Este editorial tem como base a publicação da conceituada jornalista Roberta Tum, em seu site T1noticias.com.br, do último dia 27, em que a jornalista, que tem um relacionamento pessoal com a senadora Kátia Abreu, que é sua comadre, e tem informações, como sempre, fidedignas, publicou uma nota em que noticia que a relação entre a senadora e seu filho é irreconciliável. A única coisa que não foi explicada é se é a relação política ou familiar. Senão, vejamos:
Por Edson Rodrigues
Era uma vez uma jovem estudante universitária, mãe de família, que ficou viúva de repente, após um trágico acidente de avião ceifou a vida de seu marido. O nome dela: Kátia Regina Abreu. Qualquer um ficaria sem rumo, após uma tragédia como essa, mas o destino dessa jovem mulher não seria determinado por algo que estivesse fora de seu controle. Na sua vida, quem iria decidir os rumos seria ela!
Jovem viúva, mãe de quatro filhos (três homens e uma mulher), Kátia assumiu seu papel de guerreira (como gosta de ser chamada) e fez da fazenda deixada por seu falecido marido, se transformou no seu ganha-pão, no seu porto seguro e na razão da sua vida.
Ao lado dos ex-presidente Dilma Rousseff e Lula a senadora Kátia Abreu em encontro no Palácio de Ondina, residência oficial do governador Rui Costa (PT) e da presidente do PT Gleisi Hoffmann
Os ensinamentos do cuidadoso marido fizeram de Kátia Abreu uma mulher vitoriosa no agronegócio, tão destacada que virou presidente do Sindicato Rural de Gurupi, tornando-se exemplo não só para os demais produtores rurais, mas, principalmente, para seus filhos. Criou a todos com dedicação, atenção e zelo. Dentre eles Irajá Abreu herdou com mais ênfase a veia política e, hoje, é senador como a mãe e primeiro-secretário do Senado.
A política aconteceu naturalmente, e a mesma guerreira que assumiu uma vida de responsabilidades redobradas, se fez respeitar como representante do povo.
Kátia Abreu entrou para a vida pública como presidente do Sindicato Rural de Gurupi e se destacou como presidente da Federação da Agricultura do Tocantins (FAET), deputada federal, senadora da República, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), ministra da Agricultura e candidata a vice-presidente da República.
O ÁPICE DA CARREIRA POLÍTICA
Pegou o filho Irajá Abreu pelas mãos, como fazia quando ele era criança, e o elegeu deputado federal, à época um jovem totalmente desconhecido no meio político tocantinense. Quando aceitou ser candidata a vice-presidente da República na chapa de Ciro Gomes, Kátia tornou-se conhecida e reconhecida nacionalmente
O Senado é considerado no meio político como o ápice da carreira, não apenas pelo poder, mas pelo tempo de mandato e as chances de reeleição. E Irajá Abreu conseguiu chegar lá, com as bênçãos da mãe, é claro. Mas, um sinal foi dado na campanha de Irajá ao Senado: o candidato, talvez por estratégia eleitoral, talvez por uma questão de homenagem ao pai, não usou o sobrenome da mãe (Abreu) e apresentou-se ao eleitorado com o sobrenome Silvestre. Irajá Silvestre e não Irajá Abreu. Eleito, pela primeira vez na história mãe e filho comporiam o colegiado do Senado Federal.
REELEIÇÃO CADA VEZ NAIS DIFÍCIL
Agora, Irajá Abreu é senador, tem mais quatro anos na “Casa Alta”, enquanto sua mãe é candidata à reeleição, enfrentando um cenário muito desfavorável para atingir seu objetivo. São muitos os nomes competitivos disputando uma única vaga de senador nas eleições que se aproximam, todos com possibilidades de eleição, inclusive a própria Kátia, é claro.
O problema, além do desgaste natural pelo tempo de exercício do mandato, é o sentimento por mudanças do eleitorado, que contribui para aumentar as dificuldades da senadora que, em busca de apoio, “passeou” por todos os grupos políticos com candidatos a governador, sem fechar questão com nenhum. Nesse cenário, o apoio de seu filho, senador Irajá Abreu, presidente do PSD no estado, poderia, sim, trabalhar para aumentar as chances de reeleição da senadora Kátia Abreu. Mas, o que se vê, até agora, é uma grande possibilidade de os dois estarem em lados opostos, cada um em um grupo político, tornando o caminho à uma reeleição, pelo menos, mais penoso para Kátia.
ONDE ESTÁ A VERDADE? JUNTOS OU SEPARADOS?
Será que após construir uma carreira vitoriosa para o filho, Kátia Abreu está vendo acontecer o que nunca se poderia imaginar: seu próprio filho lhe negar uma mão amiga à no momento em que ela mais precisa?
Será esta, mesmo, uma traição fria, calculista e sem aparente sentido, depois de anos e anos de dedicação, da gestação, nascimento, primeiros cuidados, educação, construção de uma carreira vitoriosa?
Até na vida comum, quem nega apoio à sua genitora e mentora é alijado da sociedade, visto com maus olhos e vira uma pessoa da qual ninguém quer ser amigo.
Será que Irajá tem peito, personalidade e capacidade de manter uma fama de “judas” perante o povo e, principalmente, a classe política, que costuma isolar quem tem fama de “traíra”?
Ou será que tudo não passa de jogo de cena, que mãe e filho traçaram essa estratégia e sabem muito bem o que estão fazendo?
Onde está a verdade dessa situação?
De concreto, sabemos que se perguntarmos a 100 tocantinenses se eles acreditam nessa contenda entre os senadores Kátia e Irajá Abreu, 90 deles, senão mais, vão responder que isso é “conversa pra boi dormir”, ou seja, pelo que se conhece da história pessoal e política de Kátia Abreu, deixar seu filho trilhar rumos políticos diferentes do que ela estipulou, definitivamente, está completamente fora do seu perfil.
Queremos deixar bem claro que não estamos colocando a atuação política Kátia Abreu em questão, que tem prestado excelentes serviços ao Tocantins e ao Brasil em toda a sua vida pública, mas colocando em discussão a política sendo capaz de destruir a relação de mãe e filho, apenas porque são políticos. Esse fato pode causar uma grande cisão no seio de uma família que, com muita garra, suor e determinação, liderada por sua matriarca ultrapassou obstáculos considerados intransponíveis. Esse patrimônio não pode ser implodido pelo próprio filho.
A IMPRENSA CUMPRE O SEU PAPEL
Com referência à tentativa de querer denegrir a imagem da imprensa tocantinense, como resposta basta dizer ao nobre senador Irajá Abreu que nenhum membro dos meios de comunicação do estado negaria, jamais, apoio às nossas mães em troca da possibilidade de ter ganhos materiais. Pelo contrário, estaríamos cuidando de melhorar as condições de vida de quem se esforçou e não mediu esforços para nos criar.
A imprensa tradicional tocantinense jamais viveu de fake News, pois, estas, são novidades trazidas pela tecnologia e nossos veículos de comunicação são tão ou mais antigos que o Estado do Tocantins e, quando esses petardos tecnológicos surgiram, usando de forma cruel e oportunista a boa vontade do povo tocantinense e sua boa-fé, por meio das redes sociais para disseminar mentiras e ataques vis a pessoas, surgiram da cabeça mesquinha e desprovida de moral dos próprios políticos.
Não são os veículos de comunicação que vivem de fake News. São alguns membros de grupos políticos sem bandeira, sem conteúdo e sem ideologia, que utilizam essa ferramenta maligna para atacar seus adversários, acreditando que o anonimato das redes sociais ainda é garantido, esquecendo que as autoridades policiais também evoluíram suas técnicas de investigação, junto com a internet.
Não foi a imprensa tocantinense que noticiou as acusações contra o senador Irajá Abreu, envolvendo um fato nebuloso sobre seu relacionamento amoroso com uma mulher, ocorrido, exatamente, no período em que sua mãe se encontrava internada na UTI do Hospital Sírio e Libanês, em São Paulo, enfrentando os problemas causados pela Covid-19.
Temos que dar tempo ao tempo para termos a certeza do que foi dito.