Por Antonio Coelho de Carvalho
Semana passada após vários debates, a decisão do (STF) Supremo Tribunal Federal de decretar a inconstitucionalidade do financiamento empresarial de partidos e de campanhas eleitorais abre caminho para que possamos "rever" umas das aberrações mais discrepantes do Brasil, que é o Fundo Partidário.
Essa deformação genética, que é o Fundo Partidário, onde o dinheiro, e muito dinheiro do contribuinte são entregue para partidos políticos que usam como bem entenderem, e que, muitos casos são usado contra nos, com a finalidade de enganar, mentir, trapacear, ludibriar o cidadão, o Imposto de renda, as prestações de contas e seus respectivos tribunais. Essa doação dos recursos publico para os partidos só existe no Brasil. Em nem um outro país do mundo, o Estado financia partidos políticos, que na sua maioria são cartórios para interesses de seus caciques manipuladores, em outros casos, por oportunistas e vigaristas.
A depuração do sistema eleitoral brasileiro é imperativo, a decisão do (STF) abre uma brecha nessa escuridão dos repasses e conseqüentemente de suas prestações de contas. Quem dentre os cidadãos que defende que o Estado tem que financiar campanhas partidárias, já vivemos uma democracia e o financiamento da forma como é feita hoje é inadmissível. Para se ter uma idéia a presidente Dilma sancionou aumento do fundo partidário para R$ 868 milhões, esse valor é mais do que o governo pretende economizar com sua Reforma que de reforma não tem nada, na verdade é um aumento da carga tributaria para que nos pagarmos essa conta.
Na verdade em verdade e na realidade nenhum partido deveria receber um real sequer de recursos públicos , pois recursos públicos devem ser aplicados no serviço público, na Educação, Saúde, Segurança Pública r na infraestrutura do pais. Os partidos devem ser sustentados financeiramente pelas pessoas que concordam com eles. E os candidatos venderiam irem para o corpo a corpo e pedir o voto do eleitor de casa em casa, olhando em seus olhos, ganhar o voto no convencimento e não usando o poder econômico.
O ultimo partido criado foi o Movo Partido ele o 33º que foi aprovado pelo TSE, o seu fundador e presidente viu na oportunidade de criação de fazer um viés liberal e defende intervenção mínima do Estado, mas não abre mão do fundo partidário, ele é engenheiro e administrador, João Amoêdo, de 52 anos, que já trabalhou no Citibank, BBA Creditanstalt, Finaustria e Unibanco. É um homem visionário. Não só a quantidade de partidos, mas a distribuição igualitária do tempo de TV entre os partidos que registrarem candidatos às eleições, de modo a garantir igualdade de condições para que todos possam expor ao povo o que pensam e suas propostas podem ajudar a mudar esse cenário.
O atual governo e o já podrificado sistema político brasileiro não mais comporta a falta de mecanismos de participação direta do povo nas decisões fundamentais do país. Seja por meio de plebiscito, referendo ou projeto de lei de iniciativa popular, só sabemos que esse parlamento não representa o pensamento e os anseios da sociedade. Como mudar essa forma restrita de democracia indireta ou representativa é o desafio. Assim como a presidente Dilma acredita no Senado para se safar, a sociedade ainda vê no Senado uma pequena luz, nessa quase já derrotada Reforma Política.
Não há fidelidade partidária. A filosofia político partidária é que não se tem mais ideáis, na realidade se defende somente os interesse próprios da corporação e de empresas, isso com vista para a próxima eleição. A sociedade exige reformas estruturantes que garantam eficiência e moralidade do serviço público. Tanto hoje como nas recentes manifestações o clamor do povo com maturidade política aliada a consciência coletiva sobre a necessidade de rompimento com o modelo político atual e gritante e urgente.
Como já disse o ministro do Supremo, Gilmar Gomes e também Procuradores da Republica que a Lava Jato nada mais é do que uma continuidade do mensalão, que começou com a venda do horário de televisão do PTB para o PT, por Roberto Jefferson, por 20 milhões de reais e deu no que deu. Agora vemos um embate entre o executivo da presidente Dilma com a Câmara Federal sob o comando de Eduardo Cunha, a base do governo já não existe, ela é incapaz de continuar unida e fiel porque a velha política com os mesmos métodos políticos continuam, espero que não e necessitamos de uma renovação profunda, como demonstram Espanha e Grécia. Ou podemos fazer melhor, como se fez a Itália com a Operação Mãos Limpas, e reescrever uma nova historia, ou será que eu estou falando grego.