No Estado, territórios estão sido acompanhados pela Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot)
Por Elâine Jardim
Elementos naturais e arquitetônicos, práticas e ritos tradicionais de comunidades quilombolas poderão ser tombados como patrimônio histórico nacional, com a assinatura da Portaria de Tombamento dos Quilombos, assinada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta segunda-feira, 20, Dia da Consciência Negra.
De norte a sul do Tocantins, há 45 comunidades quilombolas que poderão ser beneficiadas com a medida do Governo Federal. Os territórios têm sido acompanhados pela Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), que se coloca à disposição no apoio pelo tombamento do território e também pelo seu reconhecimento como comunidade remanescente de quilombo.
Conforme o Iphan, a portaria garante uma forma de tombar, mais direta e objetiva, mas com proteção às comunidades, pois, segundo o órgão, não é necessária a análise de valoração de um bem que já está reconhecido como patrimônio desde a Constituição Federal. Cabendo ao órgão, verificar se os requisitos foram atendidos e fazer o reconhecimento.
Pela nova Portaria, será possível registrar como patrimônio cultural tanto os locais que contenham vestígios materiais de quilombos já extintos ou documentos que remetam à memória dessas comunidades, quanto os locais atualmente ocupados por comunidades quilombolas, que mantêm viva a herança de seus antepassados por meio de suas práticas atuais. O documento estipula que qualquer pessoa física ou jurídica tem o direito de requerer o registro desses documentos e locais, devendo encaminhar a solicitação à superintendência do Iphan no estado em que estão situados.
Para dar início ao processo declaratório, são necessárias informações como a certidão de autodefinição das comunidades, emitida pela Fundação Cultural Palmares, e, quando aplicável, o relatório de identificação e delimitação territorial emitido ou aprovado pelo Incra.
Tocantins
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12.881 pessoas são autodeclaradas quilombolas no Tocantins, sendo que os municípios com as maiores comunidades são: Arraias (1.572), Chapada da Natividade (1.304), Mateiros (1.190), Brejinho de Nazaré (1.022), Natividade (867), Muricilândia (907), Aragominas (829), Paranã (778), São Félix do Tocantins (682) e Santa Fé do Araguaia (671). Proporcionalmente, no município de Mateiros está reunida a maior comunidade do Estado, com 43% da população sendo autodeclarada quilombola.
Legenda: Secretaria Narubia Werreria, secretária executiva Cristiane Freitas e diretora de Proteção aos Quilombolas, Ana Mumbuca, estiveram em Brasília para assinatura da portaria - Crédito: Vinícius Santa Rosa/Governo do Tocantins
Diferentes fatores formam uma ‘tempestade perfeita’ contra a emissora que já reinou absoluta na TV aberta
Por Jeff Benício
No ar entre maio e novembro de 1982, ‘Elas por Elas’ teve média geral de 40,6 pontos na faixa das 19h da Globo. Não foi um grande sucesso na comparação com o resultado de tramas anteriores e posteriores, mas ficou longe de fazer feio.
Estreado com alta expectativa no final de setembro, o remake da novela virou a maior dor de cabeça que o canal carioca teve nos últimos anos. Está com média de apenas 16,5 pontos. A pior audiência já registrada às 6 da tarde desde 1972. Nem o elenco de estrelas empolga o público e as redes sociais.
A explicação óbvia é de que ‘Elas por Elas’ está no horário errado. Ágil e contemporânea, deveria ocupar o espaço destinado às comédias, às 7 da noite, como sua versão original. A maioria dos telespectadores sinaliza preferir tramas mais leves e românticas às 18h.
Mas o problema vai além disso. A Globo enfrenta uma concorrência cada vez maior: dos canais pagos, das plataformas de streaming (inclusive do Globoplay, que vira um adversário interno), do YouTube, do Instagram, do Kwai, do TikTok...
Muita gente simplesmente perdeu o hábito de ver TV. Especialmente nessa época de temperaturas mais altas, quando é melhor fazer uma atividade externa (como aproveitar o ar-condicionado dos shoppings) a ficar ‘cozinhando’ no sofá de casa.
‘Fuzuê’ também patina em sua faixa. De agosto até agora registrou média de 20 pontos, 3 a menos do que antecessora, a bem avaliada ‘Vai na Fé’. A novela das 19h passou por mudanças no roteiro que começam a surtir efeito. A recuperação precisa ser rápida para não prejudicar a audiência da atração seguinte, o ‘Jornal Nacional’.
Na aferição geral da Kantar Ibope, das 7h à meia-noite, a Globo se sai bem com duas reprises. ‘Mulheres de Areias’, de 1993, exibida agora às 14h45, e ‘Mulheres Apaixonadas’, de 2003, às 17h, entregam bons índices. Costumam ficar a poucos décimos ou até empatam com ‘Elas por Elas’.
Os dois folhetins antigos atraem mais público do que todos os programas anteriores separadamente, incluindo o ‘Mais Você’ de Ana Maria Braga, o ‘Encontro’ com Patrícia Poeta e o ‘Jornal Hoje’ comandado por César Tralli. Prova incontestável de que boas novelas envelhecem bem. Agradam aos saudosistas e também às novas gerações. O acervo virou a salvação da Globo.
Ipueiras é um município que se originou respeitando as fortes ligações de sua coletividade com as referências culturais da região, exemplo disso é o registro, ainda na primeira metade da década de 1980, de um mutirão em prol da construção de uma pequena capela de pau a pique, onde eram feitas as preces e celebrações cristãs.
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Essa fé indestrutível de um rico passado, cresceu na mesma velocidade que se agigantaram as esperanças desse povo, que nos dias 1 2 de novembro de 2023, ao lado de autoridades constituídas, lideranças políticas e classistas, e muita gente simples do lugar, celebram seus costumes e tradições, como suas riquezas de valores imensuráveis.
Os Festejos das Santas Almas Benditas de Ipueiras é uma tradição que atravessa o tempo, que sobrevive como um elo entre as gerações. O mais admirado e respeitado líder dessa comunidade, Israel Siqueira de Abreu, disse a nossa reportagem que tem mais de 50 anos que ele faz parte ativa dessas festividades, sempre envolvendo toda a sociedade local. "A cada ano a emoção é ainda maior, carregando o nosso peito de um sentimento comunitário e de religiosidade. Sempre com mais festeiros e muita dedicação em nome da fé, da união e da celebração da vida", revelou, acrescentando ainda que ele próprio já o foi "rei"da festa. "Alem da minha pessoa, quase todos da minha família foram "festeiros", os responsáveis por essa celebração das nossas tradições. Hoje a rainha é a minha filha Lívia, que muito bem está representando a sua geração, engrandecendo essa confraternização junto com a nossa comunidade", pontuou Israel.
Durval Sacramento e Lívia Siqueira
Nesse Festejo das Santas Almas Benditas de Ipueiras, a rainha é a empresária Lívia Angélica Siqueira de Abreu Ribeiro Querido, e o rei Durval Sacramento, que reuniram nesse prestigiado "reinado" centenas integrantes da coletividade local e expressivas autoridades municipais, estaduais e federais.
Sr. Israel Siqueira e convidados
Seguindo o roteiro do Festejo, na tarde do dia 1° de novembro, a rainha Lívia Siqueira o rei Durval Sacramento, foram os anfitriões de um concorrido jantar, seguido da Missa de Todos os Santos e posteriormente a inauguração do Memorial Siqueira Campo.
Esse início da festividade, que foi marcado pela homenagem referencial ao maior líder político do Tocantins, contou com as prestigiadas presenças ex-primeira-dama do Estado, Marilúcia Uchoa, viúva do ex-governador Siqueira Campos, do conselheiro do TCE Wagner Prachedes, do ex- senador Vicentinho Alves, e do seu filho, Neto Ares, assessor governamental, dentre outras autoridades.
Deputado federal Vicente Junior e Neto Aires
Para Neto Aires, essa efervescência cultural, em constante resgate pela coletividade de Ipueiras, tem um valor imensurável, pois cria cidadania. "Tenho orgulho em ser parte dessa grandiosa expressão de fé e de tradição dessa nossa gente humilde e gigante em suas manifestações. Faz bem para nossa alma e nos inunda de emoção.
Na manhã do dia 2, Dia de Finados, a rainha Lívia Siqueira abriu as portas da casa de sua família para ali receber centenas de pessoas, de Ipueiras e de outras localidades, para um farto café da manhã e a reunião do Grupo de Congos, no preparo para a saída dançante pelas ruas da cidade até o cemitério local.
O Grupo de Congos de Ipueiras, retrata uma manifestação típica da cultura popular que expressa a mistura cultural ocorrida no Brasil desde o Período Colonial, unindo o batuque do povo negro e do índio à religiosidade católica trazida pelos Portugueses. Seu Melquides de Souza e Silva, o guia desses "dançantes", criado em 1946, composto por 12 mulheres e 12 homens, nos revelou que tem 41 anos que ele participa dessa manifestação cultural. "Nossa comunidade celebra a vida e não a morte. É por isso que, nesse dia 2, Dia de Fins dos, nós nos dirigimos para o cemitério e ali dançamos em nome da alegria, reverenciando os nossos mortos que vivem a ressurreição em Deus", revelou.
Homenagem e Siqueira Campos
Após a café da manhã todos seguiram a rainha é o rei, sob o batuque dos Congos até o cemitério da cidade. Ali, sob o comando dos monsenhores Jenes Pedreira, Juraci Cavalcante e do pároco Dorivam Ribeiro, na presença de dezenas de pessoas, dentre elas os deputados federais Vicentinho Júnior e Ricardo Aires e do assessor governamental Neto Aires, foi concelebrada uma Santa Missa, marcada pela emoção pelo tema central da celebração, que garantia: "Não estamos aqui celebrando a morte. A nossa presença neste lugar é para festejar a alegria da ressurreição!"
Nos seus agradecimentos finais, após a Santa Missa, a rainha Lívia Siqueira disse da sua emoção e responsabilidade em contribuir para continuidade de uma tradição tão importante e significativa para todos ali envolvidos, com tamanha fé. "Agradeço de coração a todos, indistintamente, por vivenciar essa cultura, esse costume de valor inestimável para todos nós!"
Após essas manifestações no cemitério da cidade todos retornaram para a casa da família da rainha onde foi servido um grande almoço seguido de um animado show musical.
Inauguração do Memorial Siqueira Campos
Porto Nacional é uma cidade diferenciada, um passo à frente de tantas outras. Demarcada pelas águas do rio Tocantins e por incontáveis ruelas, becos e casario centenário, esparramado entre largos e pracinhas acanhadas, abriga uma gente que sabe contar as histórias de vida de outras figuras humanas abençoadas. É por isso que essa gente portuense é certamente comprometida com a esperança de que, o ontem continua a forjar o hoje, que prepara um amanhã com as memorias vivas dos nossos antepassados.
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Essa Porto Nacional que, neste instante, se agarra a desesperança cultural, é a mesma que acolheu os Frades Dominicanos que aqui chegaram em 1886, carregando em seus alforges alguns escritos bíblicos e uma fé imorredoura, cravada na alma ainda no início do sacerdócio nas dependências geladas do Castelo Medieval de São Maxmin, no Norte da França, ainda no Século XII.
Foram eles, os religiosos franceses, que construíram em Porto Nacional várias escolas e nelas implantaram grades curriculares privilegiando as ciências que já eram aplicadas no Continente Europeu e assim, na trajetória da linha do tempo, floresceu uma cidade aculturada e politizada, que durante todo o Século XX e nessa primeira metade do Século XXI, se consolidou como a Capital da Cultura do então norte de Goiás e agora, Capital Cultural do Estado do Tocantins.
Esse título começa a ficar desbotado, sem sentido, ganhando insignificantes referencias em casarões em ruinas. Há por aqui, em muitas mesas de bares, nos palcos da vida, nos teatros da saudade, incontáveis poetas e escritores em profusão, multiplicando histórias e versos em livros não impressos; existem aqui cantores e compositores segredando suas canções e partituras em gavetas do desânimo, além de muitos cantadores e violeiros apagando a lua e as estrelas com o som do silêncio.
O exposto acima é o resultado do tratamento que a atual administração de Porto Nacional está dando à centenária cultura portuense. Estão desrespeitando as leis e jogando à margem da história conquistas de uma coletividade que respira suas tradições e seus costumes pelos corredores sentimentais da alma e do coração. Desde a década de 1970, que essa gente culta vivenciava a vida em efervescentes movimentos artísticos durantes a Semana da Cultura, e mais recentemente a Flip – Feira Literária Portuense.
A atual gestão retirou esses acontecimentos da sua grade administrativa, negando ao povo portuense o que lhe é mais caro, o que alimenta a alma da esmagadora maioria dessa secular coletividade, que sempre encontrou na Semana da Cultura e na Flip momentos de reafirmação enquanto uma sociedade que tem seus pilares e princípios de vida fincados num passado rico em humanismo e cidadania
A atual administração de Porto Nacional continua apostando na realização de eventos festivos e comemorativos, e não prestigia o titular da pasta. O tratamento dado a ele nos parece ser de um fantoche pois por ser a autoridade responsável diretamente por esse setor, se posta como uma figura sem autonomia, o que o coloca com total descompromisso com a área cultural, pois tiram dele uma ampla visão do que significa verdadeiramente a centenária história dessa terra de Felix Camoa. A vesga visão dos que administram o município não alcança a grandiosidade do que é fazer e promover cultura para o seu povo.
Nesses últimos anos, tentando ludibriar os agentes culturais e as pessoas mais atentas, criou-se, lá pela bandas da prefeitura, um calendários que mudava constantemente. Entrevistas, mensagens e matérias jornalísticas, destacavam e destacam as autoridades municipais sempre indicando datas de quando seria realizadas, tanto a Semana da Cultura, quanto a Flip. Fizeram da mentira e do engodo os grilhões para prender no túmulo da irresponsabilidade administrativa uma cultura que atravessou os séculos.
Acreditamos no passado como uma catapulta que joga luz no presente para iluminar futuro, e os costumes e as tradições são as pessoas. É por isso que, sabemos também, com toda certeza que, a nossa cultura sobreviverá, mas eles, abraçados às suas insignificâncias, serão brevemente acolhidos pelo lixo da história.
Quem viver, verá!!!
Governo do Tocantins está presente na 50ª edição da ABAV Expo com um dos maiores estandes do evento
Por Jaciara França
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou nesta quarta-feira, 27, no Rio de Janeiro/RJ, da abertura oficial da ABAV Expo 2023, maior feira de turismo do Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Agentes de Viagens (ABAV). Na ocasião, o Governador visitou os estandes e fortaleceu as relações do Estado com as empresas do setor.
"Trazendo um dos maiores e mais belos estandes para o evento, demonstramos as grandes oportunidades do setor turístico no Tocantins. Essa atividade está chegando às áreas onde outras atividades econômicas têm mais dificuldade de chegar e, por meio do turismo, a realidade de muitos municípios e famílias tem sido transformada”, afirmou o governador Wanderlei Barbosa, durante sua visita ao estande do Tocantins.
O evento ocorre até a sexta-feira, 29, e cerca de 45 mil pessoas devem prestigiar a exposição este ano.
Estande
O Governo do Tocantins está presente na ABAV Expo com um dos maiores estandes do evento, o que evidencia os atrativos turísticos do Estado. O visitante poderá conhecer os principais destinos que são trabalhados no planejamento estratégico da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), que são: Jalapão, Serras Gerais, Cantão, Ilha do Bananal e Palmas.
Na divulgação, são evidenciadas as atrações culturais que mais representam o Estado e, hoje, se tornaram elementos essenciais nestes destinos. Entre os destaques, estão o grupo Tambores do Tocantins, as Cavalhadas, a culinária (chambaril, biscoito Amor Perfeito, doces de frutas do Cerrado, paçoca de carne seca, dentre outros) e o artesanato em capim-dourado, palha de buriti e os de origem indígena.
Governador Wanderlei Barbosa, a primeira-dama Karynne Sotero e o secretário de Estado do Turismo, Hercy Filho visitaram o estande do Tocantins
O secretário de Estado do Turismo, Hercy Filho, destacou que a participação do governador Wanderlei Barbosa é essencial para alcançar os resultados esperados. “A ABAV é referência para o setor turístico da América Latina. A presença expressiva do Tocantins com um estande de destaque e a participação do governador Wanderlei Barbosa demonstram que o desenvolvimento do setor é uma prioridade para o Estado. Nessa vitrine internacional que é a ABAV Expo, a Secretaria de Estado do Turismo está muito feliz em promover o Estado aos agentes de viagem, que são os grandes promotores do turismo”, ressaltou o secretário.
Governo do Tocantins apoia participação do empresariado
Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a ABAV Tocantins, o Governo do Tocantins contribuiu com a participação de, aproximadamente, 250 empresários do setor turístico do Estado no evento.
O presidente da ABAV Tocantins, Rodolfo Ferreira, destaca que a iniciativa do Estado é essencial para o alcance dos resultados das empresas. ”O estande do Tocantins, retratando com tanta relevância o potencial do Estado, incentiva a participação do trade turístico. Essa presença fortalece o setor e contribui para alcançar os resultados esperados”, afirmou.