Envolvidos alegam inocência e cobram para que desfecho se torne de conhecimento da sociedade
Por Edson Rodrigues
Ano passado, a Polícia Civil cumpriu em Porto Nacional e Palmas, buscas e apreensões de documentos nas duas sedes dos Poderes Legislativos Municipais. Naquela época foi feito ainda a prisão de vereadores e ex-secretários. Um verdadeiro circo armado, com direito a palhaços e plateia. A imprensa cobriu os fatos, levou a conhecimento público o ocorrido e as informações repassadas à época.
A repercussão não aconteceu só no Estado, mas foi digna do cenário nacional. A acusação conforme o que foi divulgado pela Polícia era prática de corrupção e formação de quadrilha, para todos os envolvidos. Após a prisão foi concedido um habeas corpus que permitiu que respondessem as acusações em liberdade.
Os réus foram indiciados e supostamente as investigações seguem. No entanto, com a morosidade da justiça e a burocracia que todos nós conhecemos, não se soube mais nada em referência ao caso. O Poder Judiciário simplesmente não se manifestou mais sobre o caso, apresentou algum retorno ou conclusão. Os acusados que foram expostos seguem como os corruptos, desonestos e fora da lei.
Há epoca participaram da operação, cerca de 40 policiais. De acordo com o delegado Ricardo Real, responsável pela ação policial, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, sendo seis em Porto Nacional e dois em Palmas. Entre os presos em Porto estão três vereadores e um parlamentar licenciado, além de um servidor da Câmara de Vereadores e um ex-servidor daquela casa legislativa, responsável pelo esquema fraudulento de licitações.
É preciso que as pessoas conscientizem que toda exposição publica tem uma consequência e apresentar a conclusão de cada fato é fundamental, tanto para os envolvidos quanto à sociedade. A pedido de alguns dos acusados e presos na operação que também desconhecem o resultado do inquérito, e defendem serem inocentes, viemos solicitar à Justiça uma resposta sobre as investigações.
Estas pessoas são de fato culpadas ou inocentes? Até quando seguem as investigações? Caso estas candidatem à reeleição. O eleitor vai basear o seu voto pelo episódio ocorrido ou em fatos concluídos e apresentados pelos investigadores? Houve abuso de poder por parte da Polícia que realizou a Operação? Eles são ladrões? Inocentes, como assim defendem?
O princípio básico do Direito é que todos são inocentes até que se prove o contrário. Mas a Justiça dificulta e muito, uma vez que aqueles que deveriam trazer a público o desfecho do caso, assim como fizeram para realizar a operação, simplesmente silenciaram....