CRITICAR CONSTRUTIVAMENTE, SUGERIR E APONTAR FALHAS, SIM. CONDENAR ANTES DOS RESULTADOS, NÃO!

Posted On Segunda, 01 Fevereiro 2016 07:09
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Por Edson Rodrigues 

 

O “Novo Modelo de Gestão” colocado em prática pelo governador Marcelo Miranda, não é milagroso, muito menos tem “varinha de condão” para resolver os problemas.

Será um trabalho de longo prazo, que precisa, primeiro, estancar o sangramento econômico, assumir o controle dos gastos da máquina pública, melhorar a arrecadação, dialogar com os empresários, buscar investidores e, paralelamente, ajustar, substituir algumas peças da engrenagem da máquina pública para poder iniciar os resultados positivos que possibilitarão que as demais fases do planejamento sejam postas em prática.

 

Em outras palavras, tem que “cevar”, cuidar da vaca leiteira, para que todos possam se alimentar de seu leite de maneira igualitária.

 

O problema é que alguns "companheiros" abusam do uso do “leite da vaca” e ao compreenderem o alcance das medidas do Novo Modelo de Gestão, já começam a fazer críticas.

 

Podemos garantir que as críticas desses “companheiros” são baseadas em reflexos negativos que as ações implementadas pelo governo trazem para seus próprios interesses, em detrimento do bem comum, que é a finalidade do Novo Modelo de Gestão.

 

FISCALIZAÇÃO NÃO FALTA

 

A maioria dos veículos de comunicação já listou possíveis erros na forma, no manejo e no jeito do "Novo Modelo de Gestão”.

Tais críticas são muito bem colocadas, e muitíssimo bem vindas, inclusive, cumprindo o principal papel da imprensa que é o de ser “os olhos da sociedade”.

 

E a imprensa não está, claro, sozinha nessa função de fiscalizar e analisar tudo o que vem acontecendo de novo na administração do Tocantins.

 

Membros da oposição também estão vigilantes e expondo suas avaliações e críticas, fortalecendo o momento democrático que o Tocantins tenta imprimir. "Triste de um governo que não tem uma oposição forte competente e responsável", como disse o saudoso Golbery do Couto e Silva.

 

Pois, neste quesito, estamos bem servidos.  Tanto de imprensa quanto de opositores.

 

O que não deve acontecer é o “fogo amigo” com intenções oportunistas e escusas.

 

A SITUAÇÃO REAL

 

Agora, todos nós, em sã consciência, sabemos da crise econômica, política, institucional, e da grande recessão que passa o País.

 

O Tocantins tem que ser rediscutido pelas entidades classistas.

O que temos visto são, unicamente, discussões por data base, aumentos de salários, progressões, promoções entre outras cobranças oportunistas e que não cabem nesse momento de reestruturação.

 

Para se ter uma ideia, só no mês de janeiro o Estado deixou de receber de 50 milhões em repasses do FPE do governo federal. Por  sua vez, o ICMS e outros impostos caíram e cairão ainda mais.

 

Se não alimentarmos “a vaca” com boas rações, bom pasto, não tem como ela nos dar leite. Assim é o Estado. Se não houver receita, arrecadação, não tem como honrar compromissos. O atual governo corre atrás para reparar uma situação inédita, fruto da falta de planejamento de administrações anteriores: o Estado está com seu sistema de arrecadação falho, atrasado. Fechou os principais postos de arrecadação nas divisas com os estados fronteiriços, não há fiscais, pois os que existiam se tornaram auditores.  Um concurso público para fiscal de renda poderia ser a solução, mas haveria caixa para arcar com o aumento dos gastos com os novos contratados?

 

Os novos auxiliares que acabam de tomar posse no comando de várias pastas do governo de Marcelo Miranda, terão que tomar – e  já estão tomando – medidas duras, firmes, impopulares. Ou o fazem, ou não terão resultado positivo para por o estado nos trilhos do desenvolvimento.

 

O governador e seus novos auxiliares e demais membros não podem ser pré-julgados por ações corretivas, que servirão para recolocar a economia e a administração nos trilhos.  Logo, as críticas têm que ser muito bem avaliadas e, no mínimo, construtivas.

 

Temos, como cidadãos e como imprensa, que dar esse voto de confiança ao governo. Porém, também temos que estar vigilantes. É preciso acreditar e apoiar essa nova iniciativa do governo do Estado. Não podemos embarcar na canoa dos que apostam no “quanto pior, melhor”.

 

A imprensa nacional, através dos seus telejornais, os blogs, portais de noticiais, revistas de circulação nacional semanal, jornais impressos, enfim, estão mostrando o caos na saúde pública em todo País.

 

A situação das estradas, a violência, o custo de vida, da cesta básica, luz, água, mensalidades escolares, enchentes, secas... com tudo isso, Tocantins tem sim problemas, tem crise na saúde, e em outras áreas.  Mas, assim como esses problemas não apareceram de uma hora para outra, as soluções demandam tempo e confiança de que podem dar certo.

 

Por incrível que pareça, o Tocantins ainda é um dos estados que está em melhor situação num olhar geral para o Brasil. Logo, temos que apostar e dar crédito e tempo ao governador Marcelo e à sua equipe.

 

A nova gestão do Governo vai – e tem – que  dar certo para o bem de todos nós tocantinenses.