Falar na sucessão municipal de 2024 em Palmas sem mencionar o seu passado e o seu futuro deixa o assunto incompleto e sem contextualização
Por Edson Rodrigues
Há pouco mais de 34 anos, um helicóptero que havia decolado da cidade de Miracema, capital provisória do então recém-criado Estado do Tocantins, sobrevoava o distrito de Canela, pertencente ao município de Taquaruçu, cujo prefeito era Fenelon Barbosa. A bordo da aeronave, o primeiro governador eleito do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos, seu filho, Eduardo Siqueira Campos, e auxiliares do governo. do helicóptero caíam sacos de cal, para demarcar, entre a serra do Lajeado e a margem direita do Rio Tocantins, o local onde seria construída a Capital do Estado do Tocantins, Palmas, que exigiu humildade e compreensão de Fenelon Barbosa, ao aceitar transformar a cidade de Taquaruçu em distrito da nova Capital.
Siqueira Campos
Percebam que há dois personagens “principais” na cena narrada. O então governador, Siqueira Campos e o então prefeito de Taquaruçu, Fenelon Barbosa. Logo, tratar da próxima sucessão municipal da Capital, em um momento em que as famílias dos dois principais personagens da história da criação da Capital do Tocantins estão em plena atividade política, tira, de forma irreparável, a legitimidade dos nomes que serão colocados pelos partidos e grupos políticos, para a escolha dos cidadãos palmenses para administrar a Capital nos quatro anos que se seguirem a 2024.
RECONHECIMENTO
Fenelon Barbosa
Primeiro, precisa ficar claro que as famílias Siqueira Campos e Barbosa foram cruciais para que Palmas fosse o que é hoje, uma Capital consolidada, empreendedora, progressista e que não para de crescer. São famílias que se dedicaram às famílias que escolheram Palmas como lar e trataram de proporcionar as condições para que isso acontecesse.
Na gestão de Fenelon Barbosa, assim que Taquaruçu passou a ser distrito de Palmas e a Câmara Municipal foi transferida, sabiamente orientado pela primeira-dama, saudosa Dona Maria Rosa e pelo seu secretário de Governo, Wagner Praxedes, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, contratou 70% da população de Taquaruçu como mão de obra para a construção da nova Capital, beneficiando as pessoas que confiaram nele como administrador de Taquaruçu e mostrando que a transformação da cidade em distrito seria benéfica para todos.
Enquanto isso, Dona Maria Rosa distribuía lotes e material de construção para as famílias de baixa-renda, para que se instalassem em Taquaralto, que, à época, tinha apenas 18 casas, um posto de gasolina, uma igreja e um cemitério.
Essa dedicação da família Barbosa vem desde que Taquaruçu era distrito de Porto Nacional e, uma vez encampado pela Capital, Palmas, o distrito que já tinha eleito então jovem estudante do Colégio Estadual Florêncio Aires e filho de Fenelon e Maria Rosa, Wanderlei Barbosa, vereador de Porto Nacional, agora distrito de Palmas tratou de elegê-lo, novamente, seu representante na Câmara Municipal.
Governador Wanderlei Barbosa e Fenelon, Leo Barbos e Marilon Barbosa
Esse jovem vereador se tornaria presidente da Câmara Municipal de Palmas, deputado estadual, vice-governador e, hoje, governa o Estado do Tocantins eleito com esmagadora maioria, pelo povo tocantinense.
Outro filho de Fenelon e Maria Rosa, Marilon Barbosa, também foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal, e o neto do primeiro prefeito de Palmas e da sua primeira-dama, Léo Barbosa, filho de Wanderlei Barbosa, é, hoje, deputado estadual.
Nenhum membro da família Barbosa enriqueceu às custas do erário público ou sequer teve seu nome envolvido em qualquer tipo de ato não republicano, o que enche de orgulho não só a própria família Barbosa, mas todos aqueles que votaram neles ao longo da história política da Capital.
EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
A história política de José Wilson Siqueira Campos e sua luta pela criação do Tocantins, todos já conhecem. Por isso vamos falar de seu filho, Eduardo Siqueira Campos, primeiro prefeito eleito da Capital, Palmas.
Jovem, bonito, carismático, humilde e sonhador como seu pai, Eduardo assumiu a prefeitura de uma cidade que ainda estava sendo criada, com a missão de dar continuidade à sua construção, e foi sensível o suficiente para perceber que precisaria de uma equipe de auxiliares capacitados para o desafio que iriam encarar. Seus dois principais auxiliares foram Carlos Braga, advogado, ex-prefeito de Mara Rosa e ex-presidente do Idago, para ser seu secretário de Governo, o ex-deputado estadual por Goiás e advogado, Adjair de Lima para secretário de Finanças, Sadi Cassol para secretário de Indústria e Comércio, Juarez Giovanetti para secretário da Educação e outros nomes capacitados para as demais pastas.
Equipe de secretários e colaboradores de Eduardo Siqueira Campos frente a prefeitura de Palmas
Com essa equipe, deu início à pavimentação dos bairros, implantação de rede de saneamento básico, obras grandiosas, como o Parque Cesamar, a Feira Coberta do Aureny II, mais de trezentas casas populares, o Espaço Cultural, o Ginásio Ayrton Senna, várias pontes urbanas e rurais, arborização frutífera no centro de nos bairros, e começou a dar à Palmas a “cara” de uma cidade, apoiando a fixação de famílias oriundas de outros estados, investindo em atrações turísticas como a Praia da Graciosa, acessos às cachoeiras de Taquaruçu, incentivando as festividades populares e religiosas, criando um sentimento de pertencimento à crescente população, sendo apoiado pelo governo do Estado, por nomes como Marco Antônio Costa, Gilson Cavalcante e Luiz Rogério Pompeu, o popular Cajazeira, dentre outros.
Eduardo e Siqueira Campos
Eduardo Siqueira Campos fez de Palmas um grande canteiro de obras, gerando empregos e criando uma classe de trabalhadores orgulhosa de estar construindo sua própria cidade, os populares “orelhas secas”, oriundos do Pará, do Maranhão, de Goiás, que encontraram em Palmas e em Eduardo Siqueira Campos, a conjunção perfeita para as oportunidades que precisavam, e começaram, na base da pá e da picareta a levantar o senho que hoje se transformou em uma das capitais mais bonitas do Brasil.
Eduardo e o entoa secretário Carlos Braga
Eduardo deixou seu governo com mais de 70% de aprovação popular, e a certeza de que, assim como a família Barbosa, a família Siqueira Campos merece o seu lugar na história da Capital do Tocantins, assim como todo o reconhecimento pela longa folha de serviços prestados aos palmenses.
E o Observatório Político de O Paralelo 13 é testemunha ocular disso!
São famílias que desde que assumiram mandatos pelas mãos do povo jamais enriqueceram, dilapidaram o patrimônio público, se envolveram em escândalos de corrupção e, o mais importante, jamais causaram qualquer mancha ao nome do Tocantins ou de Palmas.
Isso já é mais que o bastante para que essas duas famílias tenham lugar cativo na mesa de discussões acerca do futuro de Palmas, com o ex-prefeito e ex-senador, Eduardo Siqueira Campos tendo seu nome lembrado para ser candidato a prefeito ou coordenar uma frente formada por homens e mulheres de ação, visionários e capacitados a discutir a melhor forma de se promover o crescimento econômico e social de Palmas a partir de primeiro de janeiro de 2025.
OUTROS NOMES
Deputada Janad Valcari
Juntamente com essas famílias, há outros nomes que, ao longo da história política de Palmas, se capacitaram para serem lembrados na hora da definição dos nomes que serão colocados à disposição do povo para a escolha por meio do voto, seja como articuladores, coordenadores ou até mesmo candidatos, como os senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra, Dorinha Seabra, Janad Valcari, Jr. Geo, Valdemar Jr., Vanda Monteiro, dentre outros.
Janad Valcari, por exemplo, empresária, ex-vereadora, ex-presidente da Câmara Municipal de Palmas e atual deputada estadual já está na estrada construindo seu grupo político, junto a lideranças empresariais, religiosas, estudantis e agropecuárias, tendo, inclusive, alguns nomes já selecionados para serem candidatos a vereador em uma chapa encabeçada por ela, numa candidatura que pode se tornar muito forte, uma vez que já possui infraestrutura pessoal e, filiada ao PL, terá à sua disposição um polpudo fundo eleitoral e uma grande parcela do Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV,
Já o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amasth, que apregoou pelos quatro cantos de Palmas que a classe política estava “velha”, e coleciona várias derrotas depois que deixou a prefeitura para ser candidato a governador, precisa mudar seu jeito de fazer política para ser aceito à mesa de discussões, mostrando amadurecimento e se retratando com todos os que, de alguma forma ofendeu com sua língua ferina.
FUTURO GESTOR DE PALMAS
Enfim, com a possibilidade cada vez mais palpável de haver um segundo turno nas eleições municipais em Palmas, ninguém será eleito prefeito sem, antes, passar por debates, apresentar planos de governo realizáveis e razoáveis, mostrar que tem um bom grupo político e um discurso condizente com suas ações, elencando as prioridades e encantar os eleitores, uma vez que o número de candidatos será grande e será preciso se destacar dos demais logo nos primeiros dias de campanha.
Serão necessários pactos e uniões entre lideranças e grupos políticos feitos da forma mais inteligente e perspicaz possível, pois em eleição que tem segundo turno, ´quase suicídio sair batendo em todos os adversários, pois pode ser um deles que irá garantir a vitória ao fazer uma aliança com um dos dois competidores que irão para a rodada final.
Trocando em miúdos, o próximo governo de Palmas terá, obrigatoriamente que ser um governo de coalizão, com representatividade junto às classes política, empresarial, industrial, estudantil e religioso.
Para ser vencedor, no primeiro ou no segundo turno, o nome não decide, mas o contexto, sim, decide quem será o próximo prefeito de Palmas.
O tempo confirmará esta previsão.