Rodrigo Maia propõe que todos os crimes ocorridos antes de 2014 sejam anistiados

Posted On Domingo, 09 Agosto 2020 07:59
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"Acho que a decisão é muito bruta, muito dura. Prender uma pessoa por causa de um fato de seis, sete anos atrás me parece uma decisão um pouco arbitrária".

 

(Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, sobre a prisão de Alexandre Baldy, secretário de Transportes Metropolitanos do governo João Doria, preparando-se para propor que sejam anistiados todos os crimes ocorridos antes do surgimento da Operação Lava Jato)

 

Maia ja declarou 'Não tem anistia para um crime que não existe', diz ele sobre caixa 2.

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou, nesta sexta-feira (7), que a prisão de Alexandre Baldy, secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, foi "muita dura" e "um pouco arbitrária". A declaração foi dada durante uma entrevista ao historiador Marco Antonio Villa, em seu canal do YouTube.

 

"Fiquei surpreendido, claro. Não tinha nenhuma informação. Acho que a decisão é muito bruta, muito dura. Prender uma pessoa por causa de um fato de seis ou sete anos atrás me parece uma decisão, vamos dizer, um pouco arbitrária", afirmou Maia.

 

O presidente da Câmara ainda disse que, apesar da decisão dura, agora cabe ao Ministério Público e à Justiça esclarecerem os fatos. "Claro que toda vez que há um indício, todos nós temos a obrigação de nos defender, ir à Justiça. E o Ministério Público a obrigação de investigar, e a Justiça de julgar. Mas uma decisão de um fato que não tem nenhuma relação com o momento atual, até porque a lei diverge disso, de fato é uma decisão dura", completou.

 

Rodrigo Maia ainda voltou a comentar sobre a  polêmica envolvendo suas críticas à procuradores do Ministério Público. "A única crítica que eu faço é que às vezes dá a impressão que os procuradores não gostam de ser fiscalizados. No sistema brasileiro, a Procuradoria-Geral da República e o Procurador-Geral coordenam os trabalhos de todos os Ministérios Públicos. E junto com o corregedor do CNMP (Conselho Nacional do Ministéri Público), eles têm o papel de impor e colocar os limites, investigar os excessos", disse.