Vice apontou que a troca dos comandantes, confirmada após demissão do Ministro da Defesa, foi 'abrupta' mas é prerrogativa do presidente Jair Bolsonaro
Por Pedro Henrique Gomes
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta quarta-feira (31) que o presidente Jair Bolsonaro considere o princípio da antiguidade na escolha dos novos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Na terça (30), os três comandantes foram demitidos. Eles pretendiam entregar os cargos em solidariedade ao então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, demitido por Bolsonaro, mas o presidente se antecipou e determinou a saída deles.
Mourão afirmou que a saída Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) foi “abrupta”, mas que é uma prerrogativa do presidente fazer as mudanças.
Esta é a primeira vez pelo menos desde 1985 que os comandantes das três Forças deixam o cargo ao mesmo tempo sem ser em período de troca de governo.
“Eu julgo que a escolha tem que ser feita dentro do princípio da antiguidade, até porque é uma substituição que não era prevista. Quando é uma substituição que é prevista, é distinto. Então se escolhe dentro da antiguidade e segue o baile”, disse Mourão.
A saída dos comandantes foi anunciada após Pujol, Barbosa e Bermudez se reunirem com o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que até então chefiava a Casa Civil da Presidência.
De acordo com Mourão, Braga Netto é um general “provado, testado” que foi responsável por missões como a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro e, portanto, tem “pleno conhecimento e capacidade para substituir o ministro Fernando”.