Eduardo Siqueira, nega vazamento de decisões após ser alvo de operação da PF: 'Sou fonte de muita gente'

Posted On Sexta, 30 Mai 2025 13:00
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Com Agências

 

 

 

O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi flagrado em áudios obtidos pela Polícia Federal vazando informações sigilosas sobre investigações que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e antecipando etapas de operações que atingiriam autoridades do Tocantins.

 

As gravações, divulgadas pelo Blog da Daniela Lima, fazem parte da 9ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta sexta-feira (30), e revelam diálogos comprometedores com suspeitos investigados, como o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), preso em fase anterior da operação.

 

Em um dos trechos mais impactantes, Eduardo afirma:

 

“Aqui vão dançar dois juízes e pelo menos três advogados”, revelando acesso privilegiado a informações sobre ações da PF e do STJ, antes mesmo que se tornassem públicas. Ele também sugere que teria pago por essas informações a uma fonte dentro do tribunal superior.

 

As conversas indicam que o prefeito sabia, com antecedência, do avanço da investigação envolvendo Thiago Barbosa:

 

“É que seu caso lá em Brasília tá um pouco pior do que a gente pensava... você figura como um polo da investigação, você está sendo investigado dentro daquele esquema, e isso já saiu oficialmente”, diz Eduardo ao advogado.

 

Em outro momento, ele antecipa a deflagração da operação:

 

“Não ia sair antes do recesso, viu? Só quando chegasse em agosto.”

 

Segundo a PF, os vazamentos comprometeram o andamento das investigações e configuram crime de obstrução da Justiça.

 

Durante coletiva em seu gabinete, em Palmas, o prefeito afirmou que sabe do que se trata a investigação, mas negou que tenha vazado informações sigilosas.

 

“Eu sou fonte de muita gente. Acho que vocês sabem o tanto que sei ou não sei, eu só sei o que dizem por aí. Eu não tenho nenhuma informação privilegiada. Estou aqui para responder em relação suposto vazamento de informação perante o STJ. Eu não tenho fonte no STJ, não é meu papel. Eu indiquei um advogado [para Thiago Barbosa], e esse advogado foi constituído e teve acesso aos autos", afirmou.

 

 
"Sei qual é a razão. Já antecipo que isso não envolve gestão de governos passados, mandato de senador, deputado, secretário, mandato de prefeito. Restringe-se a uma questão denominada, não é nem compra de sentença, não é o caso, mas de vazamento de informação. Eu até imagino quais são as razões", Disse. 

 

 

 

 

Última modificação em Sexta, 30 Mai 2025 13:06
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