Não adianta corruptos tentarem manipular informações nem alegar estar sendo perseguidos politicamente pelo presidente Jair Bolsonaro. As provas estarão nos autos
Por Edson Rodrigues
O combate à corrupção precisa ser intensificado, a partir de agora, para por um freio nos gestores públicos que irão receber a primeira parcela da ajuda emergencial do governo federal a estados e municípios, aprovada pelo Congresso, no valor de 60 bilhões de reais, para o combate à Covid-19 e minimizar os impactos das medidas de isolamento social.
A Polícia Federal é a instituição de maior credibilidade junto à população brasileira. Por isso, muitos corruptos pertencentes às organizações criminosas que se instalam junto ao poder, tentam desqualificar tanto a imagem quanto os métodos e o trabalho da PF.
O que essas pessoas não entendem é que as operações são sempre calcadas em indícios fortes, que levaram a Justiça a autorizá-las, e, quando realizadas, colhem provas incontestes de práticas de malversação de recursos públicos. Todas as transações financeiras irregulares realizadas, hoje, no Brasil, deixam rastros que levam aos seus autores ou aos “laranjas”.
Os Ministérios Públicos Estadual e Federal, o Poder Judiciário, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União estarão monitorando a aplicação desses recursos não apenas nos portais da transparência, mas diretamente nos extratos bancários de estados e municípios.
Uma força tarefa já se encontra de plantão para o rastreamento dos gastos efetuados com a rubrica “PLP 39/2020”, que se refere à ajuda emergencial, pelos 26 estados, pelo Distrito Federal e por cada um dos 5.570 municípios brasileiros que, independente da cor partidária, receberão os recursos divididos de acordo com a população de cada um, com percentual obrigatório para uso no combate à pandemia e outro percentual para aplicação em outras frentes. Além dos repasses, os estados e municípios serão beneficiados com suspensão e renegociação de dívidas, o que amplia o auxílio a um total de R$ 125 bilhões.
Assim como os recursos já estão prontos para ser depositados, as celas e salas especiais da Polícia Federal já estão liberadas para receber, desde o primeiro dia, aqueles que ousarem brincar com a saúde do povo, e que serão punidos com todo o rigor da Lei.
TOCANTINS
Os cuidados no Tocantins terão que ser redobrados, haja vista ser a unidade da Federação líder em operações de combate à corrupção, aonde a Polícia Federal vem mostrando toda a sua competência em identificar, monitorar, agir e reunir provas contra os criminosos, não poupando membros de nenhum Poder ou o patamar de suas funções.
O Tocantins já teve governadores, vereadores e prefeitos presos, desembargadores afastados, dezenas de conduções coercitivas, bloqueios de bens e tem dezenas de processos em andamento, nas esferas estadual e federal, envolvendo crimes financeiros e eleitorais.
Com a chegada dos recuos emergenciais, em pleno ano eleitoral, se faz necessário que os agentes da Justiça Federal, do Ministério Público Estadual e Federal e da Polícia Federal, estejam em alerta máximo quanto à aplicação desses recursos, evitando que sejam desviados de sua destinação obrigatória.
O povo tocantinense conta com o apoio desses competentes homens da Lei, que sempre foram a garantia de que há Justiça para todos.
Povo e imprensa estarão, também, unidos na ajuda à essa fiscalização, apontando quaisquer indícios de enriquecimento ilícito, contratações, compras e gastos fraudulentos, trazendo à tona os nomes dos envolvidos, para que haja uma depuração mais que necessária antes do processo eleitoral que definirá os prefeitos e vereadores nos 139 municípios.
Ter seu nome ou o nome de parentes ou colaboradores envolvido em qualquer operação da Polícia Federal, a partir de agora, significa fim de carreira política e execração popular. Pois, desta vez, o que está em jogo é a saúde do povo, em que qualquer desvio, de centavo a milhão, pode significar a morte de alguém.
Estamos de olho!!