Congresso quer fazer mudanças eleitorais para as eleições de 2026
Por Edson Rodrigues
Com o fim do Carnaval a expectativa é de que nas próximas semanas o Senado Federal retome as discussões sobre a reforma eleitoral, com parlamentares buscando aprovar mudanças que possam impactar as eleições de 2026. Entre os principais temas em debate estão o fim da reeleição, a unificação dos mandatos eletivos e a ampliação da participação feminina no legislativo. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob a presidência do senador Otto Alencar (PSDB-BA), conduzirá as negociações, enquanto o senador Marcelo Castro (MDB-PI) será o relator das propostas. O objetivo é garantir que as novas regras sejam sancionadas até outubro deste ano, respeitando o prazo legal para vigência já no próximo pleito.
Outro ponto central da reforma é a alteração na Lei da Ficha Limpa, que pode reduzir o tempo de inelegibilidade dos condenados, e a inclusão de novas regras para o uso de inteligência artificial nas campanhas eleitorais. Além disso, a proposta prevê a exigência de que os institutos de pesquisa apresentem índices de acerto em levantamentos eleitorais. O Senado também debate mudanças no Código Eleitoral, como a reserva de pelo menos 20% das cadeiras do legislativo para mulheres, a exigência de desincompatibilização de militares e juízes quatro anos antes das eleições e o regulamento de atividades políticas em templos religiosos e universidades. Caso sejam aprovados, as novas regras ainda precisarão passar pela Câmara dos Deputados.
Lula prepara reforma ministerial em meio à crise econômica e queda de popularidade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve promover, nos próximos dias, uma reforma ministerial com o objetivo de fortalecer sua base aliada no Congresso e conter a crescente insatisfação popular. Com sua aprovação em queda e a reprovação ultrapassando 70%, de acordo com recentes levantamentos, o governo busca uma estratégia para reverter o quadro.
A crise se agrava com a alta dos preços dos alimentos, o que pesa sobre os trabalhadores de baixa renda. A cesta básica tem registrado aumentos sucessivos, enquanto os combustíveis e a energia elétrica também projetam novos reajustes.
Além disso, o governo brasileiro enfrentou um novo desafio externo: o presidente dos Estados Unidos anunciou um pacote de tarifas sobre produtos brasileiros, o que pode impactar setores estratégicos da economia nacional. A medida ameaça exportadores e deve pressionar ainda mais os custos internos.
Diante desse quadro, Lula aposta na reforma ministerial como um movimento para recompor forças e tentar conter o desgaste de sua gestão. A dúvida que permanece é se as mudanças no primeiro escalão serão suficientes para aliviar a insatisfação popular diante de um cenário econômico e social cada vez mais crítico.
Tocantins
Família Siqueira comemora recuperação de Samuel após internação na UTI
O prefeito usou as redes sociais para comunicar a melhora do filho Samuel
O prefeito da nossa Capital, Palmas, Eduardo Siqueira e a primeira-dama, Poliana Siqueira expressaram gratidão a Deus, à equipe médica e às orações dos amigos pela recuperação do filho, Samuel Siqueira. Após um período internado em uma UTI em São Paulo, ele recebeu alta hospitalar, trazendo alívio e alegria para a família, que agora comemora este momento de superação.
Carnaval
Enquanto o Carnaval acontecia em diversos municípios tocantinenses, cidades como Araguaína, Porto Nacional e Palmas optaram por não destinar recursos públicos à festividade. As gestões municipais justificaram a decisão citando dificuldades financeiras, aumento de casos de Covid-19, dívidas e outras prioridades. A medida gerou debates entre uma população, dividida entre a necessidade primordiais e a tradição da festa.
Lideranças políticas prestigiam Carnaval no Tocantins
O senador Eduardo Gomes e o governador Wanderlei Barbosa, acompanhados de suas esposas, Carla Gomes e Karine Sotero, marcaram presença no Carnaval de Gurupi ao lado da prefeita Josi Nunes e do deputado estadual Eduardo Fortes.
Além de Gurupi, o grupo visitou as comemorações em Arraias, Dianópolis e Taguatinga, onde foram recebidas por autoridades locais e foliões. Já no distrito de Campo Alegre, município de Paranã, a animação ficou por conta da banda de música da Polícia Militar, que embalou os festejos e garantiu a alegria.
Palácio Araguaia
O governador do Tocantins, Wanderley Barbosa, tem intensificado sua agenda política e administrativa, buscando consolidar sua popularidade após anunciar que não será candidato ao Senado em 2026. Sempre acompanhado da primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, Wanderlei Barbosa percorreu diversas cidades do estado durante o Carnaval, ao lado do senador Eduardo Gomes, do presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres, deputados estaduais, prefeitos e secretários. O giro pelos municípios reforçou o vínculo do governador com sua base aliada, ao mesmo tempo em que fortaleceu sua presença no interior.
Rede Cuidar
Na semana anterior, Barbosa também teve uma agenda movimentada, reunindo-se com empresários, incentivando o esporte e lançando um novo programa de grande alcance social, a "Rede Cuidar". Coordenado pela primeira-dama, o projeto atuará em eixos estratégicos como segurança alimentar, assistência social, habitação, educação, saúde, geração de emprego e renda, agricultura familiar, direitos humanos, esporte e lazer, segurança pública e desenvolvimento sustentável. Diferente de programas convencionais, a Rede Cuidar não executará diretamente as ações, mas integrará e aprimorará políticas já existentes, além de sugerir novas iniciativas. Segundo Karynne Sotero, a ideia é consolidar as políticas sociais do governo, garantindo que os projetos tenham continuidade e maior impacto.
Cenário político e as disputas para 2026
No campo político, o Palácio Araguaia enfrenta um racha entre o governador Wanderlei Barbosa e seu vice, Laurez Moreira. A relação entre os dois se tornou uma fratura exposta, com o governo acusando Laurez Moreira de conspirar contra o mandato e se aproximar dos seus principais adversários. A ruptura levou ambos a seguirem caminhos distintos, mirando as eleições estaduais de 2026.
Enquanto o governador articula uma candidatura de sua base, unindo líderes políticos e partidos aliados, Laurez Moreira percorre o estado em busca de apoio para seu próprio projeto eleitoral. Moreira tem visitado todas as regiões e se aproximado de prefeitos e líderes políticos locais e em Gurupi, cidade onde foi prefeito por dois mandatos.
Outro nome forte para a disputa é o da senadora Professora Dorinha Seabra, que desponta como possível candidata ao governo estadual pela base do Palácio Araguaia. No entanto, a composição da chapa ainda está em discussão, com disputas internas para a definição das candidaturas. Entre os postulantes a uma vaga majoritária estão Carlos Gaguim, Amélio Cayres e Alexandre Guimarães, além do senador Eduardo Gomes, que já é considerado um nome garantido na chapa governista.
Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa, tem se posicionado como um "soldado" do grupo político, destacando a importância da unidade na base aliada. Ele tem acompanhado de perto o governador Wanderlei Barbosa e reforçado seu compromisso com o projeto político do Palácio Araguaia. A aliança entre essas lideranças deve definir os rumos da sucessão em 2026, com uma estratégia voltada para manter o controle político do estado.
Com o tabuleiro político em movimento, o Tocantins caminha para uma disputa acirrada, onde alianças e estratégias eleitorais serão decisivas para definir quem comandará o estado nos próximos anos.
Críticas à gestão e embates políticos
Quem reagiu à fala do governador foi o secretário de Planejamento Urbano da Capital, Ronaldo Dimas. Ele lembrou que Wanderlei Barbosa assumiu um governo com bilhões em caixa, mas que, segundo ele, “torrou o dinheiro, que ninguém sabe onde foi parar”. Dimas também criticou as indiretas do governador sobre a decisão do prefeito Eduardo, que herdou uma prefeitura em dificuldades e priorizou obras. “Trabalhe mais e fale menos, senhor governador”, disparou o secretário.
A declaração acendeu ainda mais o clima de tensão política no estado. Os deslizes e embates, daqui para frente, precisam ser evitados, pois o cenário está propício para crises de grandes proporções. Qualquer faísca pode desencadear um incêndio político de larga escala, tornando o momento delicado para todos os envolvidos.
A sucessão estadual de 2026 promete ser uma das mais disputadas da história recente do Tocantins.
Julgamento do STF e possíveis mudanças na bancada federal
O próximo dia 13 de março será decisivo para a representatividade política do Tocantins na Câmara dos Deputados. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará as sobras eleitorais, o que pode impactar diretamente a composição da bancada federal do estado.
Caso o julgamento resulte em mudanças, o deputado federal Lázaro Botelho pode perder sua cadeira, dando lugar a Thiago Dimas. O Partido dos Trabalhadores (PT) também aposta na possibilidade de retorno de Célio Moura e na saída de Eli Borges, o que pode alterar o equilíbrio de forças políticas no estado.
Investigações da Polícia Federal e possíveis repercussões
Nos próximos dois meses, a Polícia Federal deve concluir inquéritos relacionados a operações investigativas em território tocantinense. As investigações, que seguem sob sigilo, prometem trazer à tona nomes de culpados e inocentes, segundo fontes próximas ao caso.
Com o desfecho previsto para os próximos dias, a expectativa é grande sobre os desdobramentos das apurações e o impacto que podem causar na cena política local. O cenário não descarta novas movimentações na oposição, que pode se fortalecer com os resultados das investigações.
Orçamento da União e impactos para o Tocantins
Relator do Orçamento de 2025, Angelo Coronel diz esperar obter consenso na segunda semana após o Carnaval
Com o fim do carnaval, as movimentações políticas no país ganham mais intensidade. Uma das pautas centrais no Congresso Nacional nesta semana será a votação do Orçamento da União, tema de grande relevância para os estados, incluindo o Tocantins.
A destinação de recursos federais pode influenciar diretamente as políticas públicas e investimentos no estado, tornando essencial o alinhamento entre os parlamentares tocantinenses e o governo federal para garantir que o Tocantins receba verbas adequadas para saúde, infraestrutura e programas sociais.
A expectativa é que as decisões tomadas nos próximos dias tenham grande impacto na governabilidade e na estrutura política estadual. Enquanto isso, o cenário segue em ebulição, com as lideranças políticas se movimentando para garantir espaço e influência nas eleições de 2026.