações em rede social, e o ex-juiz recusou, devolvendo o convite para debater com Lula.
QUEIROGA CONVOCA PARA DOSE DE REFORÇO
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de um ato de vacinação e testagem para covid-19 na manhã de ontem (15), em João Pessoa. Queiroga, que é médico de formação, posou para fotógrafos vacinando uma moradora da região e exaltou a terceira dose da vacina no reforço à imunização.
“É necessário aplicar a dose de reforço para que o organismo esteja preparado para se defender no caso de variante. O governo tem feito essas ações de maneira reiterada”, ressaltou o ministro. Ele também defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) como responsável pela redução nos números de mortes em relação ao ano passado. “Nós tivemos uma quebra expressiva no número de óbitos, e isso se deve à força do Sistema Único de Saúde”.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 162 milhões de pessoas vacinadas com uma dose e 135 milhões de pessoas já vacinadas com as duas doses do imunizante, ou com a dose única, no caso da vacina Janssen. Já as doses adicionais e de reforço aplicadas até agora no país somam 16,7 milhões.