REFORMA POLÍTICA: SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME

Posted On Terça, 31 Agosto 2021 05:35
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Resta, praticamente, um mês para que o Senado decida as regras das eleições de 2022.  Se irá ressuscitar as coligações proporcionais ou se mantém as regras aplicadas nas eleições municipais do ano passado, quando, pela primeira vez, não foram permitidas coligações para as vagas de vereador.

 

Por Edson Rodrigues

 

O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já demonstrou, em diversas oportunidades e ocasiões, que é contra a volta das coligações, segundo ele, como a grande maioria dos senadores, por representar um retrocesso para o sistema eleitoral.

 

Além disso, a volta das coligações representaria um “tapa na cara” dos vereadores, que tiveram que se adaptar rapidamente à nova realidade e trabalhar muito mais para ser eleitos.

 

TOCANTINS

 

Apesar de faltar, ainda, um ano e três dias para as eleições estaduais, as oposições continuam divididas e sem um líder capaz de aglutinar forças políticas ao seu redor ou ao redor da idéia de oposição.  Os interesses individuais têm dado o tom da atuação da oposição, servindo como fator de divisão e segregação.

 

Esse modo de agir vem dispersando e causando um grande distanciamento de discursos, uma vez que cada um tem um trabalho diferente junto a cada município, mostrando que não estão interessados em unificar a luta, o discurso ou a bandeira política.

 

O certo é que nenhum grupo político de oposição ao Palácio Araguaia domina efetivo de seguidores que possa fazer frente ao candidato palaciano, muito menos apresenta propostas consistentes, reservando para as reuniões e encontro no interior, sempre, uma alfinetada contra o Palácio Araguaia e outra contra os demais partidos, revelando, de forma clara, a divisão entre os oposicionistas.

 

KATIA ABREU NO TCU

As articulações para que a senadora tocantinense ganhe uma vaga no Tribunal de Contas da União – TCU – vêm ocorrendo no Senado e na Casa Civil do Palácio do Planalto.  A cúpula do Centrão vem trabalhando nos bastidores, com a anuência do presidente Jair Bolsonaro, com quem Kátia já esteve em audiência no gabinete presidencial.

 

A saída da senadora da corrida eleitoral no Estado deixa um grande vácuo que, até a semana passada seria preenchido, naturalmente, por seu filho, o também senador Irajá Abreu, primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado. Mas, agora que Irajá se tornou uma “manchete negativa” nos 27 principais veículos de comunicação do País, com o depoimento de uma jovem, contratada pelo gabinete de Irajá, de onde iniciou um relacionamento com o senador e, ao engravidar, teria sido pressionada por ele para abortar, essa “substituição natural” não fica mais tão simples assim.

A não ser que a história sofra uma grande reviravolta e se confirme que não passa de ficção, Irajá Abreu estará com sua imagem irremediavelmente manchada, politicamente, e “torrada” ante as famílias tocantinenses.

 

Enquanto isso, nas últimas 24 horas, vem correndo um boato nos bastidores políticos de que o clã dos Abreu, que engloba o PP e o PSD, além dos partidos que o apóiam, aceitaria entrar em conversações com um candidato a governador oriundo da Região Norte do Estado, para que ele venha a ser o apoiado pelo grupo político dos Abreu nas próximas eleições.

 

Já uma parte minoritária do grupo político dos Abreu, mas formada por lideranças importantes, algumas delas com mandato nos Executivos Municipais, defenderia a abertura de conversações com o candidato do PT, o que poderia ser avalizado e reforçado pelo presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva que, inclusive, tem compromisso marcado em agenda para vir ao Tocantins na segunda quinzena de outubro.

 

MAURO CARLESSE

O governador Mauro Carlesse, apesar de continuar afirmando não ser candidato ao Senado, vem sendo notado - muito positivamente – pelas suas ações governamentais.  Carlesse é o único governador declaradamente apoiador do governo Jair Bolsonaro.  Filiado ao PSL com total apoio da cúpula nacional da legenda.

 

O programa Tocantins Tocando em Frente, por si só, já traz consigo um apelo popular imenso, com o que chamamos de “obras de Estado”, ou seja, aquelas que vêm para marcar uma administração, como a construção de várias escolas de tempo integral, a nova ponte sobre o Rio Tocantins, os Hospitais Regionais de Gurupi e de Araguaína, que se juntarão à outras tantas obras a serem anunciadas na próxima sexta-feira.

 

Dessa forma, caso Mauro Carlesse resolva ser candidato a senador, será, desde o princípio, um candidato competitivo, senão o mais, com o respaldo das ações desenvolvidas no governo do Estado, inclusive saindo de seu gabinete e mostrando ao povo tocantinense, dos 139 municípios, evitando que outros venham a reivindicar a “paternidade” de tudo o que foi feito.

 

O PSL, presidido por Carlesse no Tocantins, é o único partido que conta com o apoio da maioria dos atuais deputados estaduais, de dezenas de prefeitos, vereadores e com um grupo político que o ajudou a conquistar três eleições consecutivas para o governo do Estado em um mesmo ano.

 

SENADOR EDUARDO GOMES

O Observatório Político de O Paralelo 13 vem acompanhando a atuação do senador Eduardo Gomes desde a sua posse.  Sua luta em beneficiar os 139 municípios tocantinenses e o próprio governo do Estado, o transformou em líder absoluto em liberação de recursos, com dezenas e dezenas de milhões de reais carreados para o Tocantins, transformando em realidade os sonhos de dezenas de administrações municipais.

 

Eduardo Gomes adotou uma postura de líder desde o momento em que resolveu não escolher cor partidária para beneficiar as prefeituras do interior do Estado, não fazendo papel nem de oposição nem de situação, apenas o que lhe cabia, como senador da República, sem conflitos com quem quer que seja.

 

Apesar disso, Eduardo Gomes jamais agiu como político “murista” e, para quem fala que ele não definiu por qual lado será pautada a sua ação política, o recado já foi dado.  Ele tem lado, sim. O lado do povo tocantinense.  Dentro dessa definição, o senador vem atuando para integrar os gestores municipais aos legisladores, participando de reuniões regionais com lideranças políticas, vereadores e prefeitos.

 

Nos encontros, Gomes mostra suas habilidades de conciliador, as mesmas que o levaram a ser escolhido como líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso nacional, ressaltando que seus trabalhos são pautados, sempre, depois de escutar tanto prefeitos quanto vereadores, a fim de harmonizar as realizações, dando o valor merecido a quem de direito, sempre com o benefício da população como principal objetivo.

 

EDUARDO ADIMITE SER CANDIDATO A GOVERNADOR

Nesta segunda-feira, durante sua participação em um encontro de prefeitos, lideranças políticas e empresariais do Noroeste do Tocantins, em Guaraí, com as presenças dos deputados federais Professora Dorinha (DEM) e Carlos Gaguim (DEM), e dos deputados estaduais Olinto Neto (PSDB) e Vilmar de Oliveira (SD), pela primeira vez Eduardo Gomes resolveu dar vazão às palavras que vem ouvindo pelos quatro cantos do Tocantins, que o colocam como o próximo governador do Estado.

 

Eduardo Gomes, desta vez, admitiu a possibilidade de concorrer ao cargo executivo mais importante do Estado, aceitando o chamamento de companheiros, líderes e amigos.

 

Seu posicionamento, se houver mais de duas candidaturas a governador – e tudo caminha para que haja, pelo menos, quatro, já lhe garante uma das duas vagas no segundo turno, graças ao trabalho que vem desenvolvendo e a tudo o que já fez e está fazendo pelos 139 municípios e, também por tudo o que poderá fazer pelo povo tocantinense.

 

Desta forma, o tabuleiro da política eleitoral de 2022 ainda pode trazer muitas surpresas, a partir do reposicionamento da “peça” chamada Eduardo Gomes. Muitos que se intitulam “candidatos ao governo”, começam a ver as regras mudarem e suas parcas possibilidades de eleição se tornar quase nulas, além de outros reposicionamentos que podem mudar totalmente a configuração, provocando uma acomodação de forças – e de ânimos.

 

O mais recomendado, agora, é ouvir mais e falar menos, para evitar ter que engolir, “goela abaixo”, o que vomitou no passado.

 

Até breve!!