O General Paulo Chagas afirmou ter dificuldades até para escolher as palavras para referir-se aos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski: "Não sei se os chamo de irresponsáveis ou, simplesmente, de repugnantes desavergonhados, comprometidos com o que há de pior na fauna dos esgotos!".
Leia abaixo o texto do General Paulo Chagas:
GILMAR, RICARDO E DIAS, OS TRÊS O QUÊ?
Caros amigos
Não sei se os chamo de irresponsáveis ou, simplesmente, de repugnantes desavergonhados, comprometidos com o que há de pior na fauna dos esgotos! Não sei nem se devo chamá-los assim, mas, após 50 anos de servidão e do juramento de doar até a vida pelo meu País, não posso intimidar-me diante do poder que as circunstâncias e os conchavos conferiram a esses três juízes sem respeito ou juízo!
Agrego a minha revolta à dos brasileiros de bem que, neste momento, regurgitam diante da afronta que envergonha a Nação apenas para proteger Lula da Silva, o criminoso e comparsa de tantos que o adotaram como modelo e a quem me permito pensar que temem porque lhes conhece as entranhas da fortuna e dos malfeitos.
Permaneço fiel aos princípios da legalidade e da legitimidade para que estes assegurem o mínimo de estabilidade e paz enquanto o Brasil atravessa o lamaçal de corrupção que o Partido dos Trabalhadores e seus aliados, dentro e fora do governo, deixaram em nosso caminho.
Como Júlio Cesar, na Roma antiga, esses três incautos lançam-se à sorte e ignoram o risco da travessia do Rubicão, levando consigo a Suprema Corte e acreditando na proteção efêmera da toga, mas esquecendo dos 23 talhos de adaga que, no Senado Romano, depuseram o imperador e a sua arrogância.
Que essa recordação alegórica e o seu dramático final sirvam de alerta para todos, porque, se ao Senado faltam adagas, ao povo brasileiro não falta vontade para colocá-los na lata de lixo da história.
Gen Bda Paulo Chagas
O COMPANHEIRO GILMAR MENDES
Em público, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não poupa ataques ao PT. Já responsabilizou os petistas pelo “germe ruim da violência”, pela desinstitucionalização do país, pela sindicalização e excesso de poderes do Ministério Público Federal e por más escolhas para o Supremo, baseadas em critérios “de ligações com os movimentos MST, LGBT, basistas”. Nos bastidores, porém, Mendes e dirigentes do partido, que no passado distribuíram uma cartilha em que acusavam o ministro do Supremo de “manobras e declarações antipetistas incompatíveis com o recato e a imparcialidade de um juiz”, estão de namoro firme. O gabinete de Mendes, crítico mais veemente dos métodos da Operação Lava Jato no Supremo, virou centro de romaria de petistas.
Com o ex-presidente Lula encarcerado em Curitiba, Mendes, desde que mudou de opinião e passou a se manifestar contra o cumprimento imediato de pena por condenados em segunda instância (votou a favor num julgamento do Supremo em 2016), tornou-se uma espécie de oráculo para os petistas que querem tirar o ex-presidente da cadeia. Quem tem batido ponto no gabinete de Mendes, quase semanalmente, é o ex-ministro Gilberto Carvalho, uma das pessoas mais próximas ao ex-presidente. “O Gilmar é a grande esperança dos petistas para o Lula ganhar a liberdade. Nos corredores do Supremo, ele já é conhecido como Gilmar, guerreiro do povo brasileiro”, disse a ÉPOCA, em tom de troça, um ministro do tribunal. Na terça-feira dia 24, Mendes ajudou a dar uma vitória à defesa de Lula. Ele foi um dos três ministros, junto com Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, a votar, na Segunda Turma do STF, pela retirada de trechos das delações da Odebrecht dos processos sobre a reforma do sítio em Atibaia e da compra de um terreno do Instituto Lula que estão nas mãos do juiz Sergio Moro, em Curitiba. Para os três ministros, esses casos não têm relação com a corrupção na Petrobras investigada pela Lava Jato.
Segundo Mendes, suas conversas com os petistas são institucionais e tratam de soluções para o quadro, na visão do ministro, de “hiperativismo” do Judiciário, que faz com que os juízes e o Supremo decidam muito — e frequentemente mal —, por causa da pressão da opinião pública, e invadam áreas alheias a sua competência, como a política. “Ele tem sido de uma lealdade impressionante. Não se exime de criticar o PT e dá muita porrada na gente nas conversas. Mas ele acha que não tem cabimento o que está acontecendo no Ministério Público e no próprio Supremo”, disse um petista que tem se encontrado com Mendes. De acordo com os petistas, o diálogo com o ministro do Supremo não fica, porém, só nisso. Avança também para a discussão de cenários sobre a libertação de Lula.
JOSÉ DIRCEU PASSA A SEMANA EM DESPEDIDAS
Apesar de ser o anfitrião da festa, José Dirceu estava mais calado do que de costume. Em clima de adeus, sem discursos e com um semblante abatido, o todo-poderoso da República durante o primeiro governo Lula (2003-2006) recebeu cerca de 30 convidados na noite do último dia 17, uma terça-feira, no salão do restaurante Tia Zélia, um dos favoritos do ex-presidente do PT em Brasília. O motivo do convescote: despedir-se da liberdade. Àquela altura, Dirceu tinha feito suas contas: seria preso nos próximos dias, já que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgaria naquela semana seus embargos de declaração — um dos últimos recursos a que tem direito — e o mandaria de volta ao presídio no Paraná onde ficou detido de agosto de 2015 a maio de 2017.
No jantar de despedida, o ex-ministro incluiu no cardápio um de seus pratos preferidos — rabada —, além de galinha caipira. Os escassos brindes daquela noite, que entoavam palavras como “por dias melhores” e “salve o Zé”, foram feitos com caipirinha e cerveja. Um dos melhores amigos de Dirceu, o advogado José Oscar Pereira, conhecido por fazer discursos em homenagem ao ex-ministro, preferiu o silêncio. Ao final, cada convidado foi ao caixa e pagou a própria conta, no valor de cerca de R$ 50 por pessoa sem bebida.
“Era como se o Zé estivesse indo ao próprio velório”, relatou um dos presentes sobre o ânimo do petista, que ficou das 20h30 à meia-noite se revezando de mesa em mesa em conversas que iam de amenidades, como seus olhos roxos em decorrência de uma cirurgia plástica nas pálpebras, à prisão de Lula, que acontecera dez dias antes.
APÓS EPISÓDIO COM A AL JAZEERA, GLEISI VOLTA A COMETER CRIME DE ‘INCITAÇÃO À SUBVERSÃO DA ORDEM’
Usando o twitter e o google tradutor, a senadora Gleisi Hoffmann está cometendo o mesmo crime que cometeu quando ‘incentivou’ os árabes a reagirem contra a Justiça brasileira. Gleisi está usando uma língua estrangeira para denegrir o Brasil e as Instituições brasileiras.
Ela diz que Lula está condenado numa solitária, sem assistência médica, aquela ‘baboseira melodramática’ que o país já se acostumou. Quem é que deu permissão para essa senhora para falar em nome dos brasileiros?
Ela não pode usar um cargo de tamanha relevância (com salário pago por nós contribuintes) para acabar com a imagem do país no exterior.
DEFESA DE LULA APOSTA EM ‘DECISÃO DO STF’ PARA ANULAR CONDENAÇÃO
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta na decisão recente da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para reforçar os argumentos a fim de tentar anular nos tribunais superiores a condenação do petista no processo do tríplex do Guarujá, no litoral paulista.
A decisão do STF que determinou a retirada de trechos das delações de executivos da Odebrecht nas ações penais referentes à compra de um terreno para o Instituto Lula e à reforma do sítio de Atibaia foi considerada “importante” para os defensores do petista, preso desde o dia 7 de abril para cumprir pena de 12 anos e 1 mês em regime fechado.
Os advogados do ex-presidente alegaram, nos recursos que apresentaram ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para que os casos sejam analisados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo STF, que o juiz federal Sergio Moro não tinha competência legal para conduzir a ação do tríplex.
Nos três processos, a argumentação da defesa é semelhante: as supostas vantagens (a construção do instituto, a reforma do sítio e o tríplex) não têm ligação direta com desvios da Petrobras. Essa alegada ligação é que justifica a competência para Moro conduzir as ações.
“O fato indiscutível é que não há correlação entre os desvios praticados na Petrobras e o custeio da construção do edifício ou, ainda, das supostas reformas realizadas no tal tríplex — que, por sua vez, não tem relação jurídica com o recorrente [Lula]“, sustentam os advogados do ex-presidente nos recursos especial (ao STJ) e extraordinário (ao STF).
REVIRAVOLTA NO CASO TRÍPLEX? STF DEIXA BRECHA PARA ANULAR CONDENAÇÃO DE LULA
O caso do tríplex no Guarujá, que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cadeia, pode sofrer uma reviravolta inesperada. Ao determinar, na última terça-feira (24), que trechos da colaboração premiada de executivos da Odebrecht que tratam de pagamentos de despesas do petista sejam encaminhados à Justiça Federal de São Paulo, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) abriram uma brecha para a defesa do petista pedir a anulação da condenação imposta pelo juiz Sergio Moro e pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).
No julgamento, a maioria dos ministros da Segunda Turma do STF concluiu que os depoimentos da Odebrecht que embasam os processos do sítio de Atibaia e da compra de um terreno para o Instituto Lula não têm relação direta com os crimes investigados na Petrobras. Portanto, Moro não seria o juiz natural da causa, daí a decisão de remeter os casos para São Paulo. O entendimento reforça a tese da defesa do ex-presidente, de que os casos de Lula não têm conexão com a Lava Jato e não deveriam ser julgados pelo juiz do Paraná.
Em despacho sobre os embargos de declaração, o próprio Moro reconhece que a propina para Lula, na forma do apartamento tríplex, não tem ligação explícita com o escândalo de corrupção da estatal. “Este Juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-presidente”, diz o magistrado na sentença.
PT JÁ COGITA SACRIFICAR DILMA
O recado que o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (MDB), deu nesta quinta-feira (26) ao governador Fernando Pimentel (PT) – aceitando o pedido de impeachment contra ele – começou a surtir efeito no meio petista ainda na tarde de quinta. Interlocutores e parlamentares do partido já admitem que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pode ficar fora das eleições de Minas para dar lugar ao MDB na chapa.
Lideranças importantes do PT mineiro começam a dar o braço a torcer na luta para incluir Dilma na chapa. Na avaliação desses petistas, é inviável a construção de uma candidatura e de uma chapa eleitoral sem a presença do MDB.
O próprio líder do governo na Assembleia, Durval Ângelo, disse na quinta-feira que Pimentel estaria disposto a rever a estratégia de lançar o nome de Dilma ao Senado. “Na política, você sempre tem de estar revendo as posições, e acho que tem de rever. Acho que tem de repensar (a candidatura de Dilma). Eu não posso falar pelo partido, eu falo pelo governo, que está aberto a qualquer revisão. Falo pelo governo que ele está disposto a repensar”.
Na quarta-feira, petistas haviam anunciado um “ultimato” para que emedebistas já se acostumassem com a ideia de que a ex-presidente Dilma Rousseff seria candidata ao Senado por Minas Gerais. Essa, segundo membros do MDB ouvidos pela reportagem em anonimato, teria sido a “gota d’água” para muitos. “Nós temos a maior bancada, a banana não come o macaco. É o macaco que come a banana. Esse tipo de exigência não existe”, disse um emedebista.
Antes, a avaliação era que a chegada de Dilma à chapa seria um caminho sem volta, já que a movimentação foi feita em nível nacional pelo ex-presidente Lula e precisaria ser efetivada. Mas foi exatamente o fato de a negociação ter sido realizada sem se consultar a agremiação em Minas que causou a ira dos emedebistas.
HOMEM FORTE DE LULA E DILMA, PALOCCI FECHA DELAÇÃO PREMIADA COM A PF
O ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do PT, Antônio Palocci, fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A informação é do jornal O Globo.
A colaboração era uma das mais esperadas pelos investigadores da Operação Lava-Jato, já que o político era um dos principais aliados dos petistas. Preso desde 2016, ele havia tentado um acordo com o Ministério Público, mas acabou negociando diretamente com a PF.
Segundo o jornal, o acordo para a delação foi acelerado nos últimos dias e os investigadores já teriam colhido os depoimentos de Palocci. A colaboração, assim como os termos dos benefícios que serão concedidos ao ex-ministro, ainda precisam ser homologados pela Justiça.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro prestado em setembro do ano passado, Palocci falou em um “pacto de sangue” da propina, que envolveria o ex-presidente Lula. Segundo ele, a Odebrecht repassaria R$ 300 milhões ao PT. “Emilio Odebrecht fez uma especie de pacto de sangue com o presidente Lula. Ele procurou o presidente Lula nos últimos dias de seu mandato e levou um pacote de propinas que envolvia esse terreno”, falou na ocasião, sobre o sítio em Atibaia.
Palocci também disse ter advertido Lula sobre um prédio que a empreiteira iria comprar para o instituto que leva o nome do ex-presidente. O ex-ministro Antônio Palocci tem uma condenação a 12 anos de prisão na Lava-Jato. A delação deve dar novo fôlego à Lava-Jato e pode significar a abertura de novos inquéritos.
Palocci foi ministro da Fazenda de Lula e integrou o trio dos “três porquinhos” que cuidaram da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. Cabia a ele a parte financeira da campanha. Depois disso, foi ministro da Casa Civil de Dilma. O ex-ministro caiu em meio a acusações de ter multiplicado em 20 vezes seu patrimônio fazendo consultoria a empresas.
Há duas semanas, Palocci teve um pedido de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sete votos a quatro. No julgamento, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção da prisão de Palocci e citou que a restrição de liberdade era necessária à garantia da ordem pública e "para fazer cessar a prática do crime de lavagem de dinheiro para a aplicação da lei penal".