Querem a cabeça do Ministro do Turismo, os gastos com refugiados e a Lava Torga

Posted On Domingo, 14 Abril 2019 08:17
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Deputada relata ameaça de ministro das laranjadas

Álvaro Antônio nega ter feito ameaças e diz que a deputada faz campanha difamatória. A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), em entrevista à Folha de S.Paulo, relatou a existência de esquema de candidaturas de laranjas comandado por Marcelo Álvaro Antônio em Minas Gerais e afirmou ter recebido a informação de que o ministro do Turismo a ameaçou de morte em uma reunião com correligionários, no fim de março, em Belo Horizonte. A deputada federal prestou depoimento espontâneo à Polícia Federal em Brasília, na quarta (10), ocasião em que solicitou proteção policial. Eleita com 48 mil votos, Alê Silva é a primeira congressista a relatar às autoridades a existência do esquema de laranjas do PSL de Minas, comandado nas eleições pelo atual ministro de Jair Bolsonaro. Ela deve prestar novo depoimento nas próximas semanas.

 

Exijo a demissão do ministro do Turismo

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) saiu neste sábado (13) em defesa pública da deputada federal Alê Silva (PSL-MG), depois de o jornal Folha de S.Paulo noticiar que ela acusa o ministro Marcelo Álvaro Antonio (Turismo) de ameaçá-la de morte.

 

Pelo Twitter, Janaina disse ter telefonado para a colega de partido e que pediu ao presidente Jair Bolsonaro que demita Álvaro Antonio. "Todo meu apoio à deputada federal Alê Silva. E agora, presidente? O ministro do Turismo fica? A deputada federal eleita também estaria mentindo? Exijo a demissão do ministro! Não tem que esperar conclusão de inquérito nenhum!", escreveu.

 

'Não é bom para Brasil' (?)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deixou claro neste sábado, 13, que não pretende instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Judiciário, a chamada CPI da `Lava Toga'. Em entrevista, em Macapá, ele disse que não há previsão de colocar em pauta a proposta de uma investigação que pode acirrar de vez os ânimos entre os poderes. "A maioria dos senadores entende que não é bom para o Brasil uma briga institucional", afirma.

 

Há duas semanas, ele rejeitou em plenário o pedido de instalar a CPI, mas recorreu de ofício encaminhando o caso para análise da Comissão de Constituição e Justiça. Alcolumbre minimiza a possibilidade de a proposta voltar a ser discutida no plenário. "Não temos previsão. Isso não está na pauta. Deixa ela ficar do jeito que ela está, na CCJ", afirma.

 

Rio à beira do abismo

Essa é manche do jornal O Globo, nove tragédias provocadas pelas chuvas no Rio nos últimos 56 anos foram sucedidas por promessas e planos da prefeitura para conter encostas e remover famílias de favelas. Nenhum, porém, foi bem-sucedido em impedir a expansão desordenada, que potencializa os perigos dos temporais. A cidade tem hoje 14.200 moradias em 218 áreas de alto risco de 117 favelas. Deslizamentos e ocupação irregular já causaram 19 mortes em 2019 — o número de vítimas do desabamento na Muzema subiu para sete, e há 17 desaparecidos.

 

Minha razão

Polarização política no Brasil supera média de 27 países, pesquisa Data folha publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, para 32% dos brasileiros, não vale a pena conversar com quem tem visão diferente. A polarização política no Brasil atingiu nível de intolerância que supera a média de 27 países, mostra pesquisa do Instituto Ipsos. Para 32% dos brasileiros não vale a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões políticas diferentes das suas, diz o levantamento, que ouviu 19,7 mil pessoas. O índice nacional só ficou atrás do da Índia (35%) e da África do Sul (33%) e superou a média de todos os países, de 24%. A dificuldade dos brasileiros em aceitar diferenças político-partidárias se reflete nas relações pessoais. “Não estamos estimulados a debater política e, quando isso acontece, vira uma discussão entre tribos que trabalham não com argumentos, mas com ataques ao que é diferente. Vira um ambiente de Fla-Flu”, diz o cientista político Kleber Carrilho.

 

 ‘Bolsonaro criminalizou o Parlamento’

 

Para Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, Bolsonaro criminalizou a conduta do Parlamento ao usar as expressões “velha e nova política” e agora precisa “fazer carinho” nos deputados. Ele diz a Luiz Maklouf Carvalho que as mudanças nas regras da aposentadoria só saem se Rodrigo Maia quiser. “Ele é o primeiro-ministro.” O parlamentar alfineta a influência de Olavo de Carvalho no governo e afirma que é criticado porque mostra “o amargo, o fel” ao presidente.

 

Nanotecnologia brasileira

Indústria de alta tecnologia do Brasil vive encolhimento. A indústria, que impulsiona a economia de países ricos, encolhe no Brasil antes de deslanchar. Somados, os cinco segmentos mais sofisticados, como o eletrônico, o automobilístico e o farmacêutico, entraram nos anos 1980 com fatia de 9,7% do PIB e chegaram em 2016 com 5,8%, segundo estudo de economista da USP.

 

Gastos do Brasil com refugiados chegam a R$ 265,2 milhões

Os gastos com as ações militares que o Brasil realiza na fronteira com a Venezuela superam, com folga, a média anual dos custos que as Forças Armadas do País dedicaram às ajudas humanitárias no Haiti, um país devastado pela guerra civil e terremotos.

 

Nos últimos 12 meses, o governo sacou R$ 265,26 milhões dos cofres públicos para apoiar as ações militares em Roraima, na fronteira com o país governado por Nicolás Maduro. Isso equivale a mais que o dobro da média anual que o Brasil dedicou às operações no Haiti, entre 2004 e 2017. Na média, nos 13 anos da missão realizada no país caribenho, foram injetados R$ 130 milhões por ano pelo Brasil.

 

Ao jornal O Estado de São Paulo, o Ministério da Defesa confirmou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que serão feitos mais investimentos na ação militar em Roraima. Por trás desses custos, justifica o governo, está a complexidade e abrangência da missão nas bordas da Venezuela. "Trata-se de uma atuação muito mais complexa, pela abrangência das responsabilidades que temos hoje", disse o general Carlos Teixeira, que coordena a operação de ajuda humanitária em Roraima.