Novas pesquisas servirão de parâmetro para ações de campanha dos candidatos ao Governo do Estado

Posted On Sexta, 21 Setembro 2018 06:55
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Candidatos ao Governo Mauro Carlesse (PHS) e Carlos Amastha (PSB), a frente nas pesquisas Candidatos ao Governo Mauro Carlesse (PHS) e Carlos Amastha (PSB), a frente nas pesquisas

Análise comparativa entre as pesquisas realizada em agosto e as que deverão sair este mês trará o retrato real da sucessão

 

Por Edson Rodrigues

 

O clima da sucessão estadual é medido à proporção em que as pesquisas de intenção de voto vão sendo divulgadas, ou seja, de forma pontual, os números vão mostrando o retrato de cada momento, influenciados por acontecimentos, notícias, adesões de lideranças a esta ou àquela corrente política, as traições e as desistências.

O candidato oposicionista, Carlos Amastha vem fazendo de tudo, usando todas as suas forças, para provocar um segundo turno, acionando todas as lideranças que possui, tentando levar seu nome aos rincões mais distantes do Estado, pois o grosso do seu eleitorado está na Capital, conforme demonstraram as urnas na eleição suplementar de junho passado.

Márlon Reis, enquanto isso, aparece estagnado e com viés de baixa, pecando pela inexperiência em campanhas e por um discurso sem “bandeiras”, apesar de ter feito um trabalho de marketing acima da média no pleito de junho.

Já o governador Mauro Carlesse mantém seu favoritismo e consolida sua força política, com as pesquisas indicando que pode vencer, de forma categórica, já no primeiro turno e que, em caso de haver um segundo turno, seu nome certamente estará nas urnas.

 

CORRIDA PARA O SENADO

Candidatos ao Senado Eduardo Gomes e Vicentinho Alves

Já na disputa para o senado, dos oito nomes que concorrem, pode-se dizer, dentro das margens de erro que pelo menos seis deles têm chances de garantir uma das duas vagas. A cada dia que passa o páreo vai ficando mais disputado, mas configurando um favoritismo de Vicentinho Alves, Eduardo Gomes e Irajá Abreu, ficando Paulo Mourão e Ataídes Oliveira na dependência de uma virada espetacular nas últimas semanas de campanha, o que, convenhamos, é muito pouco provável.

Candidato Irajá Abreu

A corrida para o Senado, por se tratar de duas vagas, dois votos, deve ser definida apenas depois do dia 28, quando as pesquisas trarão um quadro praticamente impossível de ser revertido, deixando a disputa, voto a voto, entre os quatro primeiros colocados.

 

PRÓXIMAS PESQUISAS
Estão previstas duas novas pesquisas para serem realizadas neste fim de semana que se aproxima. Antes de se olhar os resultados desses trabalhos, faz-se necessário observar alguns pontos, como a configuração do momento político, em quais cidades serão coletados os dados, se via telefone ou presencial e, principalmente se eles serão capazes de auferir as intenções reais quanto a votos nulos, em branco e se o entrevistado vai, efetivamente votar ou se absterá.

Dado aos números recordes de abstenções registrados nas eleições suplementares, os institutos de pesquisa devem dar uma maior atenção à essa possibilidade para que não sejam pegos de surpresa no momento da abertura das urnas.

Sabe-se, de antemão, que pela quantidade de candidatos a deputado federal e deputado estadual, a mensuração da pesquisa dependerá sobremaneira dos municípios em que serão realizadas e, por isso, seus resultados para esses dois cargos não devem ser levados tão em consideração.

As duas pesquisas serão realizadas pelos dois mesmos institutos (IBOPE e Vetor) que realizaram a coleta de informações em agosto passado.

As próximas pesquisas já estão autorizadas e registradas no TRE. O trabalho do IBOPE deve ser divulgado após o dia 21. A coleta de dados ocorrerá entre os dias 15 e 21.

Já a pesquisa Vetor acontece entre os dias 16 e 19, com data de divulgação prevista para o dia 20.

 

RESULTADOS DAS PESQUISAS ANTERIORES

 

VETOR
A primeira rodada da pesquisa do Instituto Vetor, encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) e TV Jovem/Record Tocantins, divulgada em 14 de agosto, indicou vitória de Mauro Carlesse (PHS) ao Governo do Tocantins ainda no primeiro turno. Para o Senado, lideravam o então candidato Siqueira Campos (DEM) e Vicentinho Alves (PR).

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não apresenta os nomes dos candidatos, a pesquisa Vetor/Fieto indicava que Mauro Carlesse (PHS) possui 29% do total de votos. Carlos Amastha (PSB) aparece em segundo lugar, com 18%, seguido por Marlon Reis (Rede), com 7%. Os demais candidatos não tiveram 1% das menções. 13% afirmaram que votariam em ninguém, branco ou anulariam o voto. Os eleitores que afirmaram que não sabem em quem votar somam 31%, e 2% não responderam.

Na pesquisa estimulada, na qual o entrevistador apresenta os nomes dos candidatos, Mauro Carlesse continuou na liderança, com 44% do total de votos, seguido por Carlos Amastha, com 26%. Marlon Reis aparece em terceiro lugar, com 10%, seguido por Cesar Simoni (PSL) e Bernardete Aparecida (PSol), com 1% cada. Votos em ninguém, brancos e nulos somam 11%. Eleitores que afirmaram que não sabem ou não responderam correspondem a 7%.

Levando em consideração apenas os votos válidos e a margem de erro da pesquisa, Mauro Carlesse tem eleitorado variando entre 51% a 54% dos votos válidos, o suficiente para ganhar a eleição ainda no primeiro turno.

 

IBOPE
Na pesquisa do IBOPE, divulgada em 17 de agosto, os percentuais foram diferentes, mas a posição dos candidatos foi a mesma.

Mauro Carlesse (PHS), 50%; Carlos Amastha (PSB), 19%; Márlon Reis (REDE), 7%; César Simoni (PSL), 2%; Bernadete Aparecida (PSOL), 1%. Brancos/nulos: 15%. Não sabe: 6%.

Na modalidade espontânea da pesquisa Ibope (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte: Mauro Carlesse (PHS), 30%; Carlos Amastha (PSB), 9%; Márlon Reis (REDE), 2%; Bernadete Aparecida (PSOL), 0%; César Simoni (PSL), 0%; Outros: 4%. Brancos/nulos: 13%. Não sabe: 42%

 

REJEIÇÃO
O Ibope também mediu a taxa de rejeição (o eleitor deve dizer em qual dos candidatos não votaria de jeito nenhum). Nesse item, os entrevistados puderam escolher mais de um nome. Veja os índices:
Carlos Amastha (PSB): 28%, Bernadete Aparecida (PSOL): 21%, César Simoni (PSL): 18%, Marlon Reis (REDE): 18%, Mauro Carlesse (PHS): 16%. Poderia votar em todos: 4%. Não sabe: 25%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Anhanguera.

 

RETROVISOR ELEITORAL
Mais que tudo, nestas eleições gerais que se aproximam, precisamos olhar no “retrovisor eleitoral” que nos traz memórias bem recentes.

As pesquisas eleitorais falharam. Os institutos de pesquisa foram incapazes de identificar o voto – ou o não voto – de protesto e sucumbiram envergonhados ante a disparidade de suas pesquisas e o resultado surpreendente das urnas.

Agora, sabendo que o voto ou não de protesto é uma possibilidade real e latente no eleitorado tocantinense, é necessário que os institutos de pesquisa criem mecanismos para que esse novo ingrediente entre na “receita do bolo”, principalmente nos 14 principais colégios eleitorais do Estado, pois a “fotografia” deixada de recordação pelas eleições suplementares pode se repetir na votação para governador e senador.

Já para os cargos de deputado estadual e deputado federal, as pesquisas indicam que muitos eleitores comparecerão às urnas apenas para votar para esses dois cargos, deixando um vácuo de escolha e uma situação delicada, tanto para os candidatos ao governo e ao Senado quanto para os institutos de pesquisa.

Atualmente, o Tocantins tem 1.039.439 eleitores aptos a votar, sendo que 54,53% deles, ou seja, mais de 500 mil eleitores, deixaram de optar pelos candidatos da eleição suplementar.

Notadamente, é um caso crítico e cabe aos marqueteiros criar estratégias para mudar esse quadro.

É esperar para ver!

Última modificação em Sexta, 21 Setembro 2018 17:15