Tocantins completa 35 anos hoje, em 5 de outubro de 2023. Nessa travessia no tempo, a mais nova Unidade Federativa do Brasil, mesmo tropeçando, caindo e se levantando, vitimado pelo caminhar, às vezes trôpego, desenhado por alguns descompromissados com a ética na política e com o desrespeito para com a coisa pública, se consolidou como Estado. Um Estado que segue soberano numa trajetória traçada por sua gente, calejada de luta e esperançosa em um futuro que foi almejado por idealistas que, ao longo de séculos, bradaram forte em defesa do sonho libertário do povo do norte goiano, preso aos grilhões do abandono e da pobreza.
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Esse Tocantins que sonhamos e desejamos precisa ser redescoberto. É por isso que se faz necessário aflorar a indignação nas praças, nos palácios, nas catedrais, nas ruas e nas escolas, e nesses espaços bradar pela reedição dos compêndios, reescrevendo a história do Tocantins, que celebra nesta data três décadas e meia de sua criação. Por todo esse período prevaleceram os fatos oficiais, enquanto se negou cotidianamente um processo de luta que atravessou o tempo, manejado por centenas de homens e mulheres, que se abstiveram do acalanto e do aconchego familiar para fazer tremular a bandeira da liberdade, símbolo do idealismo da gente tocantina, armada de esperança e da vontade de conquistar a cidadania plena.
Somos hoje um Estado em franco desenvolvimento, originado da parte pobre e abandonada pela elite e pelos governantes de Goiás. Nessa caminhada obstaculosa, a união de forças que resultou na efetivação dessa realidade não pode ser personificada. Ela é a convergência dos anseios de muitos canoeiros, obreiros, religiosos, estudantes, profissionais liberais, entidades não governamentais, instituições filantrópicas e o povo, esse povo que se lançou na sua mais ousada manifestação de autonomia, uma luta que atravessou os séculos.
A luta pela criação do Tocantins foi desestimulada inúmeras vezes pelos ocupantes dos palácios em Brasília e desmerecida em forma de resistência por alguns mandatários poderosos de Goiás. Esses fatos fortaleceram ainda mais a jornada de um povo ávido por exercer seus direitos, praticar sua cultura, seus costumes e suas tradições. Os verdadeiros líderes desse processo libertário não se vergaram nem se moldaram aos interesses de alguns poucos, defensores aguerridos de interesses primordialmente patrimonialistas.
Não celebraríamos o Tocantins de hoje sem as batalhas de ontem, oportunidade em que ideias e argumentações fluíam em longos debates nas trincheiras intelectualizadas da ATI - Associação Tocantinense de Imprensa. Foi dali que o brado convicto de liberdade ganhou o território nacional, através dos escritos e impressos de João Matos Quinard, Fabricio Cesar Freire e Oswaldo Ayres, que na companhia de outros tantos, jovens ainda, fortaleciam os alicerces democráticos da CONORTE, como José Carlos Leitão,Goianyr Barbosa, TotoCavalcante, Jales Marinho, Célio Costa, Aldo Azevedo, Fernando Storni, Santos Ninha, Edimar Gomes, Zéza Maia, entre muitos outros. Nessa caminhada histórica, embalavam o berço para acalantar a espera secular de um Estado em gestação.
Da mesma forma, centenas de estudantes da parte abandonada de Goiás, asilados na capital goiana, agiam assim. Ali, distantes de suas famílias, com os corações despedaçados pela saudade e os espíritos de guerreiros dilacerados pela dor da revolta, buscavam um futuro promissor garantido pelas principais universidades do sul rico, negadas ao norte pobre. Entre o final da década de 1970 e a segunda metade da década de 1980, esse grupo se organizou através da AJUT – Associação da Juventude Tocantinense, entidade que deu voz a essa coletividade, liderada pelo então estudante de Engenharia Civil Otoniel Andrade.
Foi dessa união de forças estudantis, mobilizadas em plenárias realizadas na Assembleia Legislativa de Goiás, no Auditório do Centro Administrativo e na Casa do Estudante Universitário, que Goiânia conheceu a determinação da gente tocantina. Isso foi expressado em inúmeros manifestos, faixas e cartazes espalhados pelas principais ruas e avenidas da cidade, reivindicando diuturnamente, durante quase uma década, a criação do Estado do Tocantins.
No entanto, a luta dessa parcela significativa de jovens, hoje homens e mulheres que se tornaram renomados profissionais a serviço da mais nova Unidade Federativa do Brasil, foi e continua sendo desconhecida pela história oficial, que insiste em marginalizar aqueles que se dedicaram completamente e verdadeiramente a essa conquista. O Jornal O Paralelo 13, que nasceu naquele período como fruto dessa efervescência libertária, não se calou no passado histórico, não vai se calar no presente e nem no futuro que almejamos.
Do mesmo modo, qual é o sentido lógico de manter ocultas, à margem da história, as personalidades que deram a mais expressiva contribuição para a criação e a consolidação do Estado do Tocantins? A quem interessa os fatos relatados por aqueles que detêm o poder? Certamente não a nós, do Jornal O Paralelo 13. Temos a convicção de que o Tocantins perderia muito, diante de seu povo como sociedade organizada, sem a coragem do Juiz Feliciano Braga Machado, que na Comarca de Porto Nacional, entre os anos de 1956 e 1961, assinava suas sentenças com a rebelde frase: “Comarca de Porto Nacional – Estado do Tocantins”, desafiando o Tribunal de Justiça de Goiás em nome de uma causa que lhe custou a carreira de magistrado.
É certo que essas histórias paralelas, que glorificam alguns poucos e diminuem social e culturalmente aqueles que tentam liderar pelos bastidores, são prejudiciais. Não sabemos se por desinformação ou por interesses exclusos, mas muitos historiadores, professores e até mesmo jornalistas relutam em mencionar que foi o então senador Benedito Ferreira, em 1985, quem elaborou um Projeto de Lei versando sobre a criação do Tocantins, que foi aprovado pelo Congresso Nacional e em seguida vetado pelo presidente José Sarney.
O fato mais simbólico disso tudo é que esse mesmo Projeto de Lei foi resgatado pela Assembleia Nacional Constituinte, com a liderança do então deputado federal José Wilson Siqueira Campos, e juntado às Emendas Populares, articuladas por entidades de grande representatividade junto ao povo tocantinense, como a CONORTE, a Associação dos Municípios do Extremo Norte, a Associação dos Município do Vale do Araguaia, e o Comitê Pró-Criação do Tocantins, que por serem compostas por lideranças que pensavam e agiam em defesa dos princípios éticos e desenvolvimentistas como base de sustentação do novo Estado, foram também marginalizadas no processo de implantação do Tocantins.
O Tocantins, que hoje celebra 35 anos de sua criação, mesmo tendo enfrentado desafios e sido manchado por alguns poucos governantes corruptos, nos enche de orgulho e aquece nossos corações, pois sabemos que a jornada foi marcada por dificuldades. Destacando os momentos em que esses representantes desonraram nossa bandeira, um símbolo que tremulou com orgulho quando o estado foi criado.
Não nos abalam os afastamentos, processos e prisões de governadores, a aposentadoria compulsória de juízes e desembargadores, nem as investigações intermináveis envolvendo congressistas, deputados, prefeitos, vereadores e auxiliares governamentais. Continuamos firmes, mantendo nossa soberania e cidadania, preparados para continuar buscando o Tocantins que merecemos.
Nossa história é repleta de desafios superados e conquistas notáveis. O Tocantins nasceu em uma região que muitos consideravam problemática, mas hoje é um estado com vastas potencialidades. Com seus 277 mil quilômetros quadrados e uma natureza exuberante, produzimos riquezas em profusão. Nossa logística bem distribuída permite que nossa diversificada produção alcance os principais centros consumidores do país.
Milhões de toneladas de soja, milho, sorgo, arroz, abacaxi, minério, peixe, carne bovina, suína e de frango são exportadas através da Ferrovia Norte Sul e de mais de 7 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais. Essas mercadorias chegam aos Estados Unidos, Europa e Ásia, gerando riqueza, renda e empregos para nossa população, solidificando cada vez mais nossa cidadania.
Nossa balança comercial impressiona com números positivos, com um aumento de 67% nas exportações e 44% nas importações em apenas um ano. Nosso PIB mais que dobrou nos últimos 10 anos, saindo de 16 bilhões de reais para 46 bilhões de reais, um aumento de 166%. Possuímos o maior rebanho de gado de corte do Brasil, com 10 milhões e 800 mil cabeças. Além disso, milhões de hectares de terras agricultáveis produzem 6,5 milhões de toneladas de grãos por safra. A produção mineral cresceu 342%, faturando cerca de 84 milhões de reais, sendo que a industrialização do calcário ocupa o quarto lugar, e a do fosfato está em segundo lugar no país.
Mas não é só isso. Da terra que foi considerada mazela pela elite sulista de Goiás, nasceu um respeitado polo educacional. A realidade do passado, que obrigava crianças e adolescentes a deixarem suas casas e migrarem para o sul do país em busca de educação, mudou. Hoje, o Tocantins é um centro de ensino superior de qualidade, com universidades e campus em todas as regiões do estado. Isso possibilita que milhares de profissionais se formem anualmente e ocupem seus postos de trabalho em diversas áreas, impulsionando nosso estado em direção ao futuro.
Portanto, o Tocantins que celebramos hoje, com 35 anos de existência, é um testemunho de resiliência e determinação. Apesar das adversidades e dos momentos em que alguns de nossos representantes nos envergonharam, continuamos firmes em nossa busca por um Tocantins que verdadeiramente merecemos.
Obras estão avaliadas em R$ 150 milhões e devem ser concluídas no próximo ano
Por Jarbas Coutinho
Ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, e o vice-governador Laurez Moreira participaram, nesta segunda-feira, 25, em Gurupi, região sul do Estado, da solenidade de assinatura do início das obras de duplicação da BR-153, nos perímetros urbanos de Gurupi e Aliança do Tocantins. Ao todo, são quase 13 km de vias, beneficiando os dois municípios.
Em Gurupi, são 11,25 km de duplicação, com três retornos, passagens inferiores, uma passarela para pedestres e dois viadutos nas entradas norte e sul da cidade. Já em Aliança do Tocantins, será 1,6 km de duplicação, dois dispositivos de passagem superior e 1,6 km de vias marginais em cada um dos dois sentidos. As obras estão avaliadas em R$ 150 milhões e a expectativa é que sejam concluídas no próximo ano.
Ao todo, são quase 13 km de vias, beneficiando os municípios de Gurupi e Aliança do Tocantins
O governador Wanderlei Barbosa destacou a alegria em receber o ministro Renan Filho e as boas notícias para o Tocantins. "Essas duas intervenções já são um alento para a população, fico feliz com isso. Nesse primeiro momento são 13 km, mas nós queremos que essa duplicação chegue a Paraíso e outras cidades do Tocantins, porque a BR-153 tem um fluxo de veículos muito forte", explicou o Governador, afirmando que a visita foi bastante positiva, principalmente para a população de Gurupi e Aliança do Tocantins.
Na ocasião, o ministro Renan Filho agradeceu a recepção e destacou a parceria com o governador Wanderlei Barbosa para avançar em projetos rodoviários no Estado. "Quero agradecer ao governador Wanderlei Barbosa e ao vice-governador Laurez Moreira, bem como as bancadas federal e estadual, porque é assim, com essa união de forças, que a gente acredita que vai avançar o Tocantins e o Brasil", pontuou o ministro, afirmando que a duplicação vai iniciar imediatamente, para que seja entregue em 12 meses.
O vice-governador Laurez Moreira destacou que essa duplicação representa segurança para os usuários
O ministro ainda salientou que essas obras vão mudar o aspecto visual da cidade, proporcionar segurança e favorecer o escoamento da produção, além de gerar empregos. Ele também adiantou que, a partir de 2024, as ações de duplicação da rodovia serão intensificadas. "A partir do ano que vem, neste mesmo contrato, inicia-se o compromisso de duplicar 60 km da BR-153 a cada ano, para ligar as cidades do sul do Tocantins até o estado de Goiás", assegurou o ministro Renan Filho.
O vice-governador Laurez Moreira reforçou que essas frentes de obras nas cidades de Gurupi e Aliança são muito importantes, em vários aspectos. "Isso significa desenvolvimento para a região, segurança para os usuários, para a população, além de favorecer o escoamento da produção", pontuou.
Segurança
Cerimônia de assinatura ocorreu nesta segunda-feira, 25, em Gurupi, região sul do Tocantins
A duplicação é uma das obras mais aguardadas pela comunidade local e representa segurança para pedestres e ciclistas que precisam atravessar a cidade, e enfrentam o trânsito pesado de caminhões no perímetro urbano da rodovia.
O diretor-presidente de Concessões Rodoviárias Federais da Ecorodovias, Rui Klein, destacou que o ato de assinatura foi um momento especial para o Tocantins e para a Ecorodovias. Ele explicou que a empresa conta com 11 concessões rodoviárias no Brasil e atua em quase 5 mil km, em oito estados e agora chega ao Tocantins. "Essa jornada acabou de começar aqui no Estado. Vamos fazer muitas obras e promover muito desenvolvimento para o Tocantins. Isso aqui é só o começo", concluiu.
A prefeita de Gurupi, Josi Nunes, afirmou que a duplicação é uma obra muito esperada. "O pontapé de início dessas obras representa um sonho concretizado pela população e pelos empresários. Vai melhorar muito o tráfego", comentou.
Cronograma
Ao todo, o contrato de concessão prevê 622 km de duplicações, 57% com previsão de conclusão até o 10º ano. Serão investidos R$ 7,8 bilhões em obras, além de outros R$ 6,2 bilhões relativos a custos operacionais, conforme estimativas do Governo Federal.
Somente no Tocantins, está prevista a duplicação de 173,98 km. Em Goiás, até o final do 4º ano de concessão, serão cerca de 53,44 km de duplicações, contemplando Uruaçu (16,4 km), Campinorte (7 km), Rialma (28,6 km) e Rianápolis (1,4 km). E, até o final do contrato, serão 448,54 km de rodovias duplicadas no estado.
A grande comemoração que está sendo organizada pelo governo do Tocantins, por iniciativa do próprio governador Wanderlei Barbosa, pelos 35 anos de criação do Tocantins, por meio da Assembleia Constituinte de 1988, terá como grande diferencial as homenagens aos personagens que fizeram parte da luta separatista, sem deixar de fora aqueles que, por algum motivo, acabaram não tendo seus nomes registrados nos livros de história e, apesar de terem desenvolvido papéis de importância crucial, não se tornaram protagonistas.
Por Edson Rodrigues
Uma comissão formada por auxiliares do governo do Estado, voluntários e convidados, presidida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes, reunindo nomes que compuseram a Conorte, a Cenog o Comitê de Criação do Estado do Tocantins ou que ombrearam com as lideranças da luta separatista, em Brasília, em Goiás e, principalmente, no Norte Goiano ou “Norte do Paralelo 13”, fazendo das fileiras fortes o suficiente para conseguirem a vitória final, que foi a criação do nosso Estado.
Desde essa época o Jornal O Paralelo 13 já circulava com sua edição impressa, ainda em formato tabloide, nas principais cidades do Norte Goiano, em Brasília e em Goiás, defendendo a criação do Tocantins e levando os manifestos e notícias importantes para o movimento separatista, alertando e conscientizando para a necessidade da criação do nosso Estado.
NOMES IMPORTANTES
Mas serão também reverenciados os nomes que encabeçaram essa luta, ressaltando a determinação do nordestino José Wilson Siqueira Campos, que foi o interlocutor do povo sofrido do Norte Goiano, o então chamado de “corredor da Pobreza”, mas que abrigava guerreiros e guerreiras capazes de modificar a geografia do Brasil de forma democrática e aguerrida, que convenceu os deputados constituintes a aprovar a emenda apresentada por Siqueira Campos, mas confeccionada pelas milhares de mão calejadas dos tocantinenses genuínos.
Nomes como o dos deputados estaduais Totó Cavalcante, Hagaús Araújo, Brito Miranda, do deputado federal José dos Santos Freire, dos senadores João Rocha, Benedito Boa Sorte serão novamente unidos aos de centenas de anônimos que formaram a base para que a vitória fossa conquistada.
Assim será a comemoração dos 35 anos do Estado do Tocantins, que trará, também histórias reveladoras, que não fazem parte dos livros, como a protagonizada pelo então presidente da República, José Sarney.
A NEGATIVA E A ORIENTAÇÃO
Poucas pessoas sabem, mas o ex-presidente José Sarney também foi importantíssimo para que o Tocantins se tornasse uma realidade.
Consultado pelo então deputado federal Siqueira Campos e pelas lideranças políticas da luta separatista, Sarney foi enfático e surpreendente ao afirmar que iria vetar o projeto de criação do Estado do Tocantins, mesmo após aprovado pelo Senado Federal.
Em seguida, Sarney aproveitou a presença dos políticos que lutavam pela criação do Tocantins e os informou que iria convocar uma Assembleia Constituinte e que a criação do Tocantins poderia ser conseguida por meio da apresentação e uma Emenda à nova Constituição que iria ser promulgada.
A orientação e José Sarney foi o que permitiu que a criação do Tocantins viesse acompanhada de todas as garantias constitucionais, inclusive e fundamentalmente, assegurando o repasse de recursos federais para a instalação e a construção das primeiras sedes institucionais do novo Estado, por parte do Orçamento do Governo Federal.
Duas semanas depois Sarney Convocou a Assembleia Constituinte e o único Estado a ser criado por ela foi o Tocantins, via emenda constitucional.
Essa é a história de um não que se transformou num grande sim, e num estado em que, esperamos, dias melhores venham para consolidar a luta dos separatistas e o desempenho do seu primeiro governo genuinamente tocantinense, resgatando o orgulho e o sentimento de pertencimento de todos os cidadãos do Estado do Tocantins!
As 7.612,9 milhões de toneladas colhidas na última safra também colocam o Tocantins como o segundo maior produtor de grãos em comparação aos estados da região Nordeste
Por Kaio Costa
Com programas de incentivo do Governo do Tocantins, o Estado se torna o maior produtor de grãos entre as unidades federativas da região Norte do Brasil, conforme o 12° Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último dia 6 de setembro. As 7.612,9 milhões de toneladas colhidas na última safra também colocam o Tocantins como segundo maior produtor de grãos em comparação aos estados da região Nordeste.
“Esses dados divulgados pelo Governo Federal são de grande importância para o nosso Estado, uma vez que utilizamos esse balanço para conseguir recursos destinados à construção e à recuperação da nossa malha viária”, avalia o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa. Para ele, o crescimento do agronegócio no Estado reflete diretamente em melhorias na infraestrutura e na logística de escoamento da produção.
“O Governo do Tocantins, por meio da Seagro [Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária], fomenta a distribuição de sementes e outros insumos agrícolas a fim de incentivar ainda mais a produção, para que continue crescendo no Estado”, pontua Wanderlei Barbosa.
Em comparação aos estados que mais produziram grãos na safra 2022/2023 na região Norte, conforme o levantamento da Conab, o Tocantins configura o primeiro lugar com 7.612,9 milhões de toneladas colhidas, uma diferença de quase 3 milhões de toneladas com o segundo lugar: estado do Pará, com 4.629,0 milhões de toneladas; o terceiro lugar fica com Rondônia, com produção de 3.757,6 milhões de toneladas.
Ao expandir a comparação para a região Nordeste, a Bahia toma a frente do ranking com 13.483,9 milhões de toneladas de grãos produzidos e colhidos, enquanto o Maranhão fica logo atrás do Tocantins, com 7.361,8 milhões de toneladas.
O técnico da Seagro, Thadeu Teixeira, que também é professor e engenheiro agrônomo, avalia o cenário destacando os grãos produzidos no Estado. “Há alguns anos, o Tocantins vem ganhando destaque no cenário nacional em relação à produção de grãos. Temos a soja como carro-chefe, seguido do milho e do arroz. Nos últimos anos, avançamos também na produção de gergelim e feijão-caupi. Grande parte dessa produção é exportada para outros países”, pontua Thadeu.
O Tocantins ainda possui bastante área para dispor ao agronegócio e, conforme projeções feitas pela própria Seagro, poderá ultrapassar, inclusive, o maior produtor do Nordeste, o estado da Bahia. “Se compararmos, por exemplo, a safra 2021/2022 com a atual, tivemos um incremento de 12% na área plantada e quase 20% na produção, o que demonstra o quanto estamos crescendo”, avalia Thadeu Teixeira, ao completar que “o Tocantins vem tendo um crescimento na área plantada com baixo impacto ambiental, como na utilização de pastagem que estão em baixa capacidade de produção, além de áreas que ainda podem ser abertas dentro da legalidade ambiental para promover o crescimento do agronegócio”, conclui.
Outro atrativo que o Tocantins carrega é o valor de suas terras: os preços baixos, em comparação a outros estados tradicionalmente produtores, atraem novas empresas e grupos que buscam investir no Estado. Esse movimento fortalece outras cadeias produtivas. “Além de trazer outras agroindústrias que fortalecem todas essas cadeias produtivas que envolvem o agronegócio, esse movimento gera emprego e renda para toda a população aqui do Estado”, finaliza Thadeu Teixeira.
O governador Wanderlei Barbosa está organizando uma grande comemoração para os 35 anos de criação do Estado do Tocantins. Um evento que será realizado em todos os lugares que tiveram participação na luta pela criação do nosso Estado, que tem em seu cerne uma aura de resgate da luta histórica e das pessoas que fizeram parte dela.
Por Edson Rodrigues
A intenção de Wanderlei Barbosa é dar nome aos personagens que juntos compuseram esta linda história que se chama Tocantins, para que sejam reverenciados, aplaudidos e lembrados com saudosismo.
Para isso está sendo arquitetada uma programação que contemple e reconheça cidadãos e cidadãs, atos e lugares que fizeram parte da luta separatista, desde a coleta de assinaturas até o ato final, protagonizado pelo então deputado federal constituinte, José Wilson Siqueira Campos que, municiado pelos verdadeiros guerreiros que encamparam a ideia de um Tocantins autônomo, pôde apresentar a emenda à Constituição de 1988, subscrita pelo também deputado federal José dos Santos Freire, mas que teve a contribuição fundamental do governador de Goiás, Henrique Santillo, do seu então líder na Assembleia Legislativa goiana, Deputado estadual José Edmar de Brito Miranda, que conseguiu aprovar o projeto por unanimidade naquela Casa de Leis, e que, depois, subiu para o Congresso Nacional com apoio total do saudosíssimo presidente da Casa, Ulysses Guimarães, um entusiasta da ideia.
CURRALEIROS
Assinaturas de propositura para a criação do Estado do Tocantins
Ester resgate da história da luta pela criação do Tocantins é a cara do governo curraleiro de Wanderlei Barbosa, que quer fazer justiça aos tocantinenses genuínos, homens e mulheres, que acabaram esquecidos, mas que lutaram com a mesma bravura e desprendimento que os demais.
As solenidades terão lugar no Plenário da Câmara Federal, em Brasília, nas Assembleias Legislativas de Goiás e do Tocantins e em municípios que tiveram papel de destaque no desenrolar da história.
Deputado e presidente da Assembléia Nacional Constituinte Ulisses Guimarães (MDB-SP) recebe lideranças para unificar em um so projeto a criação do Tocantins, deputados federais Siqueira Campos e José Freire, deputados estaduais Brito Miranda e Toto Cavalcante, o Juiz Federal Darci Coelho e o promotor Adão Bonfim
Na última sexta-feira, Wanderlei Barbosa, juntamente com o seu filho, deputado estadual Leo Barbosa, almoçou, em Brasília com um dos baluartes da história separatista, José Carlos Leitão, que presidiu a Conorte, que foi convocado para se voluntariar na busca pelos diversos integrantes da entidade que encampou a nossa luta, para que sejam participantes ilustres das comemorações.
Outro baluarte a ser convocado para as homenagens será o ex-deputado federal Darci Coelho, que ombreou na luta da Conorte com José Carlos Leitão e muitos outros, desenvolvendo um papel de relevância para a libertação do então Norte Goiano.
O deputado Léo Barbosa o empresário e publicitário José Carlos Leitão e o governador Wanderlei Barbosa
A Família O Paralelo 13, que no último mês de abril completou 36 anos da circulação da sua primeira edição impressa, que, ainda em formato tabloide, circulou com a missão de divulgar os manifestos da campanha pela aprovação, na Assembleia Constituinte de 1988, da criação do Estado do Tocantins, foi testemunha presencial do importantíssimo papel do então ministro de Minas e Energia, Aureliano Chaves, presidente nacional do PFL, partido de maior bancada na Câmara Federal, que, municiado pelo líder do partido na Casa Alta, deputado federal goiano Wolney Siqueira, de quem éramos chefe de gabinete e tivemos o orgulho de trabalhar por 12 anos, orientou a bancada a votar em massa pela aprovação da emenda que criava o Tocantins.
Esta forma de resgatar a história do Tocantins contando a saga dos “curraleiros” e mostrando a luta separatista pela visão deles, é mais que a forma correta. É uma decisão tão acertada que servirá, também, para que o nome do próprio governador Wanderlei Barbosa, o primeiro tocantinense genuíno a governar o Tocantins, seja inscrito na história que está sendo contada e ainda está sendo construída: a história real e verídica de um Tocantins pulsante, vivo e que respeita o nome de todos aqueles que empunhara, de alguma forma, a sua bandeira separatista.
Parabéns a todos os que contribuíram para planejar tão justa e inédita forma de comemorar o aniversário do nosso Tocantins!