O assunto dos bastidores da política tocantinense na semana que se inicia é um só: filiações partidárias. Isso porque há diversos políticos, de expoentes a novatos, que já tornaram públicas suas intenções de se candidatar em outubro próximo, mas ainda lhes falta um ingrediente: o partido político
Por Edson Rodrigues
No caso da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, a questão deve ser decidida – e resolvida – no próximo dia quatro, durante a reunião do PSDB nacional que terá o Tocantins como pauta principal. Ao que tudo indica, a cúpula nacional deve decidir por dissolver o Diretório Estadual, presidido pelo ex-senador Ataídes Oliveira, e nomear uma Comissão Provisória com nomes indicados Poe Cinthia Ribeiro. Essa Comissão provisória, por sua vez, ficará responsável por destituir do comando da Comissão Provisória Metropolitana de Palmas, a atual presidente, deputada estadual Luana Ribeiro.
A prefeita de Palmas deve ir à Brasília participar da reunião que definirá os rumos do PSDB no Tocantins. Ela já recebeu o aval da Cúpula Nacional da legenda quanto à sua candidatura à reeleição e também de que terá o partido sob seu comando para que viabilize uma caminhada sem obstáculos em sua campanha.
WANDERLEI BARBOSA
O vice-governador Wanderlei Barbosa também está prestes a anunciar por qual partido lançará sua candidatura á prefeitura de Palmas nos próximos dias. Com um patrimônio político bem estruturado, sendo parte de uma família de políticos antigos e atuais sem manchas no currículo nos 31 anos de história do Tocantins, e apostando no tabu de nenhum membro ter perdido uma eleição sequer, começando por seu pai, Fenelon Barbosa, ex-prefeito, e o próprio Wanderlei, vereador por vários mandatos, deputado estadual e vice-governador, passando por seu irmão, Marilon Barbosa, vereador mais bem votado e atual presidente da Câmara Municipal de Palmas e por seu filho, deputado estadual Léo Barbosa, deputado estadual mais bem votado na capital.
KÁTIA ABREU
Outra que também está n o páreo e pode surpreender com sua opção de filiação é a senadora Kátia Abreu que, até então, tem dada como certa pelos bastidores, sua filiação ao PSD, partido que, inclusive, ajudou a criar.
A opção de Kátia pode ser outro partido, de grande porte, que pode causar espanto e reviravolta no mundo político tocantinense. Vale lembrar que Kátia tem uma ótima avaliação política a nível nacional e, segundo nossas fontes em Brasília, as articulações da senadora estão a todo vapor e surpresas grandes podem estar a caminho, com poder de causar raios, trovões e tempestades na política tocantinense.
Março será o mês das decisões acerca das mudanças de partido, por ser a “janela” para que os vereadores possam fazê-lo sem o risco de perder seus mandatos.
A partir daí, o dia quatro de abril marcará o último prazo para a filiação em um partido para aqueles que desejam disputar um cargo eletivo no pleito de outubro próximo. Já no mês de maio, ainda podem haver mudanças de legendas.
MDB
Por mais incrível que pareça, o MDB tocantinense vem unido para as eleições municipais de outubro próximo. O partido deve receber várias filiações importantes, dentre elas a do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, que concorrerá à reeleição, além de outros prefeitos com mandato.
Um evento, marcado para o próximo dia 11 de março, que será prestigiado pela cúpula nacional da legenda, contará com a participação do senador Eduardo Gomes, do ex-governador Marcelo Miranda, da deputada federal Dulce Miranda, da bancada de deputados estaduais, prefeitos, vereadores, candidatos nas próximas eleições, lideranças da Capital e do Interior, deve celebrar a paz e a união na cúpula estadual, que passará a percorrer todo o Estado, levando seu apoio e patrimônio políticos aos candidatos nos 139 municípios.
EDUARDO “BOMBEIRO”
Muitos já creditam esse clima leve e de harmonia no MDB ao senador Eduardo Gomes, que sempre foi reconhecido no meio político por sua inteligência e capacidade de articulação.
Desde que se filiou ao partido, têm feito expediente extra para aparar as arestas entre alas divergentes e diminuir a tensão nos diretórios e Comissões Provisórias nos municípios.
Não é à toa que na revista Veja desta semana, na coluna ”Radar”, uma nota sob o título de “Bombeiro”, ressalta sua atuação habilidosa como líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
Segundo a nota, Eduardo é o responsável direto pela “serenidade” do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ante ao clima tenso que se instalou em Brasília após os vídeos publicados pelo presidente da República nas redes sociais, entendido como uma “convocação” ao povo brasileiro contra os congressistas.
Mais um ponto para Eduardo Gomes, homem forte do Tocantins em Brasília e do governo Bolsonaro no Congresso Nacional.