PF confisca dinheiro, armas e carro de luxo em operação que mira prefeito de Sorocaba

Posted On Quinta, 10 Abril 2025 13:49
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Prefeito ‘influencer’ de Sorocaba alega que foi alvo da PF porque corporação está ‘politizada’

 

 

Com Agências 

 

 

Alvo de uma operação da Polícia Federal contra desvios de recursos públicos para a saúde, o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), alegou que existe uma “politização” da instituição. Segundo o político, o motivo para que agentes cumpram mandados de busca e apreensão em sua casa é porque ele se lançou pré-candidato à presidência na semana passada. 

 

“A gente já viu esse filme se repetir com outros nomes. Eu lembro que o Pablo Marçal, quando anunciou sua pré-candidatura a presidente lá atrás, foi alvo de uma busca e apreensão da Polícia Federal, o Gusttavo Lima também teve o mesmo problema com a polícia. Temos que separar os fatos. Então, nós temos que separar os fatos. A investigação tem que acontecer e é bom que aconteça. Agora, infelizmente, o que a gente viu no dia de hoje, é uma politização da operação da Polícia Federal, o que a gente vê que está acontecendo com todos aqueles que se levantam”, afirmou em entrevista à CNN Brasil. 

 

De acordo com a PF, a investigação, que culminou na Operação Copia e Cola, começou em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde na cidade. Ao longo do inquérito, foram identificados depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias, que configuram lavagem de dinheiro.

 

Embora o prefeito alegue que a ação é 'politizada', são cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em 13 cidades, entre elas, Sorocaba, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos e Osasco, além de Vitória da Conquista, na Bahia. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens e valores, totalizando R$ 20 milhões e a proibição da Organização Social (OS) investigada de contratar com o poder público.

 

 

“Existe uma investigação, é legítima e tem que ter. É a função da Polícia Federal e Ministério Público fazer isso, agora, nós não podemos negar, que existe uma politização acontecendo, tanto na esfera da polícia, não estou dizendo específico de todos os casos da Justiça, mas também na questão judicial”, alegou Manga. 

 

O prefeito revelou que esteve em Brasília recentemente e até recebeu ligações o “avisando” que seu nome estava crescendo nas pesquisas e que isso poderia gerar “ciúmes” e incômodo no meio político. 

 

Em alguns momentos, Manga reforça que superou as drogas, conseguiu mudar de vida e ser vitorioso na política. Ele trouxe a questão religiosa em pauta, e não será uma investigação que vai fazê-lo parar. 

 

“Muito pelo contrário, vai fazer avançar. Se a minha pré-candidatura estava de uma maneira morna, esquentando aos poucos, agora eu piso no acelerador e eu sei que para Deus não existe o impossível. Pode se levantar quem quiser. Pode levantar Lula, autoridade do governo Estadual, pode mandar quem quiser, nós vamos continuar trabalhando em favor do povo e replicar esse trabalho que tem sido feito em Sorocaba por todo o Brasil”, declarou. 

 

O chefe do Executivo ainda reforçou o que disse em seu vídeo nas redes sociais: que a polícia encontrou em sua casa somente “bolo de cenoura”, um “Pokémon” de seu filho e Nutella. Mas admitiu que os agentes levaram seu veículo e celular. 

 

Quando a denúncia de que diretores das OS’s investigadas teriam colocado dinheiro em suas campanhas, ele também negou. “Jamais pegaria doação. A minha campanha eleitoral teve doação que foram feitas por pessoas que não prestam serviço para a prefeitura nenhuma, empresários, pessoas físicas comuns, que podem doar dentro do seu CPF, dentro da legalidade, e também através do fundo partidário que eu participei. Todas as minhas campanhas são nesse sentido”, disse. 

 

Manga também afirmou que não tem medo de ser preso por essa investigação, pois, segundo ele, não tem qualquer envolvimento. 

Ainda segundo a PF, os suspeitos poderão responder, de acordo com suas condutas individualizadas, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.

 

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