Ministro da Economia acredita que uma espécie de poupança aos novos trabalhadores vai ajudar no aumento de renda para aposentados futuros
Com Agência Brasil
No mesmo dia em que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro e apresentou as primeiras ações para o futuro econômico do Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu indicações, nesta terça-feira (8), de como se dará a reforma da Previdência que será proposta nos próximos dias. A ideia do governo é criar um regime de capitalização para os brasileiros que entrarem no mercado a partir da reforma.
"Eu acho que um sistema de capitalização , como estamos desenhando, é algo bastante mais robusto, é mais difícil, o custo de transição é alto. Mas estamos trabalhando para as futuras gerações", afirmou o ministro.
A reforma da Previdência é o principal tema tratado por Paulo Guedes . É consenso na equipe econômica que as outras ações para crescimento do País só sairão após o Brasil conseguir sanar o déficit previdenciário. Durante seu governo, Michel Temer tentou votar uma reforma, mas não conseguiu apoio do Congresso para tanto.
Assim, Paulo Guedes quer aproveitar os seis primeiros meses de governo, quando o Congresso costuma ‘surfar’ na popularidade do presidente eleito para enviar uma proposta de reforma previdenciária e conseguir a aprovação de 2/3 do Congresso.
Ao sair do Planalto, a proposta precisa ser votada e aprovada por 75% dos deputados da Câmara Federal e, depois, precisa do mesmo aval dos senadores.
Em campanha para se reeleger presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) já declarou que pretende colocar as reformas do novo governo em votação assim que elas chegarem. O mesmo compromisso foi firmado por Fábio Ramalho (MDB), atual vice-presidente da Câmara e adversário de Maia na eleição.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta terça-feira (8) que o presidente Jair Bolsonaro deve definir na semana que vem os principais itens da reforma da Previdência. Ele deve analisar o assunto antes da primeira viagem internacional como chefe de Estado, para o Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça, a partir do dia 22.
O ministro evitou sinalizar qualquer indicação sobre temas como idade mínima para aposentadoria e regras de transição, nem comentou sobre a possibilidade de aproveitar o texto da reforma que tramita no Congresso Nacional.
"Nós vamos dar continuidade às discussões que a equipe vem fazendo, desde o início do processo de transição. Concluídas as nossas análises, muito provavelmente, no início da próxima semana, vai ser apresentado ao presidente da República, para que ele, então, ainda antes da viagem a Davos, possa fazer a escolha dos caminhos, e depois nós vamos fazer a finalização dela", afirmou Onyx.
Com a ideia da capitalização , Guedes acredita que o próprio trabalhador fará uma espécie de poupança, o que lhe garantirá um acréscimo no salário do futuro, agregado à aposentadoria.
*Com informações da Agência Brasil