O "superpartido" seria formado a partir da fusão de DEM, PP e PSL tendo uma espécie de cláusula de veto à filiação do presidente Jair Bolsonaro
Por Caio Junqueira
O futuro ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, articulam a criação de um superpartido a partir da fusão de DEM, PP e PSL, tendo uma espécie de cláusula de veto à filiação do presidente Jair Bolsonaro e ao apoio formal à sua reeleição.
As conversas vêm ocorrendo há algumas semanas, mas um encontro na semana passada, na Bahia, que contou com a participação de Ciro, Lira, o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o dirigente do DEM, Elmar Nascimento, avançou nas tratativas. Na próxima semana, há expectativa de uma nova reunião entre eles em Brasília.
O veto à filiação do presidente Jair Bolsonaro à nova legenda é uma condição imposta pelo PSL e pelo DEM, assim como o apoio desde já à sua reeleição. Há dúvidas no grupo sobre a viabilidade de Bolsonaro em 2022, motivo pelo qual o assunto, se a sigla sair do papel, só deverá ser tratado no ano que vem.
Ciro Nogueira aceita o veto, mas interlocutores dizem que ele poderá trabalhar internamente para reverter esse cenário, se Bols
onaro se viabilizar. Há um debate sobre o partido não apoiar ninguém para presidente e liberar os estados para se aliarem a quem quiser.
Além de Ciro Nogueira, que deve assumir a Casa Civil, o novo partido teria também outros dois ministros de estado que, conforme a CNN informou nesta terça-feira, estão praticamente acertados com o PP: Fabio Faria (Comunicações) e Tereza Cristina (Agricultura).
Se a legenda sair do papel, ela teria na largada 121 deputados federais e R$ 2 bilhões de fundo partidário.
A informação sobre a fusão dos partidos foi dada pelo portal Poder 360.