“A saúde como a fortuna, deixa de favorecer os que abusam dela”
CHARLES DE SAINT-ÉVREMOND
Por Edson Rodrigues
80% dos municípios tocantinenses dependem, praticamente, 100% do FPM, Fundo de Participação dos Municípios, repassado pelo governo federal e que vem sofrendo sucessivas quedas ao longo dos últimos anos.
A partir de janeiro de 2021, a população das classes média e baixa começarão a sentir falta em suas economias do Auxílio Emergencial que vinha sendo pago, também, pelo governo federal. Desta forma, os prefeitos eleitos ou reeleitos desses municípios terão que iniciar suas gestões tomando medidas amargas para fazer o ajuste necessário na máquina administrativa, inclusive com demissões massivas, logo no início de 2021.
Nesta conta, os gestores que iniciam (ou reiniciam) seus mandatos terão que incluir o agravamento da pandemia de Covid-19, que ainda infectará muitos tocantinenses, provocará mais caos no serviço de Saúde Pública e deixará, ainda, muitas famílias dilaceradas com a perda de entes queridos.
A verdade é que, apesar dos esforços do governo, poucos ou não, boa parte da população não colaborou como devia, promovendo aglomerações, festas particulares e desrespeitando as orientações dos especialistas em Saúde. Gastou-se muito, mas o número de vidas salvas poderia ser bem maior, não fosse o descaso de parte da população para com a pandemia.
SEM RECURSOS
O presidente Jair Bolsonaro já avisou que a União não tem mais recursos para oxigenar estados e municípios como fez neste 2020 que se finda, muito menos para bancar o Auxílio Emergencial. Logo, o primeiro semestre de 2021 pode frustrar as expectativas de economistas e governantes de recuperação paulatina da economia nacional.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, promete para fevereiro o início da vacinação em massa da população. Cabe a nós, tocantinenses, fazermos a nossa parte para evitar contaminações e levar para casa esse vírus maldito que não poupa ninguém, do mais novo ao mais idoso, do mais pobre ao mais abastado.
Vale ressaltar que a “segunda onda” da Covid-19 está acontecendo por conta de um vírus que já sofreu mutações, o que torna cada vez mais difícil para os bravos profissionais da saúde brigar contra esse inimigo invisível e impiedoso.
O que o governo federal poderia ter ajudado, em termos de recursos e equipamentos, já foi feito. Estados e municípios terão que trabalhar com o que têm à disposição. A superlotação dos hospitais já se iniciou, logo, a responsabilidade de cada um de nós triplica para que possamos salvar as nossas vidas e dos nossos familiares e amigos.
Nós, de O paralelo 13, deixamos aqui o nosso apelo para que a população use máscaras ao sair às ruas, evite aglomerações, lave bem as mãos ao sair e ao chegar em casa, tire e lave imediatamente as roupas que usou para ir à rua e, principalmente, não realize festas de fim de ano com mais pessoas que o seu círculo familiar.
Não traga o vírus para dentro de sua casa.
Queremos comemorar com você, ainda, muitos natais e muitas passagens de ano, com saúde, alegria e, principalmente, com a sua presença.
Todo cuidado é pouco.
Feliz 2021!!!