O colombiano falastrão colhe os frutos da sua falta de educação e bom senso. Sem passado político, pode ficar, também, sem futuro
Por Edson Rodrigues
Há uma música de uma banda inglesa que diz: “bem, vamos lá, querida, as estrelas estão brilhantes. Venha agora, querida, nossa sorte está boa esta noite. Pois nós somos os vencedores, insuperáveis no jogo insuperável dos perdedores. E aqui vamos nós, o rei e a rainha da América. Sim, é o rei do nada, com um monte de confusão, sobre um palco reluzente. Você sabe que nós nunca fizemos nada para termos orgulho de nós mesmos. Você sabe que nós nunca fizemos nada, então vamos falar alto!”
Ao que parece, o ex-prefeito de Palmas, o colombiano Carlos Amastha se inspirou nessa música para guiar sua atuação política no Tocantins, mas não esperava que ela tivesse um tom profético.
Sem o cargo de prefeito e com sua candidatura indeferida pelo Pleno do TRE-TO, na tarde da última terça-feira, Amastha, depois de “nunca ter feito nada com que se orgulhar, com um monte de confusão” e depois de falar alto, muito alto, e sem nenhuma educação, consideração ou respeito pelo povo e, principalmente, pelos políticos tocantinenses, tornou-se o “rei do nada, com um monte de confusão, sobre um palco reluzente”.
Ou seja, a decisão do TRE-TO pode ter selado de vez o futuro político do empresário colombiano que sonha em ser o governador do Tocantins, mesmo que, para isso, precise passar por cima de tudo e de todos, e ignorar a ética, a moral e a educação.
FAZENDO POR ONDE
Pode-se afirmar com tranqüilidade que Amastha passou toda a sua estada no Tocantins fazendo por onde colher os frutos que ora segura nas mãos.
Não satisfeito em ser eleito prefeito da nossa Capital, Palmas, prometendo ser o “novo”, reeleito prometendo BRT e hospitais que nunca saíram do papel, o colombiano resolveu atacara classe política tocantinense com adjetivos como vagabundos, incompetentes, corruptos, preguiçosos e outros não publicáveis, acusar um membro do Ministério Público de “fabricar” denúncias e provas contra a sua pessoa e sugerir, em público, que merecia um pedido de desculpas tanto da Polícia Federal quanto do próprio Ministério Público, não sossegou nem quando recebeu, ao contrário das desculpas, um indiciamento por corrupção por parte da PF.
A partir daí, voltou sua língua ferina e seus atos desvairados contra o governador Marcelo Miranda, tentando desmoralizá-lo em uma solenidade federal, só desistindo quando o ministro de Estado o avisou que, sem a presença de Marcelo não haveria solenidade.
Depois disso, ainda tentou desestabilizar o Tribunal de Contas do Estado, atacando sem misericórdia um de seus membros mais notáveis, tentando desviar a atenção do povo em relação à desaprovação de suas contas.
DIAGNÓSTICO FÁCIL
Depois de tanto fazer, o “rei da América”, apostando na sua empáfia e esperteza, renunciou ao cargo de prefeito para se candidatar a governador, tentando cooptar os políticos tocantinenses que havia chamado de “vagabundos” para ensinar-lhe como chegar até o eleitor do interior do Estado.
Pois bem, em meio a essa utopia colombiana, como previram os competentes jornalistas Cleber Toledo e Luiz Armando Costa, Amastha de vê apeado da prefeitura e impedido de concorrer à eleição suplementar. Como diz a música, um “rei de nada”.
Seu maior – de muitos – adversários é o tempo. Nem mesmo os recursos e as chicanas jurídicas garantem à Amastha que ele possa concorrer à eleição.
Sua candidatura sangra e a “revoada” de apoios e de correligionários rumo à outros inevitável.
O “prefeito boquirroto” pode passar em dois tempos de coisa do passado, sem chance de futuro.
Triste, não?
Quem quiser conferir a música citada no início desta matéria – muito boa, por sinal – é só clicar neste link e apertar o “play”: https://www.vagalume.com.br/eurythmics/the-king-queen-of-americatraducao.html