Tocantins, 26 de dezembro de 2017
Por Edson Rodrigues
Enquanto operações de limpeza ética, como a Lava Jato, tocadas por magistrados honrados e interessados no bem comum, que trabalham como gigantes em comarcas pequeninas, enchem o povo brasileiro de esperança de que, finalmente, a impunidade e a corrupção terão um fim, a “grande magistratura” ou as “altas cortes”, vai na direção contrária, libertando desde presos preventivamente para o bem das investigações como condenados e apenados com vasto históricos de práticas ilegais e fichas corridas extensas, colocando uma grande dúvida na cabeça do povo brasileiro: afinal, de que lado está a Justiça?
O áudio que corre as redes sociais, (ouça no fim da pagina) de suposta autoria do juiz eleitoral Glaucenir Oliveira, da Vara de Campos dos Goytacazes, que mandou prender Anthony Garotinho pela primeira vez, é mencionada ‘mala grande’ ao ministro Gilmar Mendes, que determinou a soltura do ex-governador, já motivou um pedido de investigação, por parte de Gilmar Mendes, ao Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha, e ao diretor-geral da PF, Fernando Segovia, para que “apurassem o caso”.
Se o áudio é verdadeiro ou não, não importa, o que importa é que a atuação do Supremo Tribunal Federal, esfera mais alta da Justiça Brasileira, tem sido tão dúbia e tão diferente do que o brasileiro espera que seja a Justiça, que dá chances a que todos interpretem o áudio como verdadeiro, acreditando, sem duvidar, que seja real.
LUTA PELA JUSTIÇA
Quando se chega a uma situação assim, em que a mais alta corte da Justiça Brasileira se vê desacreditada pela ação de alguns de seus membros – infelizmente, os mais influentes e que conseguem “emparedar” a presidente, Cármen Lúcia – é preciso que a população, os cidadãos, se unam para fortalecer todo e qualquer magistrado que vem travando essa luta inglória pelo fim da impunidade e da corrupção.
Tudo o que se avançou no combate à corrupção, se deve aos juízes de comarca, que tomaram a ferro e a fogo a missão de combater a corrupção, mas que vem tendo seu ímpeto aplacado pelos “membros laxantes” do STF, aqueles que “soltam tudo e todos”.
É preciso que a população “empodere” os membros das comarcas de todos os municípios, dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal, das Defensorias Públicas, da Polícia Federal, exigindo uma ação mais coerente das Cortes Superiores, se manifestando sempre que um corrupto comprovado seja solto por esta ou aquela chicana jurídica, aceita de prontidão pelos “ministros laxantes” do STF, como vimos neste fim de ano.
Se queremos providências a esse respeito, temos que começar pelos representantes das Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas, assim como no Congresso Nacional, em todo o Brasil.
No Tocantins, novamente graças ao trabalho de magistrados sérios e comprometidos e dos agentes da Polícia Federal, essa “purificação” será facilitado, pois temos informações de o “limpa” será grande, já no início do ano que vem, entre políticos, empresários e “laranjas” que atuaram de forma corrupta no nosso Estado desde a sua criação.
Histórias escabrosas virão à tona e, mesmo que alguns, pela já citada incoerência entre as cortes, consigam artifícios e artimanhas para registrarem candidaturas e voltarem a ter o direito de ir e vir livremente, clamamos aos eleitores que tomem a ação dos magistrados e policiais compromissados como esteio para a definição do seu voto.
Se um político, empresário ou cidadão comum tiver seu nome associado à atos de corrupção e for interpelado pela Polícia Federal, até que se prove sua culpabilidade ou inocência, essa pessoa deve ter sua vida pregressa analisada e observada pelos eleitores para que não se corra o risco de eleger “mais do mesmo”.
Ressaltamos que todo mundo é inocente, até que prove o contrário, está na nossa Constituição, assim como a prática de crimes é cabível de penalidades, e está em nosso código penal. Um não elimina o outro, mas entre eles há a investigação e coleta de provas. E nos casos que serão expostos em 2018, no Tocantins, as provas são robustas!
É bom que os políticos e empresários que sabem que cometeram atos ilícitos aproveitem bem os festejos de fim de ano para comer e beber o que há de melhor, assim como aproveitar os momentos em família e de livre ir e vir, pois, a qualquer momento os agentes da Polícia Federal estarão em suas portas – todas elas – com mandados de prisão e busca e apreensão.
Ouvimos palavras que vieram ao vento, em Brasília, que marcaram para fim de fevereiro, início de março, o início da “fervura do caldeirão” tocantinense.
Quem plantou sementes podres, pode esperar uma colheita amarga. Mais amarga, ainda, para os “laranjas” e “acerolas” que apresentam movimentações financeiras que não condizem com seus ganhos, pois eles vêm sendo monitorados há tempos, mas não têm foro privilegiado, por isso, serão os primeiros a cair.
Enquanto isso, os que têm o privilégio do foro, esperam que suas condenações em segunda instância não saiam a tempo de impedir suas candidaturas, mas, mal sabem, que os agentes investigadores esperam ter tudo resolvido até o mês de julho de 2018, uma vez que já tiveram acesso, durante um mandado de busca e apreensão a uma mala robusta com documentos que comprovam a prática alarmante de caixa dois de “caixa três”, além de contratos de obras superfaturadas, aditivos e notas promissórias, contratos de gaveta e outras provas incontestáveis, assinadas por autoridades detentoras de mandatos eletivos.
OS EFEITOS NA SUCESSÃO ESTADUAL
Não somos só nós que sabemos dessa bomba prestes a explodir no Tocantins. Os principais atores do cenário catastrófico que se avizinha nunca foram bobos e sabiam que, um dia, a casa iria cair. Desta forma, muitos vêm trabalhando “na manha” em relação à sucessão estadual.
Até agora, ninguém decolou nas pesquisas de intenção de voto e as mudanças e novidades entre os pretendentes já são mais que esperadas após o mês de março.
Aos que estão em cima do muro, aconselhamos que se abasteçam de “frito” e de água e continuem na espera, para poder descer, seja para qual lado for, apenas após o mês de julho.
A hora não é propícia para a tomada de decisões nem de apostas, pois o quadro é muito nebuloso e não dá segurança a nenhuma manobra antecipada. Quem estiver em terra, é aconselhável que não decole e, quem estiver voando, que continue nos céus, mesmo que por instrumentos, pois não é hora de pousar em nenhuma candidatura, pois as “pistas de pouso” podem mudar de lugar as condições de vôo se tornar inseguras.
É sensato manter a distância e o “trem de pouso recolhido”.
Quem avisa amigo é!