Presidente do Brasil utilizou as redes sociais para se posicionar sobre o caso, comemorando o desfecho da operação policial e parabenizando os policiais envolvidos

 

POR FÁBIO ZANINI

 

“CPF cancelado”, a expressão divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro numa foto tirada em abril durante visita a Manaus (AM), tomou conta das redes sociais de direita tão logo foi divulgada a morte de Lázaro Barbosa, o “serial killer do DF”.

 

A reação imediata reavivou o discurso sobre combate à criminalidade entre os bolsonaristas, que estava um pouco em baixa em meio à enormidade das mortes da pandemia.

 

E serviu ainda para dar nova energia a uma direita que não perdeu a oportunidade de ir para cima dos defensores dos direitos humanos, sempre identificados mais com o campo progressista.

 

O próprio presidente comemorou o desfecho da ação, parabenizando a polícia goiana e dizendo que Lázaro é “menos um para amedrontar as famílias de bem”. Como era mais do que esperado, não fez nenhum reparo sobre a ação que resultou na morte.

 

“Canceladíssimo”, escreveu Bernardo Kuster, editor do jornal Brasil Sem Medo, ligado ao filósofo Olavo de Carvalho.

 

A mesma expressão foi usada por Paulo Lisboa, um dos mais atuantes youtubers que apoiam Bolsonaro.

 

“CPF cancelado” é uma gíria usada pela polícia quando mata um suspeito. Também costuma ser frequentemente empregada por milicianos, o que só fez aumentarem as críticas a Bolsonaro por tê-la usado, após participar do programa do apresentador Sikêra Júnior, da Rede TV!, um de seus maiores apoiadores.

 

Os filhos do presidente engrossaram o coro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) aproveitou o caso para tentar dar impulso a mudanças na legislação que endureçam as punições a criminosos. Entre as principais, estão alterações nas audiências de custódia, vistas pela direita meramente como oportunidades para “soltar bandidos”.

 

Seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse que “a imprensa e outros setores ja transformaram o cara num anjo. Acho que já vi esse filme antes!”.

 

Outros influenciadores conservadores seguiram o sinal dado por Carlos e passaram a ironizar uma suposta tentativa da esquerda de minimizar os crimes cometidos por Lázaro.

 

“Agora só restou a canonização, beatificação e santificação…”, disse um. “Na Fátima Bernardes, programa sobre a infância difícil desse oprimido da sociedade”, emendou outra.

 

Os elogios à ação policial tiveram o condão de unir o campo destro, inclusive a parcela que hoje faz oposição a Bolsonaro. Foi o caso do MBL (Movimento Brasil Livre), apesar de ter usado linguagem mais sóbria e sem o triunfalismo dos bolsonaristas.

 

Um dos expoentes do grupo, o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), também defendeu que a morte de Lázaro seja uma oportunidade para mudanças na lei.

 

Nos últimos anos, a queda no número de homicídios diminuiu um pouco o impacto eleitoral do tema da segurança pública. Na eleição do ano que vem, isso deverá ser ainda mais diluído pela Covid e pela situação econômica, a dobradinha que certamente dominará a campanha.

 

Mas o caso Lázaro mostra que o tema ainda tem potencial para animar e até unificar a direita, e que seguirá sendo uma arma eleitoral importante contra candidatos de esquerda e centro.

 

 

Posted On Segunda, 28 Junho 2021 15:32 Escrito por

O Ministério da Saúde pode economizar até R$ 150 bilhões nos próximos cinco anos com o avanço da vacinação contra a covid-19. A previsão é da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS), vinculada à pasta

 

Por Jorge Roberto Wrigt

 

O valor considera o cenário mais positivo em relação à imunização da população com as vacinas da Astrazeneca/Fiocruz e da Pfizer/Biontech. A economia é estimada em relação a um cenário que considera os gastos do SUS com internações hospitalares e exames laboratoriais e de imagens em pacientes com a doença..

 

“A avaliação econômica demonstrou-se favorável à vacinação, com ambas as vacinas. A AstraZeneca/Fiocruz teve menor custo e maior eficácia em relação à não vacinação e a vacina da Pfizer/Biontech resultou em 100% das simulações com valor abaixo de um limiar conservador e foi considerada custo-efetiva”, diz o relatório.

 

Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o relatório mostra a análise técnica que a pasta faz para o emprego de vacinas com registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Esses dados mostram que o nosso trabalho é feito com base em critérios técnicos e científicos na aquisição e incorporação de vacinas covid-19”, afirmou.

 

A recomendação da comissão foi favorável à incorporação das vacinas da Pfizer/Biontech e da Astrazeneca/Fiocruz para a prevenção da Covid-19, infecção respiratória aguda grave causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), no SUS.

 

Posted On Segunda, 28 Junho 2021 07:11 Escrito por

Por Congresso Em Foco

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) será entrevistado ao vivo, nesta segunda-feira (28), às 12h, em live do Congresso em Foco. Ele e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, mergulharam o governo em nova crise ao confirmar à CPI da Covid, na sexta-feira, que denunciaram ao presidente Jair Bolsonaro irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. E mais: o deputado revelou que Bolsonaro atribuiu ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), a responsabilidade pelo esquema de corrupção. Barros nega ter qualquer relação com o episódio. Bolsonaro, segundo Miranda, afirmou que determinaria a investigação do caso. Mas não o fez.

 

Luis Miranda será entrevistado pelo fundador do Congresso em Foco, Sylvio Costa, e pela editora Júlia Schiaffarino. Você poderá assistir à entrevista pelo link abaixo ou pelo nosso canal no Youtube.

 

Posted On Segunda, 28 Junho 2021 07:08 Escrito por

Presidente partiu de Chapecó e foi até Xanxerê, no oeste do Estado; por meio de transmissões em redes sociais, foi possível ver aglomeração

 

Com TV Cultura

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa de um passeio de moto com apoiadores na manhã deste sábado (26) na cidade de Chapecó, interior de Santa Catarina. Mais uma vez, ele não estava usando máscara, cumprimentou as pessoas e gerou aglomeração.

A chamada “motociata” começou por volta das 9h no Distrito Industrial Flávio Baldissera. Ele percorreu as principais vias da cidade. Após isso, os participantes foram para Xanxerê, cidade na mesma região, e participaram da inauguração de uma agência da Caixa Econômica Federal. Depois o grupo retornou a Chapecó e chegou ao local perto do meio-dia.

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), acompanhou a motociata na garupa da moto do presidente. Ele também não usava máscara. Em Santa Catarina, o item é obrigatório e passível de multa no valor de R$ 500 para quem não a usar em espaços fechados.

 

Ataques a CPI da Covid

 

Após o passeio de moto, Bolsonaro fez um discurso para os apoiadores e fez críticas à CPI da Covid: "Não adianta provocarem, inventarem, quererem nos caluniar, nos atacar 24 horas por dia porque não conseguirão. Só uma coisa me tira de Brasília: é o nosso Deus. Não vão ganhar no tapetão ou inventando narrativas”.

 

Ele também fez criticas aos senadores de oposição que fazem parte da comissão e os chamou de “sete pilantras”.

 

“Temos uma CPI de 7 pilantras que não querem investigar quem recebeu dinheiro, apenas quem mandou o dinheiro. Lamentavelmente, o Supremo [Tribunal Federal, o STF] decidiu pela CPI e decidiu também que governadores estão desobrigados de comparecer à mesma. Querem apurar o que? No tapetão, não vão levar", afirmou.

 

Os ataques a CPI acontecem após os depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda.

 

O deputado confessou que o presidente Jair Bolsonaro mencionou o nome do deputado Ricardo Barros (PP), líder do governo na câmara, depois que ouviu o alerta de que haveria irregularidades no processo de importação da Covaxin.

 

Covid-19 em Chapecó

Desde o início da pandemia, a cidade registrou pouco mais de 35 mil casos de Covid-19 e 649 óbitos. Neste momento, Chapecó está entre uma das 15 regiões de saúde em Santa Catarina que estão em situação grave devido o coronavírus.

 

Posted On Domingo, 27 Junho 2021 07:01 Escrito por

Segundo Randolfe Rodrigues, elementos de que crime foi cometido pelo chefe do Executivo estão 'dados'. Decisão da cúpula da CPI deve ser submetida ao plenário da comissão

Por Amanda Pupo 5 horas atrás

 

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comissão parlamentar de inquérito vai avaliar a possibilidade de comunicar a ocorrência de suposto crime cometido pelo presidente Jair Bolsonaro, no caso da compra da vacina Covaxin, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

"A direção dessa CPI analisará a possibilidade de comunicar ao STF a ocorrência desse crime para as devidas observâncias do que está disposto no art. 86 da Constituição da República", disse Randolfe, após citar que existem "todos os elementos" para indicar um "crime de prevaricação" por parte de Bolsonaro.

 

Randolfe fez as afirmações após o depoimento de 7 horas e meia dos irmãos Miranda à CPI da Covid. Depois de muita insistência dos parlamentares, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o presidente teria citado o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), ao ouvir denúncias de irregularidades na compra da Covaxin durante encontro no dia 20 de março. Barros negou envolvimento no caso.

 

"Foram apresentados aqui todos os elementos de um crime cometido pelo presidente da República", disse Randolfe. "O senhor presidente, através de representante de seu governo, dias depois, tenta intimidar as testemunhas que vão depor nesta CPI. Mais grave que tudo isso, ao ser comunicado do feito criminoso, relata ter suspeita de quem estaria operando e providência não é tomada. Estão dados todos os elementos de crime de prevaricação", afirmou Randolfe. "Tudo isso era por dinheiro. O esquema todo tinha como alicerce um enorme e estruturado esquema de corrupção", completou.

 

O artigo 86 da Constituição, citado pelo senador, estabelece as regras para processo de investigação contra um presidente da República. De acordo com o texto, admitida a acusação contra o mandatário, por dois terços da Câmara dos Deputados, ele será submetido a julgamento perante o STF nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

 

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o dia foi "histórico", iniciando, "efetivamente", uma nova fase da comissão. "Essa negociação da Covaxin é completamente eivada de irregularidades e fraude. Com a vinda dos irmãos Miranda, possibilitamos esse grande dia. Hoje começamos, efetivamente, nova fase da CPI. Nós já avançamos bastante com relação às teses do plano de trabalho e entramos para valer nessa coisa de desvio de dinheiro público, no beneficiamento pessoal", argumentou Renan. "A gravidade é muito maior do que vocês estão imaginando", disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

 

Posted On Sábado, 26 Junho 2021 07:24 Escrito por
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