Agora é oficial: o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores bateu o martelo em Brasília e afirmou que a candidatura de Paulo Mourão ao governo do Estado é inegociável, e que está dentro das pretensões da legenda de ter, pelo menos, 10 candidaturas a governador em todo o Brasil.
Por Edson Rodrigues
O deputado federal Célio Moura, foi parte atuante na definição do PT pela candidatura de Paulo Mourão ao governo, além da decisão de que a senadora Kátia Abreu deixará de falar em nome das candidaturas de Lula e de Paulo Mourão.
Segundo um membro “cinco estrelas” do PT tocantinense, com laços de amizade com membros da comissão que coordena a candidatura de Lula no Estado, “a amizade entre Kátia Abreu e Dilma Rousseff é real, mas companheira Dilma foi avisada pelo próprio Lula de que não participaria do processo de campanha eleitoral e que ela não fará parte de um novo governo Lula”.
Célio e Paulo Mourão conversando com a população
A mesma fonte foi cristalina em outra afirmação: “O PT do Tocantins sempre foi respeitoso com as orientações da cúpula nacional do partido. E o que houve a respeito de Kátia Abreu foi uma recomendação. Ninguém é obrigado a trabalhar para ou votar nela. E o Diretório Estadual decidiu por não lançar nenhum candidato a senador ou senadora. Temos nosso candidato ao governo, Paulo Mourão, e nosso candidato a deputado federal, Célio Moura, que vão continuar silenciosos até as Convenções. Após as Convenções, será a hora da família do Partido dos Trabalhadores, ao lado dos seus candidatos, Paulo Mourão, Célio Moura e candidatos a deputado estadual e a presidente da República, levantar a voz e reafirmar que não votamos em quem quis e quer humilhar nossos líderes estabelecidos, companheiros de muitos anos de PT”.
REFORÇANDO O QUE FOI DITO
Mais um membro da cúpula estadual do PT nos ligou, na noite desta segunda-feira (14) e fez a seguinte afirmação: “pago um boi e 200 litros de chopp para quem mostrar uma declaração da senadora Kátia Abreu afirmando que votar em Lula. Outra coisa quer precisa ficar clara é que Kátia é amiga da presidenta Dilma Rousseff e não do companheiro Lula, futuro presidente do Brasil”.
E concluiu, afirmando que “já temos uma reunião com o presidente Lula para tratar do apoio à candidatura à reeleição de Kátia Abreu. Uma pesquisa está sendo feita e os resultados estarão, em breve, sobre a mesa do nosso futuro presidente. Temos realizado pesquisas quase que todos os meses para medir a rejeição ao nome Kátia Abreu no seu próprio Estado e, posso garantir, os números são monstruosos. E esse matéria é que vai dar suporte à escolha de Lula”.
Perguntamos se poderíamos ver uma cópia dessas pesquisas e a fonte foi enfática: “você está louco”!
Com certeza, esse é um recado direto e “na bucha”, com endereço certo: a senadora Kátia Abreu.
KÁTIA ABREU NÃO PODE SER DESPREZADA
Na verdade, justamente pelo seu jeito aguerrido e de alta competitividade ao agir e articular, a senadora Kátia Abreu tem sido alvo de alguns julgamentos negativos ao longo da sua história política.
Queiram ou não queiram, é inegável que Kátia está no páreo e jamais poderá ser subestimada. É muito cedo para fazer qualquer julgamento contra quem quer que seja. O jogo ainda não começou, as regras da sucessão precisam, ainda, ser estabelecidas pelo TSE, principalmente em relação à Federação Partidária.
Dia dois de abril é o prazo final para quem tiver a pretensão de disputar um cargo eletivo em outubro próximo, estar filiado a um partido, marcando, também, o fim da janela partidária, que permite a troca de partido sem a perda do cargo de deputado federal ou estadual.
As Convenções Partidárias, por sua vez, serão o “apito inicial” para o início do jogo. Baseado nisso, podemos afirmar com tranquilidade que ainda há muita coisa para acontecer na política tocantinense.
Realmente, quando falamos em “metamorfose ambulante” ao nos referirmos à política sucessória no Tocantins, acertamos na mosca.
Por hoje é só!