Desgastado,vice-presidente vive momento delicado e está na mira do Planalto e do presidente do Senado, Renan Calheiros
Por Edson Rodrigues
O Palácio do Planalto colocou o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, na alça de mira. O primeiro passo para a “fritura” de Temer já foi dado. Segundo fontes, a presidente Dilma Rousseff jantou com o presidente do Senado, Renan Calheiros e o prato da noite foi a adequação de estratégias a serem colocadas em ação já no recesso parlamentar.
Renan disse à Dilma que seus planos incluem tirar Temer da presidência do PMDB durante a Convenção Nacional do Partido, em março do ano que vem, e colocar em seu lugar Romero Jucá.
Após as combinações, Renan assume a posição de mais forte aliado do Palácio do Planalto na manutenção do mandato da presidente Dilma e já garantiu a formação de uma força-tarefa para “trabalhar” os delegados do partido de todos os estados brasileiros com direito a voto na Convenção Nacional e tirar Temer da liderança da legenda.
Dilma gostou da ideia e, segundo nossa fonte, garantiu total apoio do Planalto nessa movimentação.
Apesar estar sendo investigado na Operação Lava-Jato, que investiga a corrupção na Petrobras, e de ter sido citado por várias pessoas que prestaram depoimentos sobre o caso, acusado de receber propinas e de transações ilícitas, Renan não é réu em nenhuma ação da Justiça ou do Ministério Público.
O que fica claro nessa disputa de poder político entre a presidente Dilma e a ala do PMDB comandada por Renan Calheiros, contra a ala de Michel temer, é que o lado do Palácio do Planalto já sai ganhando. Começando pela forma com que o STF entendeu que deve ser o processo de impeachment e terminando com a volta de Leonardo Picciani à liderança do PMDB na Câmara.
Será Picciani quem vai indicar os oito membros do PMDB que vão participar da comissão que analisará o processo de impeachment.
Isso transforma o recesso parlamentar em uma das “férias” mais importantes da história política do Brasil, já que será durante esse ínterim que serão decididos os lances, as jogadas e as estratégias de cada lado, visando a vitória definitiva no tempo final.
Se for jogada a boa política, será uma partida de encher os olhos.
Se o que predominar forem as negociatas e as alianças espúrias, será a derrocada total da credibilidade dos políticos brasileiros.
Quem viver verá!