Os dois se reuniram no fim de semana com o prefeito Eduardo Paes, no Rio, e os ex-presidentes Fernando Henrique e Michel Temer, em São Paulo
Por Ricardo Noblat
Por ora, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, diz que não será candidato à sucessão de Jair Bolsonaro. Mas ainda não bateu forte na mesa, ainda não disse de forma convincente a Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, que não será de jeito nenhum e em hipótese alguma.
Como não disse, Kassab segue empurrando-o para que seja candidato. No último fim de semana, os dois jantaram no Rio com o prefeito Eduardo Paes (PSD). Juram que não conversaram sobre eleição presidencial. Paes havia almoçado naquele dia com o ex-presidente Lula. Kassab e Pacheco voaram para São Paulo.
E, ali, os dois reuniram-se, primeiro, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e depois com o ex-presidente Michel Temer (MDB). Fernando Henrique está convencido de que o senador Tasso Jereissati (CE) desistiu de ser o candidato do PSDB à presidência da República. João Doria não abre mão de ser.
Temer vê o seu partido dividido – parte poderá apoiar a reeleição de Bolsonaro, parte a volta de Lula ao Palácio do Planalto. Temer afirma que pôs um ponto final na sua carreira política. Não será mais candidato a nada. Quer dedicar-se às suas memórias e à sua família. A não ser… Bem, a não ser que precisem dele.
Se Pacheco não emplacar como candidato a presidente, talvez Lula venha a precisar dele como candidato a vice. Kassab não se oporá a isso. Já não esconde que num eventual segundo turno entre Bolsonaro e Lula, seu partido apoiará Lula.