Em matéria veiculada no jornal Valor Econômico, do grupo O Globo, e replicada pelo jornal o Globo em suas versões impressa e online, o senador tocantinense Eduardo Gomes é citado de maneira positiva e elogiosa, como a “solução” para estancar o desgaste do governo Lula com o Senado, assumindo o papel de líder do governo petista no Congresso Nacional, caso venha a se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab, que já teria, inclusive, manifestado esse desejo
Por Edson Rodrigues
Não é a primeira vez que Eduardo Gomes é citado como um político de grande habilidade de articulação e inteligência no agir. O Senador Randolfe Rodrigues, atualmente sem partido e líder do governo Lula no Congresso, ainda durante a campanha que elegeu Lula para o seu terceiro mandato, convidou Gomes, então líder do governo de Jair Bolsonaro, para a base de apoio a Lula, oferecendo posição de liderança no Senado.
A MATÉRIA
Sob o título “Crise de Lula com o Senado reequilibra disputa pelo Supremo”, em que é comentado o desgaste do governo Lula com o Congresso por conta da indicação de nomes para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal.
Em certo ponto, a matéria cita que “a situação do Executivo no Senado torna-se mais tensa à medida em que se aproxima a sucessão da mesa diretora. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem acolhido demandas da pauta anti-STF da bancada bolsonarista numa sinalização a Lula de que é este o caminho que pode vir a tomar se o governo não demonstrar apoio - ou ao menos neutralidade na disputa - à volta do senador Davi Alcolumbre (União-AP), hoje presidente da Comissão de Constituição e Justiça, à presidência da Casa.
Lula já deu sinais de que preferiria ter no cargo o senador Otto Alencar (PSD-BA). A preferência subverte a via desejada pelos caciques partidários, a de ter um nome de sua preferência acolhido pelo presidente da República, e não o inverso. Alencar não seria a primeira escolha do presidente do seu partido. Gilberto Kassab também já demonstrou interesse em filiar o senador Eduardo Gomes (PL-TO) ao PSD para fazer dele o líder do governo no Senado, função hoje ocupada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA).
É um passo para fazer de Gomes um novo “Romero Jucá”, ex-senador que se notabilizou por ter sido líder tanto do governo Fernando Henrique Cardoso quando do governo Lula. O senador pelo Tocantins foi líder do governo Bolsonaro. O fortalecimento do PSD no Senado ameaça o protagonismo da dupla Pacheco-Alcolumbre.”
HISTÓRICO DE RESPEITO
Eduardo Gomes construiu seu alicerce político em Brasília, quando foi primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em que conseguiu um desempenho notável sobre as responsabilidades do cargo, como articulações políticas junto às cúpulas dos partidos, dos quais adquiriu um imenso respeito e a confiabilidade dos pares, além do reconhecimento da mídia nacional, principalmente dos analistas políticos.
Quando chegou ao Senado, logo alçado a líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes já tinha lastro político suficiente para conduzir os desafios do cargo com mais desenvoltura e por meio do diálogo e da capacidade de articulação, fez do posto seu auge político.
Eduardo Gomes nunca foi um político agressivo ou denuncista, muito pelo contrário. Sempre buscou o entendimento e a harmonia, por meio da boa conversa e da boa política, fato que faz seu “passe” ser tão disputado por oposicionistas e governistas.
Quanto ao posicionamento entre situação ou oposição e à sua posição de liderança no PL, partido que preside no Tocantins, Eduardo Gomes já foi claro, que seu dever é servir ao Brasil e trabalhar pela governabilidade, e que pretende fazer isso, esteja de que lado estiver, trabalhando pelo bem do Brasil e da boa gente dos 139 municípios tocantinenses.
Esse é Eduardo Gomes. Ontem, hoje e sempre, um político do bom diálogo e da convivência harmônica.