HERNANY JÚNIOR: CAMPANHA CORRETA, EQUIPE PROFISSIONAL E MUITAS PROPOSTAS

Posted On Quarta, 18 Setembro 2024 16:14
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Aos 46 anos de idade, o jovem empresário palmense Hernany Júnior, surpreendeu sua família ao anunciar que seria candidato a vereador nestas eleições. A surpresa não foi a intenção de se candidatar, mas a forma irreversível como deu a notícia à família

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Seu pai, o empresário Ernane Soares, pioneiro em Palmas, proprietário da tradicional Casa São Paulo e muito ativo politicamente, tendo assumidos secretarias de estado e a superintendência do Sebrae Tocantins, já havia convencido o filho a não se candidatar em eleições passadas, mas, desta vez, viu que o posicionamento e o preparo de Hernany Júnior eram condizentes com o momento vivido pela Capital.

 

E não foram só a formação em Direito e a pós-graduação em Administração Pública que pesaram na decisão. Hernany Júnior já vinha, há tempos, comentando com a família e amigos seu descontentamento com as falhas nas gestões e a forma errada com que se vinha tratando a população palmense, criando uma espécie de divisão, priorizando o centro e deixando a periferia e a zona rural em segundo plano.

 

FAZER MELHOR

 

Claro que os amigos – e até os eleitores que o veem, hoje, como opção para a Câmara Municipal – se perguntam por que um empresário bem- sucedido, resolve se envolver com política. A resposta vem fácil e contundente: “eu nunca me senti representado pela maioria dos políticos que passaram pela Câmara Municipal. A gente tem um lago, tem uma cidade que cresce o tempo todo e ninguém faz projeto, não aproveita o que tem e se perde muito com isso. E nunca adiantou a gente reclamar e buscar melhorias. Então eu resolvi agir e quero ser, na Câmara Municipal, o que eu, como cidadão, espero de um vereador. Eu cresci vendo meu pai trabalhando e fazendo política e sei que se pode fazer muito melhor”.

 

ZONA RURAL

 

Hernany Júnior também administra as propriedades rurais da família e, ele mesmo, mora em uma chácara nos arredores de Palmas. Ele costuma dizer que, no campo, do pouco se faz muito, mas a forma com que a zona rural de Palmas vem sendo deixada de lado é uma das suas grandes preocupações. “Da coleta de lixo, que não se tem, a uma estrada que recebe manutenção constante, bueiros e pontes reparados – aliás tem gente que não consegue levar sua produção para a venda por causa de pontes e bueiros quebrados há tempos – e, no campo, as coisas são simples. As estradas, por exemplo, representam dignidade, Não só o escoamento da produção, mas o acesso à saúde, à educação, porque não tem isso lá. Se você der meia horinha de grade pra pessoa poder plantar seu milho, sua mandioca, isso representa muito. Há alguns anos, foram feitas represas em algumas propriedades. Lá, o povo cria seus patos, seus peixes, o gado bebe água, e quanto custa pra abrir um buraco no chão e encher d’água? Por que não fazem para todos?”, pergunta.

 

TURISMO E ECONOMIA

 

Um dos pontos que Hernany Júnior mais comenta em seus comícios e a área onde tem os projetos mais elaborados é o Turismo. As pessoas costumam criticar as grandes cidades que se transformam em “selvas de pedra”. Enquanto que na maioria das capitais do Brasil o turismo se resume aos museus e pontos históricos, Hernany Júnior ressalta que Palmas é a Capital mais nova do Brasil, e seu tipo de turismo é bem diferente, mas muito pouco aproveitado. “Com tanta água, tantas cachoeiras, qual foi a opção que o palmense teve neste feriado de Sete de Setembro? Você não tem uma orla bem cuidada pras famílias levarem as crianças. A areia tá cheia de caco de vidro, bituca de cigarro, microplástico, insetos. A gente não tem uma estrutura mínima para a prática de um esporte na orla. Você vai nas praias de outros estados, tem redes de vôlei montadas, os comerciantes fornecem bolas de vôlei, futebol, peteca. Tem as bicas d’água pra você se lavar, tem infraestrutura de segurança e socorro rápido. Aqui, se você pisar num vidro, for mordido por uma piranha e precisar de socorro imediato, quiser jogar um futebol, não tem nada na orla que te proporcione isso”, ressalta.

 

Hernany Júnior é ainda mais incisivo, pois lembra que em gestões passadas, quando havia um mínimo de estrutura nas praias, nas datas comemorativas ou feriados, a cidade toda saía ganhando, desde o vendedor de picolé até a própria Casa São Paulo, que vendia mais artigos esportivos voltados para o uso nas praias. “Todo mundo ganhava. Os hotéis enchiam, os bares e restaurantes tinham movimento, os postos de combustível vendiam mais, todo o comércio ganhava, o dinheiro circulava dentro da própria cidade. Não adianta, hoje, o palmense ter dinheiro no bolso e não ter qualidade de vida. Além da praia encher, você sabe que pode convidar parentes de outros estados que eles vão gostar, voltar e trazer mais gentes. Hoje, se uma pessoa vem a negócios , passar duas noites aqui, ela vai fazer o quê? Quais são as opções?”, desafia.

 

ESCOLAS: MUITO MAIS QUE EDUCAÇÃO

 

Para Hernany Júnior, falar em Educação significa muito mais que escolas. Segundo ele é necessário que toda a família seja incluída no que chama de “conceito” educacional. “Dizem que quem educa é a família, e quem disponibiliza conhecimento é a escola. Mas, como podemos formar crianças que vêm de famílias desestruturadas? É preciso que se envolva toda a família no processo educacional. Dotar anosas escolas de atendimento psicológico e acompanhamento do aprendizado, para que se proporcionem chances iguais a todas as crianças de desenvolver seus potenciais”, explica.

 

Segundo Hernany Júnior, é nas escolas, também, que as habilidade e aptidões esportivas das crianças devem ser identificadas e, a partir daí, dar início às ações que possibilitem os que os talentos esportivos sejam apoiados ao longo da vida estudantil, para que já saiam da educação fundamental orientados para que possam ter no esporte uma das opções de carreira. “Isso pode parecer difícil, mas é assim que é feito em países que têm no esporte uma possibilidade de ascensão social, da rica Suíça ao empobrecido Quênia, o mesmo sistema é aplicado nas escolas. Basta saber adaptar”.

 

Mas, apaixonado por esporte – como não poderia deixar de ser – Hernany Júnior ressalta que não adianta identificar e apoiar os destaques esportivos, se a cidade não oferece aparelhos públicos para a prática. “O ginásio, tá fechado, as quadras não têm manutenção, banheiro, nem pensar. As escolas não têm bolas, redes, um tatame, um quimono pra fornecer. Isso tudo está incluído no apoio ao esporte e isso faz a diferença. Às vezes a criança, o jovem, que precisa de uma opção que o mantenha longe de vícios, até do vício eletrônico, não tem uma local onde possa praticar esporte de maneira segura e organizada”.

 

É nas famílias, também, que deve se iniciar o que é chamado de inclusão social. Aliás, nas palavras de Hernany Júnior, “inclusão social” são termos que nem deveriam fazer parte dos assuntos do dia a dia. “Pra mim é engraçado, porque nunca foi preciso que alguém me explicasse, quando criança, as questões abordadas no que se chama de inclusão social, hoje. Sempre fui criado para respeitar a todos de uma forma igual, sem que precisassem me falar  ‘o negro’, ‘o LGBT’, ‘o neurodivergente’, ‘idosos’, ‘pobres’, ‘ricos’, magros’,  e outras minorias. Sempre fui orientado a saber que todos somos iguais, por isso, para mim, inclusão social deve ser uma coisa natural. No meu gabinete quero ter gente do Sul, do Norte, LGBT... quero começar humanizando minha gestão por meio do meu gabinete, onde haverá espaço igual para todos, e qualquer pessoa que nos procurar será muito bem acolhida. Estou sonhando com isso, pra gente já começar a mostrar como é simples fazer melhor e diferente, e, neste ponto, fazemos questão de ser copiados por todos. Sintam-se à vontade”, pontuou.

 

TRABALHO COM JANAD

Sobre esta sua primeira participação na política, no mesmo grupo político que traz Janad Valcari como candidata a prefeita, e de quem se tornou mais que um companheiro político, mas alguém que compactua com as mesma ideias, Hernany Júnior resumiu a sua expectativa. “Nós somos pessoas muito parecidas. Queremos humanizar a administração pública, queremos as pessoas ao nosso lado, temos um passado semelhante, viemos de vidas humildes e chegamos onde chegamos. Por isso acho que já deu certo! Ambos queremos uma atuação política de frente para o povo, onde a comunicação vai funcionar efetivamente, proporcionando às pessoas o que elas realmente esperam de um vereador e de uma prefeita, muito diferente dos que se elegeram pelo poder e, não para ajudar o povo e administrar a cidade. Eu vou ser um fiscal rígido. Vou usar o transporte público e apontar o que precisa melhorar, visitar as escolas e ver as demandas, andar pelas ruas da cidade e ver o que precisa ser reparado, visitando as unidades de saúde para, começar, primeiro, arrumando o que está prejudicando o desenvolvimento da cidade para, depois, partir para projetos e obras estruturantes, que garantam que não se ande para trás nem que se deixe perder o que já está pronto.  É assim que eu quero trabalhar, e tenho certeza que terei em Janad a parceira perfeita, pois não basta identificar o que precisa melhor. Precisa ir lá e fazer”, finalizou.