Primeiro estudo clínico do imunizante foi aplicado em 191 participantes
Por Mariana Rosário
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou, na manhã desta segunda-feira, 8, uma reunião com os representantes da empresa CanSino Biologicals Inc., responsável pelo desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.
Em nota, o orgão regulador afirmou que "a reunião contou com a participação da equipe técnica de medicamentos da Anvisa e dos representantes do laboratório no Brasil e na China".
Durante a reunião, foi apresentado o quadro de normas e requisitos técnicos para pedidos de registro ou de uso emergencial de vacinas no Brasil. Os técnicos esclareceram ainda que, para avaliar uma vacina, é necessário que a Anvisa tenha acesso a todos os dados brutos e disponíveis sobre o produto no momento da análise.
"A empresa manifestou interesse em trazer a vacina para o Brasil, mas a forma como isso ocorrerá é uma decisão ainda a ser definida pelo laboratório", diz o documento. A vacina da CanSino já é aprovada na China e tem uso emergencial liberado no México e no Paquistão.
Atualmente, as vacinas contra Covid no Brasil podem ser autorizadas por meio do registro definitivo ou do uso emergencial. Nos dois casos a avaliação pode ser feita com dados de estudos clínicos feitos no país ou com dados trazidos de estudo em outros países.
O quadro de autorizações é o seguinte: CoronaVac tem uso emergencial, assim como o imunizante de Oxford — que já deu entrada no pedido de registro definitivo. As duas já são aplicadas em todo o país. Já a Pfizer, que tem o registro completo, ainda não chegou ao braço dos brasileiros pois doses desse imunizante ainda não foram compradas.