Jornalistas, músicos, compositores e artistas de diversas áreas de atuação se reuniram, na noite desta segunda-feira, 17, com o candidato a senador Eduardo Gomes e ouviram dele “um desabafo”, como ele mesmo classificou sua oratória: “precisamos construir uma proposta cultural real e viável para apresentar à Bancada federal, o mais rápido possível”, destacou
Da Redação
Gomes pediu ajuda aos agentes culturais que apontem soluções para impulsionar o setor e propôs o estabelecimento de compromissos para que estas metas sejam alcançadas. “O mais difícil, no meu entendimento, nós já temos; são as leis. Basta agora fazer gestão para que elas sejam cumpridas”, afirmou.
O candidato se propôs ser o elo entre o setor cultural e o Congresso Nacional, no que se refere ao fortalecimento de políticas públicas direcionadas, bem como na busca de recursos e cumprimento de leis específicas.
Os convidados da noite lembraram que as últimas decisões administrativas, voltadas ao setor cultural, enfraqueceram ainda mais o segmento e obtiveram do candidato o comprometimento de atuação conjunta para mudar o quadro que se apresenta.
Gomes ainda lembrou sua atuação voltada ao setor cultural, enquanto deputado federal e sua ligação com os setores da comunicação, desde sua juventude. Disse que pretende continuar defendendo o setor, sobretudo em memória de seu pai, José Gomes Sobrinho, que sempre foi um grande defensor da cultura tocantinense, da preservação da história e da memória de um povo, José Gomes Sobrinho também empresta seu nome ao único ‘espaço cultural’ da capital.
Fundo eleitoral e Lei eleitoral
Outro assunto abordado no encontro foi a respeito de consultas, junto ao TSE, sobre alteração da legislação eleitoral, com relação a internet e veículos de comunicação na internet que, segundo Eduardo Gomes “que já nasceu obsoleta e arcaica” deixando muito a desejar no que se refere a divulgação publicitária de campanhas eleitorais na internet, seja site de jornais ou blogs.
Gomes relatou que “o Tocantins possui recurso disponível, do fundo eleitoral, destinado à imprensa, para esta eleição, em torno de quatro a cinco milhões, mas que a justiça eleitoral só autoriza colocar um Banner do deputado ou do senador, de acordo com as regras da legislação eleitoral, da mesma forma que se coloca no jornal impresso. Dessa forma, segundo o candidato “o político tem que pagar pela propaganda num lugar que não circula e o eleitor está pagando para não ver, porque quem paga essa eleição, 100% dela, é o eleitor, através do fundo eleitoral de 1,7 milhões”.
O candidato acredita que essas alterações poderão ser feitas de forma que possa valer já para as eleições municipais.
Sem registro, sem história e sem leitura ...
Sobre a iniciativa do candidato, em se colocar a disposição do segmento cultural, em busca de melhorias para o setor, foi bastante elogiada.
A ex-secretária de estado da cultura do Tocantins, Meire Maria, lamentou a forma como a cultura estadual vem sendo tratada nos últimos anos. De acordo com ela, mesmo sendo detentor de 0,5% do valor arrecadado com ICMS do Estado, o setor cultural vem se definhando.
Segundo a ex-gestora “acabaram o Conselho Estadual de Cultura, acabaram com a Fundação Cultural, acabaram com as bibliotecas do Tocantins. Aliás, a primeira coisa que fizeram foi acabar com as bibliotecas do estado. O Tocantins, hoje, não possui uma única biblioteca . Sem registro, sem história e sem leitura, vai ter o que?”, questionou em tom de desabafo.
A atuação do ex-deputado federal Eduardo Gomes, tanto na área cultural, quanto junto aos veículos de comunicação do estado, já é conhecida de todos os comunicadores e artistas tocantinenses, sendo um grande aliado destes segmentos na busca por valorização setorial e profissional.