Estrutura da Segurança terá ministro, secretário e 9 cargos de assessoria
Com Agência Brasil
O Palácio do Planalto decidiu remanejar o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o comando do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que será criado por medida provisória a ser assinada hoje (26) pelo presidente Michel Temer.
A informação foi confirmada à Agência Brasil pelo gabinete do Ministério da Defesa. O anúncio oficial é esperado para as próximas horas. No lugar de Jungmann, assumirá o atual secretário-geral do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, que já foi chefe do Estado-Maior do Exército.
A criação da nova pasta foi antecipada pelo próprio Temer, na última sexta-feira (23). Na ocasião, o presidente explicou que o ministério vai coordenar as ações de segurança pública em todo o país.
“Esse ministério vai fazer reuniões permanentes com governadores e secretários de segurança”, disse em entrevista ao vivo à Rádio Bandeirantes. E completou: “Esse ministério vai coordenar a área de inteligência, porque também não basta colocar policial na rua com fuzil, precisa desbaratar o crime organizado”, afirmou.
Ao falar sobre a questão financeira, Temer disse que a nova pasta pode implicar mais gastos para administração pública, mas isso se justifica pela importância do trabalho a ser feito na área da segurança.
Estrutura
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, confirmou neste domingo, 25, que o presidente Michel Temer concluiu neste domingo o processo de deliberação e revisão do texto da medida provisória que cria o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. De acordo com o ministro, o porta-voz da presidência fará neste segunda-feira, 26, o anúncio do ministério e, nos próximos dois dias, provavelmente, será editado um decreto para a criação dos cargos da nova pasta. Ele informou que serão criados apenas os cargos de ministro, secretário e nove cargos de assessoria. Os demais, segundo ele, serão mera transposição da Justiça para a Segurança Pública.
"A relevância e urgência falam por si mesmos, a intervenção no Rio tornou mais urgente essa medida. Vários Estados estão preocupados com segurança pública", afirmou o ministro ao deixar o Palácio do Jaburu, após reunião com o presidente Temer e outros ministros.
Torquato confirmou que o presidente ainda não escolheu o nome do titular da nova pasta. Segundo ele, Temer busca um perfil de fácil interlocução com Congresso e com os governadores. "É importante que seja nome reconhecido pelos governadores dos Estados", disse. Segundo o ministro, o presidente irá conversar com os governadores sobre o novo ministério. Ele esclareceu que o ministro da Segurança Pública não vai atuar no lugar dos governadores, mas sim em cooperação com eles.
O ministro informou ainda que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Secretaria de Segurança Pública (inclui a Força Nacional) ficarão subordinados ao novo ministério.