Aquele mundo descrito pelo escritor americano Orson Welles no livro “1984”, em que previa que todos os cidadãos teriam suas vidas vigiadas pelo governo, na figura do “Grande Irmão” – ou Big Brother, em inglês – já começou há algum tempo, mas poucos perceberam
Por Edson Rodrigues
E os que perceberam o fizeram porque foram, justamente, flagrados pelo Big Brother cometendo atos ilícitos ou não republicanos. Estamos falando de todos os homens e mulheres que exercem um cargo ou função pública, que estão sendo vigiados “em tempo real” pela população, pelos representantes das instituições que zelam pelo cumprimento das leis e pelo patrimônio público.
Assim como há homens bons e honestos na vida pública, há aqueles que fazem de tudo para escondes seus malfeitos, como foi o caso dos dois diretores indicados para a administração da Assembleia Legislativa que esconderam de quem os indicou que tinham suas fichas sujas perante a Justiça, criando uma situação constrangedora para aqueles que agiram de boa fé.Ainda bem que temos as boas instituições que zelam pela população na identificação de quem agem de má-fé, como a Polícia Federal, a Justiça Federal, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a OAB, que incumbem suas equipes na atuação de observar e identificar os maus cidadãos.Não podemos deixar de fora dessas boas instituições a Imprensa que, ao tornar públicas certas ações, alertam as demais instituições sobre o que está acontecendo, criando a oportunidade para que possam agir e tirar de circulação aqueles que são ameaças ao bem público.
MOMENTO DE ATENÇÃO
O momento atual que vive a política brasileira, requer total atenção de todos os poderes constituídos para que haja uma investigação rápida e eficaz sobre a vida pregressa daqueles que vão ocupar cargos eletivos ou de indicação, seja nos municípios, estados ou na União, para que a limpeza ética proposta pelo ministro Sergio Moro caminha robusta e sem percalços.
Chega de desgaste dos poderes ante a opinião pública, causado por uns poucos que não respeitam as leis.
O fato ocorrido nas nomeações para cargos de direção na Assembleia Legislativa, de pessoas com fichas-corridas na Justiça, demonstra que a ação conjunta dos órgãos fiscalizadores e da Imprensa está funcionando como um relógio.
Falta, agora, uma lei que exija que qualquer cidadão, para tomar posse em cargos de relevância, apresentem certidões de bons antecedentes, evitando, assim, desgastes desnecessários como o ocorrido na AL.
A hora é de fechar o cerco contra as “ameixas podres” para que não contaminem toda a plantação, mostrando para as gerações futuras que estamos construindo o Brasil melhor e mais ético.
O Brasil não pode mais ser visto como um País onde impera a corrupção, quando temos, agora, um ministro da Justiça e Segurança Pública como Sérgio Moro. A aprovação de seus projetos precisa ser célere, para que a oportunidade de moralizar não seja perdida.
Só assim estados como o Tocantins, sairão das páginas policiais, com as inúmeras operações da Polícia Federal como destaque, passando a figurar nas páginas de economia de forma positiva, com seus cidadãos unidos no combate à corrupção e dando exemplos de inteligência na hora de escolher seus representantes.
E a receita é simples: ficha-suja não pode exercer cargo público.
Simples assim!