PANORAMA POLÍTICO ELEIÇÃO SUPLEMENTAR: SEGUNDO TURNO SERÁ VERADEIRO “FLA X FLU” COM CASA CHEIA

Posted On Quarta, 06 Junho 2018 15:56
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Leitores que se abstiveram ou votaram em branco ou anularam seus votos devem comparecer às urnas e decidir as eleições

 

Por Edson Rodrigues

 

O segundo turno vem aí e seguem as articulação para a acomodação de forças, com troca-troca de posições entre prefeitos, vereadores e lideranças, reposicionamento de correligionários, adversários virando “amigos de infância”, denúncias de abuso de poder pipocando na Justiça e muito equilíbrio entre as duas partes postulantes ao cargo de governador do Tocantins.

 

Vicentinho Alves e Mauro Carlesse sabem que os trabalhos dos bastidores agora terão que ser intensificados ao máximo, pois a hora do tudo ou nada se aproxima, como uma decisão de campeonato entre Flamengo e Fluminense, em que ninguém deixa de ter seu “time” favorito.

 

Justamente por esse ar de “Fla x Flu” decisivo, quase que uma eleição plebiscitária, acreditamos que os mais de 430mil eleitores que se abstiveram e os que votaram em branco ou nulo, assim como os que votaram em Kátia Abreu, em Márlon Reis e em Carlos Amastha, vão escolher seus times, vão simpatizar com esta ou aquela camisa, e não deixarão de, agora, sim, participar da festa democrática das eleições.

 

Nenhum dos deputados estaduais, federais ou senadores que apoiaram este ou aquele candidato, assim como os próprios candidatos, conseguiu mobilizar essa massa de mais de 430 mil eleitores.

Neste segundo turno,quem conseguir agregar a maioria ou um aparte desses votos será o novo governador do Tocantins.

 

Carlesse entra nessa decisão com uma “vantagem no saldo de gols”, mas não quer dizer que já esteja com o jogo ganho.  Muitos lances decisivos serão travados dentro e fora de campo e a expectativa das “torcidas” é que o horário gratuito de Rádio e TV traga as estratégias e os esquemas táticos que irão definir o jogo.

 

O GRANDE DESAFIO

Os próximos 14 dias já poderão dar uma ideia de quem será Flamengo e quem será Fluminense, entre os que se abstiveram, votaram branco ou nulo e os que votaram em Amastha, Kátia Abreu e Márlon Reis, nessa eleição, decidindo o seu voto.  A multidão que deixou de dar a sua opinião nas urnas vai estar atenta ao trabalho de marketing dos candidatos nas redes sociais e nas ruas, nos debates no horário gratuito de Rádio e TV e, principalmente, nas propostas dos candidatos.

Agora, estará na boca dos eleitores o que as pesquisas eleitorais do primeiro turno não conseguiram detectar, nem as feitas por empresas estaduais muito menos pelas consagradas nacionais.  O que cada eleitor pesquisado que deixou de dar a sua opinião nas urnas, guardando para o último e crucial momento a demonstração de sua indignação com a classe política, agora, acreditamos, poderá ser sentido nas ruas.  Afinal, são apenas dois candidatos, duas ideologias, dois programas de governo e duas formas diferentes de abordar os cidadãos.

 

Os eleitores, principalmente os que não expressaram sua preferência nas urnas de alguma forma, sabem, mais que nunca, que eles serão decisivos para a vitória deste ou daquele candidato.  Mas sabem, também, que deixando de votar estarão deixando a opinião de quem vota se sobressair à sua, ou seja, estará deixando que outros decidam por eles o futuro de todos.

 

Conquistar os votos dos descontentes será o grande desafio de Vicentinho, Carlesse e suas equipes de campanha.

 

TRABALHO ÁRDUO

Além da ciência desse desafio, os dois candidatos devem ter em mente, também, que terão que desenvolver um trabalho árduo, jamais visto na história do Tocantins, depois de eleitos.

 

Governar o Tocantins será quase que um trabalho de super-herói. Uma labuta de 24 horas por dia, sem contar as horas-extras, para manter o pagamento do funcionalismo em dia, os repasses aos demais poderes e, isso tudo, mantendo a máquina estatal em pleno funcionamento.

 

A grande questão é que todo esse trabalho terá que ser executado em paralelo com o cumprimento das promessas e a implantação do plano de governo expostos nos palanques durante a campanha, como quitar dívidas com fornecedores, reestruturação do setor de saúde, resgatar dívidas com Igeprev e Plansaúde, combustíveis, alimentação nos presídios, recuperação de estradas vicinais (lembrando que o período chuvoso já passou e não pode ser usado como desculpa para protelar os trabalhos nesse setor)... Ou seja, os desafios que aguardam o vencedor do pleito do dia 24 serão hercúleos.

 

Caso o eleito não consiga colocar tudo isso em prática, o mês de outubro pode marcara a data do seu sepultamento político, diretamente das urnas.

 

Somos todos conscientes da revolta e da insatisfação de todos com a classe política, mas queremos lembrá-los que se os índices de abstenção e votos nulos e brancos se mantiver no dia próximo dia 24, ao invés de demonstrar um protesto contra a classe política, os eleitores que optarem por agir assim estarão, na verdade, sendo coniventes com  os que praticam a corrupção, a malversação do dinheiro público, com os que tiram vidas desviando dinheiro da Saúde Pública, da segurança Pública, da Educação, da Infraestrutura e da Ação Social.

 

Aconselhamos aos eleitores que saiam de casa, busquem informações sobre a vida pregressa dos candidatos, se intere dos programas de governo de cada um, e cumpram seu papel de cidadão.

 

Você, jovem, pense em seu futuro, participe com interesse das eleições, construa um caminho que o leve à educação, à qualificação e ao emprego, exerça a liberdade de escolher o SEU candidato, pois vocês serão os responsáveis pelo futuro do nos Estado e do nosso País.

 

Vote, decida por um Tocantins mais justo e desenvolvido!

 

CINCO GOVERNADORES ELEITOS VENCEM DE VIRADA NO SEGUNDO TURNO

Cinco dos 14 governadores eleitos no segundo turno nas últimas eleições venceram de virada, após terem chegado em segundo lugar na primeira etapa da votação, em 5 de outubro.

Simão Jatene, (PA)

São eles: Simão Jatene (PSDB), no Pará; Robinson Faria (PSD), no Rio Grande do Norte; Reinaldo Azambuja (PSDB), em Mato Grosso do Sul; Ricardo Coutinho (PSB), na Paraíba; e José Melo (Pros), no Amazonas.

 

A maior virada ocorreu no Rio Grande do Norte, onde o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), venceu o primeiro turno com cinco pontos de diferença sobre Robinson Faria (PSD), mas perdeu neste domingo (54% a 46%) para o atual vice-governador, que contou com apoio decisivo do ex-presidente Lula.

 

Alves, que competiu com apoio de PSDB e PSB,reclamou publicamente de Lula na reta final da campanha e disse que a política pode ser "ingrata" –o ex-presidente gravou um vídeo em apoio a Faria, exibido à exaustão pela campanha do PSD.

 

Em Mato Grosso do Sul, onde o senador Delcídio Amaral (PT) e o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB) chegaram a ensaiar, na pré-campanha, a formação de uma aliança, mas competiram separados e o tucano venceu a disputa após recuperar os quatro pontos de diferença que o deixaram atrás de Delcídio no primeiro turno, e vencer no segundo por 55% a 45%.

 

No Pará, o governador Simão Jatene (PSDB), que no primeiro turno ficou dois pontos atrás de Helder Barbalho (PMDB), conseguiu vencer de virada, com 52% dos votos, contra 48% do peemedebista.

 

As outras duas viradas ocorreram em Estados onde a disputa terminou praticamente empatada no primeiro turno: na Paraíba, foi reeleito o governador Ricardo Coutinho (PSB), que havia conseguido 46% dos votos no primeiro turno, um ponto atrás do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). No segundo, o governador teve 53%, contra 47% do tucano.

Última modificação em Quinta, 07 Junho 2018 06:48