Com o advento de Palmas, nos idos de 1989, Porto Nacional sofreu um esvaziamento significativo, momento em que foi atingida gravemente nas suas bases de sobrevivência, enfraquecendo sobremaneira a economia, a cultura, o social e a política, seus principais pilares de sustentação. Durante anos imperou pelas centenárias ruas, ruelas e becos deste secular comunidade os adjetivos de “cidade dormitório”, “quintal de Palmas”, e o mais pejorativo de todos: “cidade do já teve”, uma referencia ao desmonte de históricas instituições, interrupção de projetos em andamento e a transferência de órgãos governamentais, profissionais liberais e mão de obra especializada e técnica para a capital tocantinense, que nascia no coração do Brasil
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Como uma “fênix povoada”, Porto Nacional foi à luta e renasceu das cinzas. Novamente seu povo guerreiro, seguindo seus líderes, políticos e classistas, possibilitou novamente o hasteamento da bandeira da vanguarda com as cores da coragem e da ousadia, recolocando a cidade de volta aos trilhos da modernidade, o que permitiu condições favoráveis para sua consolidação como polo de desenvolvimento.
Para se chegar a este patamar de excelência, fez se necessário o planejamento, investimentos nas vocações econômicas, sociais, politicas e culturais da cidade, como também investimentos na ousadia administrativas de seus líderes, e principalmente o fortalecimento na união desta secular coletividade em torno de um projeto transformativo que viabilizou a reconstrução dos pilares das suas bases financeiras, redesenhando assim uma nova Porto Nacional, pujante e de volta aos trilhos do desenvolvimento.
Referência
Esta união de forças fez história. Foi deste conjunto de interesses desenvolvimentistas que se consolidou a sustentação para que Porto Nacional se constituísse numa referência de cultura, riqueza, renda, qualidade de vida e de cidadania, frutos colhidos de sua condição de Capital Cultural do Estado, polo em expansão de educação superior, nova fronteira brasileira do agronegócio, área do Tocantins em processo de industrialização (Luzimangues), conglomerado de prestação de serviços públicos e privados e centro avançado e tecnologia (projeto cidade digital).
Distrito de Luzimangues
Mas, iludida pelo melódico “canto da sereia”, pelo trapaceador “conto do vigário” e principalmente inebriada pelo mantra “MUDANÇA”, a sociedade portuense foi vitima do maior “estelionato eleitoral da história”, e com isso se permitiu ousar saltar no escuro, elegendo o prefeito Joaquim Maia, nas eleições de 2017, candidato este que fez uma campanha cercado de deputados estaduais desprovidos de projetos, apoiado por lideranças de outras cidades, bajulado por chefetes partidários desgarrados de suas legendas e assim foi aclamado por uma massa compacta de eleitores sedenta de novidades.
Promessas mirabolantes
Este conjunto político desajustado, para vencer as eleições, engendrou promessas mirabolantes, desenhando ideias amalucadas, apresentando projetos inexequíveis e, após a vitória, na surdez dos gabinetes e na calada da noite, fecharam acordos políticos inconfessáveis, que resultaram na formação de uma equipe administrativa capenga, inexpressiva, desqualificada, retratando uma fotografia rasurada dos interesses apequenados e particularizados dos grupos políticos agora alojados na prefeitura portuense. E deu no que deu. Por seu totalmente abandono, em todas as áreas, Porto Nacional voltou a ser chamada de “cidade do já teve”. Senão vejamos:
Prefeito Joaquim Maia
Nestes dois anos de Administração Joaquim Maia, Porto Nacional se apequenou na sua importante referencia política, e com isso mergulhou na insignificância econômica, perdendo milhões de reais em recursos federais e estaduais, além de consolidar a descrença empresarial que deixou de investir na cidade. Nesta vala podre do desespero também deixaram de fluiu o líquido viçoso da implantação de grandes projetos de iniciativa dos governos Federal e Estadual, o que desmotiva o aquecimento da economia local. Outro fator que vai desmotivar ainda mais o desenvolvimento da cidade é a decisão da Prefeitura Municipal de fechar, por definitivo os serviços do aeroporto local.
Falta de desenvolvimento
Por desinteresse, na sua essência causada pela deprimente falta de desenvolvimento na cidade, as principais autoridades diretivas, julgadores e investigadoras estaduais e federais, não residem em Porto Nacional, dentre elas médicos, delegados, promotores e juízes, que vem de Palmas, trabalham durante o dia e à noite recolhem-se a seus lares, distantes dos problemas e demandas da coletividade portuense.
Este é o reflexo negativo apresentado por uma cidade que, como Capital Cultural do Estado do Tocantins, já teve Semana da Cultura, um acontecimento de expressividade regional, que desde a sua criação em 12 de março de 1980, todos os anos em grandes concentrações, reunia centenas de artistas, escritores, artesões, poetas, cantores, músicos, atores, atrizes, professores e alunos, além da comunidade e turistas, para em comunhão fraternal referendar e reviver as memorias, as tradições e os costumes seculares desta sociedade. A atual administração não quis continuar valorizando esta riqueza humana e decretou o fim da Semana da Cultura.
A pior da história
Após a formação do Lago Luiz Eduardo Magalhães, que passou a banhar a cidade, a nova Praia de Porto Real, com suas belezas naturais e infraestrutura moderna e adequada, se constituiu numa localidade de lazer e práticas esportivas, recebendo nos períodos de férias milhares de turistas, o que também permitia o aquecimento considerável da economia local, que contava sazonalmente com pousadas, hotéis, bares, churrascarias, restaurantes e similares lotados, constituindo assim numa fonte permanente de criação de emprego e renda. Esta rica realidade chegou ao fim, exemplo disso foi a temporada do ano passado, considerada a pior da história, segundo barqueiros, barraqueiros e principalmente para os visitantes. A atual administração mais uma vez interferiu para a derrocada de mais uma conquista do povo portuense.
Desde o início desta administração que a sociedade portuense, diferentemente de todas as grandes cidades do Brasil e do Tocantins, não tem mais a opção de ir ao Mercado Central para comprar sua proteína de preferencia e demais produtos para a refeição do dia. O prédio está fechado para reforma e as obras paradas desde então. Os recursos, para a conclusão dos serviços, por inabilidade e incompetência dos componentes desta gestão, retornaram aos cofres do Governo Federal. Esta realidade negativa também atinge a Biblioteca Municipal Eli Brasiliense, de portas fechadas para os que buscam conhecimento, retratado assim uma negativa ao mundo da condição da cidade ser a Capital Cultural do Estado do Tocantins.
Lambuzando nas benesses
Uma das bandeiras de campanha da atual administração era a imediata recuperação do Centro Olímpico (foto), o mais moderno de todo o Estado. Passaram-se dois anos e o mato já cobriu as principais edificações do equipamento esportivo e até agora nem uma enxada fez passagem oficial por aquelas dependências. Os autores dos discursos da “MUDANÇA”, na área esportiva da atua gestão, hoje se lambuzam nas benesses do poder e estão de costas viradas para o esporte portuense.
O Interporto, clube da primeira divisão do futebol tocantinense, tantas vezes campeão nas gestões passadas, é hoje um amontoado de esperanças, e encontra-se totalmente abandonado pela prefeitura. Os assessores do prefeito Joaquim Maia, responsáveis pela área, continuam a defender seus interesses particularizados, suas visões deturpadas da coisa pública, somente a festejar o abastecimento de seus carros de luxo e o recebimento de um gordo salário, todo final de mês. Por este desrespeito com a alegria do povo, a iniciativa privada, privada ao apoio da atual gestão, está tirando água de pedra, lutando em busca de apoio empresarial buscando com isso não permitir que as portas do clube não sejam fechadas definitivamente.
A Avenida Beira Rio, o cartão postal mais belo da cidade foi totalmente abandonada por esta gestão. Vez por outra aparece um grupo de operários terceirizados passam uma rala tinta branca nas guias da calçada, trocam algumas lâmpadas e realizam poda e limpeza. E só. A iluminação direcionada, o parque infantil, as academias ao ar livre, a fonte luminosa e principalmente o Museu dos Heróis tocantinenses, estão totalmente abandonados, sem nenhuma manutenção. O centro de informação histórica do museu, encontra-se aos cacos, com placas informativas tombadas no lixo, portas de vidro quebras e os caríssimos computadores que armazenam os feitos e conquistas de valorosos homens e mulheres que participaram da luta pela criação do Estado do Tocantins, estão desativados e desprotegidos.
Movimentação capenga
Porto Nacional que já teve carnaval de rua, já teve carnaval de clube e já teve grandes concentrações na Avenida Beira Rio para animar a maior festa popular do mundo, e em anos anteriores, nesta cidade a mais organizada de todo o Tocantins, agora, na atual gestão, virou uma movimentação capenga, de bate latas, uma verdadeira indústria de aluguel de tendas, e de bandas sem expressão e desconhecidas, todas pagas a preço de ouro. Para piorar tiraram o apoio aos grandes blocos carnavalescos, que nas gestões passadas ajudavam no colorido, animação e grandiosidade no Reinado de Momo em Porto Nacional.
Aeroporto de Porto Nacional
Todos os finais de ano, nas administrações passadas, Porto Nacional se transformava numa grande festa. Antes do Natal, a prefeitura organizava uma grande encontro de confraternização entre seus servidores e familiares no Centro de Convenções da Praia de Porto Real. Ali, num almoço festivo, mais de 4 mil pessoas recebiam tratamento vip, além de participação em concorridos sorteios com prêmios de qualidade, como geladeiras, bicicletas, fogões, maquinas de lavar, tanquinhos, micro ondas dentre outras regalias. A atua gestão entende que isso é jogar dinheiro fora,
Falta de espirito natalino
Também antes do Natal, um helicóptero, transportando Papai Noel, descia no gramado do Estádio General Sampaio, e ali, diante de milhares de crianças, o “Bom Velhinho” distribuía balas, balões e brinquedos para todos, repetindo este gesto nos principais bairros da cidade. Este gesto lúdico e voltado para a valorização dos sonhos infantis faz parte do passado, pois os líderes que comando o Poder Executivo portuense não carregam o peito este sentimento de coletividade, de espirito natalino.
Passado o Natal e na véspera do ano Novo lá estava novamente a prefeitura preparando outra grande festa, desta feita de Réveillon para todos os portuenses, que sempre acontecia na Avenida Beira Rio. Neste encontro de despedidas do ano velho, cantores famosos e bandas de sucesso elevavam a estima desta centenária coletividade, que expressava total alegria ao renovar as esperança ao som e cores de fogos de artifícios que refletiam nas límpidas águas do Lago Luiz Eduardo Magalhães. Porto Nacional já teve tudo isso e agora tem vergonha dos componentes da atual administração da “cidade do já teve”
OBS:
Na próxima matéria vamos abordar as incompetências gerenciais e muito mais na Coordenação de Odontologia do município, além de debater alguns contratos de aluguel de caçamba para prestação de serviços a prefeitura. Aguardem!!!