Em Araguaína, Polícia Civil prende segundo suspeito de latrocínio que aponta localização da ossada da vítima

Posted On Segunda, 26 Junho 2023 06:51
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Local onde a ossada foi encontrada Local onde a ossada foi encontrada

Corpo foi descartado em terreno baldio, sendo totalmente carbonizado após moradores atearem fogo em entulhos sem perceber a presença do mesmo

 

Por Rogério de Oliveira

 

Na tarde desta sábado, 24, policiais civis da 3ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (3ª DEIC - Araguaína), com apoio de policiais do Plantão da 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, deram cumprimento a mandado de prisão em desfavor do segundo suspeito do crime de latrocínio que vitimou o mototaxista Francisco Fernandes da Silva, de 68 anos, desaparecido desde 15 de março deste ano. O homem preso tem 25 anos e, juntamente com uma mulher de 41 anos, são apontados como autores do latrocínio.

 

Homem suspeito de latrocínio é preso pela Polícia Civil em Araguaína 

 

O suspeito apontou a localização do corpo, o que possibilitou às equipes encontrar uma ossada humana em um terreno baldio, localizado no Setor Oeste, próximo a Avenida Filadélfia, em Araguaína. A ossada foi recolhida pela equipe do Instituto Médico Legal da cidade, que procederá aos exames de DNA, a fim de confirmar se os restos mortais são realmente da vítima.

 

Investigação complexa

 

O delegado Alexander Pereira da Costa explica que, tão logo o desaparecimento da vítima foi registrado, as equipes da 3ª DEIC deram início às investigações e descobriram que o caso era complexo, pois Francisco, que também era conhecido como Fernandinho, desapareceu sem deixar qualquer vestígio.

 

“Diante dos fatos, passamos a considerar a hipótese de que Francisco pudesse ter sido morto, uma vez que nem sua motocicleta, tão pouco seus pertences pessoais haviam sido localizados”, ressaltou a autoridade policial.

 

Com o aprofundamento das investigações, as equipes da unidade especializada chegaram a uma mulher, de 41 anos, que era cliente frequente da vítima e que teria sido uma das últimas pessoas a ter contato com Francisco.

 

Segundo revelaram as investigações, Francisco teria sido atraído para uma emboscada e ao chegar à casa da mulher, foi rendido e assassinado por asfixia. Logo após, seu corpo foi colocado em um lençol e descartado em um terreno baldio em meio a muito mato e lixo, local em que permaneceu até este sábado.

 

Prisões e localização do corpo

 

Com o avanço das investigações, no último dia 8 de junho, os policiais civis da 3ª DEIC conseguiram identificar e prender a mulher suspeita de participar do crime. Após a prisão, a Polícia Civil conseguiu identificar outro indivíduo, que foi preso neste sábado, 24, o que possibilitou aos policiais civis localizar o local exato onde os restos mortais de Francisco haviam sido ocultados.

 

Ocorre que, alguns dias atrás, no terreno apontado pelo investigado, populares colocaram fogo no mato seco e em entulhos, mas não perceberam que havia um corpo no local. Dessa forma, com o auxílio do suspeito, os policiais civis encontraram a ossada totalmente carbonizada, que foi recolhida ao IML para exames de identificação.

 

O homem preso foi conduzido à sede da 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína, e após a realização das providências legais cabíveis, recolhido à Unidade Penal Regional local, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.

 

Continuidade

 

As investigações terão continuidade a fim de que a 3ª DEIC possa delimitar exatamente as responsabilidades dos dois presos e as circunstâncias do delito. Para o delegado Alexander, as prisões dos dois principais suspeitos e o encontro da ossada significam um grande avanço nas investigações, uma vez que trata-se de um crime cruel e bárbaro que vitimou um idoso que utilizava sua motocicleta para ganhar a vida honestamente.

 

“As ações realizadas pela Polícia Civil neste sábado tem um grande significado, pois com as prisões dos dois principais suspeitos, poderemos encerrar o inquérito policial e desvendar exatamente o que ocorreu naquele dia 15 de março, data em que a vítima foi vista pela última vez, a fim de que possamos dar uma resposta satisfatória a toda a sociedade araguainense”, pontuou o delegado Alexander.